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cap. 82:sentimentos de uma forte mãe.

Ele e Frederick rapidamente reconheceram as duas. Os dois irmãos andaram de um lado a outro, pensando enquanto digeriam a informação.

— Mas isso foi há dois dias... — Cassius comentou, pensativo. — Ah... — ele suspirou, agora se recordando. — Bem que ela estava diferente naquele dia...

Cassius analisou a foto e reconheceu a cauda do vestido longo. Laysa tinha se preocupado apenas em esconder a parte de cima, mas Cassius se lembrava bem dos detalhes na saia.

— Então é isso? — Frederick perguntou, sem acreditar. — Cassius! Não pode ser, afinal... testemunhas contam que Ofélio foi seduzido por duas mulheres e levado até o quarto. Eles dizem que... elas podem ter passado pelo menos meia hora lá. — Ele sorriu de forma cética ao imaginar.

— Layane... — Frederick murmurou, apertando os olhos, consumido pela raiva. — Mesmo que aquelas duas tenham realmente feito algo que nós dois não fomos capazes de fazer, eu não vou agradecer sabendo que duas mulheres casadas estavam por aí seduzindo um velhote.

— Não está ajudando... — Cassius resmungou entre os dentes, fulminando de ciúmes e frustração.

— Veja o lado bom. Agora podemos sair sem levantar muitas suspeitas, certo? Afinal... o problema era se expor. Certo que você já está com a cara em todos os jornais.

— Eu sei, mal posso sair deste hospital para respirar! Ou ir atrás de Laysa! — ele asseverou, impaciente. Em seguida, a porta da sala se abriu e Laysa entrou. — Falando no diabo... — ele murmurou, direcionando seu olhar feroz com um sorriso falso.

Frederick se retirou imediatamente, como se estivesse fugindo.

— Ué... o que deu nele? — Laysa perguntou, confusa.

— Nada, ele só está com pressa para resolver algumas coisas. — Cassius comentou, pensativo. — Agora que saiu nas notícias que, misteriosamente, Ofélio foi morto.

— Sério! — ela perguntou, fingindo surpresa, e Cassius ficou pasmado, mas disfarçou.

— Sim, sim, ele foi encontrado morto. Que louco isso, não é? De repente, ele caiu nas mãos de duas mulheres sedutoras.

— Bom... pelo menos eles não vão nos envolver nisso e agora é ainda mais seguro para sair da cidade. — ela comentou com a voz vacilante, percebendo o olhar analítico de Cassius.

— Pois é, amor, pensa que coincidência, duas mulheres ruivas. — ele disse, soltando um riso estridente, fazendo Laysa tremer e recuar.

— Pois é, que coincidência... tem tantas mulheres ruivas nessa cidade. — ela disse, e de repente o olhar de Cassius endureceu em sua direção. Em frações de segundos, Laysa estava presa contra a parede, com a mão de Cassius enrolando seu rabo de cavalo em volta de seu punho, prendendo-o contra a parede também.

— Mas não usando o mesmo vestido com o qual você apareceu no hospital dois dias atrás, o mesmo dia dessa foto. — ele disse, mostrando a ela a foto das duas. Mesmo que não se visse o rosto, podia-se ver bem o vestido.

— Podem existir tantos iguais...

— Vai mentir para o seu marido? Votos são lixo para você agora? — ele asseverou, a repreendendo.

— Tá! Fui eu! Ninguém mandou eles tocarem na minha filha. Eu sei que não fui uma boa mãe e que fui ausente em tantas questões desde o momento que fugi por não aguentar e deixei você sozinho com ela, mas... eu ainda sou mãe dela e nunca vou permitir que alguém faça mal ao que é meu. É minha filha, não pense que vou esperar por você o tempo inteiro só porque entreguei a você a responsabilidade da maioria das coisas sobre ela.

Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.Onde histórias criam vida. Descubra agora