Capítulo 3

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- Ei, estava tentando um salto ornamental?

- Não. – falei toda sem graça, ele ainda me segurava em seus braços.

- Deixa eu me apresentar, meu nome é Pedro. Pedro Polizar. É, eu sei, o sobrenome é engraçado mais eu gosto dele. – Ri. Ele era bonitinho, o cabelo loiro cortado bem baixinho, olhos azuis (que nesse instante estavam me olhando). Me livrei de seus braços.

- Obrigado Pedro, por ter me segurado da queda eminente, eu teria esborrachado no chão. - agradeci. - Meu nome é Maíra.

- De nada. May né?

- Isso! – fiz uma cara de espanto.

- Te ouvi falando lá no refeitório.

- Ah sim. – ele estava me deixando sem graça.

- Onde você estava indo?

- Estava indo ver TV e você?

- Também.

- Então vamos.

Havia algumas pessoas na sala, no sentamos em um dos sofás. Conversamos baixinho pra não atrapalhar ninguém, descobri que ele ia fazer Engenharia Civil, contei que eu ia fazer Psicologia, ele achou legal, e o convidei pra ir à festa de hoje à noite, que eu só sabia que ser numa das repúblicas mais famosas de São Alfeu.

O Pedro era bem legal, e era mais um amigo que eu tinha feito aqui.

- Me conte mais de sua mãe. – ele instigou.

- Então, moramos eu e ela. Pois meu pai nos abandonou quando eu tinha 5 anos, nunca mais o vi. Eu fiquei até preocupada em deixa ela sozinha, sabe, mas me prometeu se cuidar e que ficaria tudo bem.

- Vai ficar sim! – Pedro encostou sua mão na minha. – Desculpa.

- Foi nada não. – e a retirou rapidamente.

Conversamos mais um pouco, Ellen e Aurea apareceram na sala me chamando pra ir ao quarto delas.

- Um prazer conhece-lo, Pedro Polizar. – me despedi, e estendi a mão.

- O prazer é todo meu Srta. May. – soltamos as mãos e acenei. – Até mais.

- Até na festa. – ele confirmou.

Chegando ao quarto:

- Você o convidou pra festa? – Aurea perguntou.

- Uai, chamei. Ele foi todo gentil comigo, eu quase caí da escada e ele me segurou. Me achei no direito de convidar.

- A sua sorte é que ele é uma gracinha. – rimos.

- Sorte sua Srta. May. – rimos mais ainda.

- Ele é realmente bonitinho né? – perguntei.

- Prevejo alguém apaixonada. É isso mesmo produção? – Ellen caçoou.

- Só que não. Só estou ressaltando a beleza exterior e interior do rapaz.

- Interior?! Haha! Só você Maíra.

- E chuta, quem vimos ficando com um menino aqui no corredor horas atrás? – Aurea perguntou.

- Candy! Eu vi também. - falei

- Ela estava engolindo o rapaz. Que por sinal é outro loirinho bonito.

- E irmão do seu Pedro. Ele chama Theo. – Ellen falou.

- Ele é irmão do Pedro? Ele não comentou nada comigo, estranho.

- Às vezes eles não se entendem muito bem. Ou ele esqueceu por que estava focado em você.

- Vamos parar com as piadinhas.

- OK Srta. May. – disseram em coro. Rimos.



- Como você está mãe?

- Estou bem filha e com você? – a ligação estava meio ruim.

- Estou bem também. Estou adorando aqui.

- Ai que bom, melhor assim, fico aliviada.

- Me deixa desligar que tenho que me arrumar pra uma festa. Antes que pergunte, vou com minhas amigas e é em outra república. Pode ficar tranquila.

- Mas mesmo assim toma cuida Maíra.

- Prometo mãe, beijo.

- Beijo. – desliguei e joguei o celular na cama.

Eu ainda não havia decidido que roupa colocar, um vestido florido e sem mangas, ou calça jeans e uma blusinha.

Melhor eu tomar banho, uma decisão menos complicada.

Entrei no banheiro, retirei as roupas e entrei embaixo do chuveiro, liguei a água e comecei a cantar. Eu adorava cantar:


Heartbreakers gonna break, break, break, break, break

And the fakers gonna fake, fake, fake, fake, baby

Baby I'm just gonna shake, shake, shake

Shake it off, Shake it off...


E assim seguiu meu banho, numa cantoria só. Tomara que o povo não reclame. Eu até achava que cantava afinada e tals.

Enrolei a toalha no corpo e saí do banheiro. Abri a porta.

- Até que você canta bem engomadinha... – uma voz masculina.

CINCO (Livro 1)Where stories live. Discover now