Capítulo 40

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Não sei por que responder a isso estava me deixando incomodada.

- Eu também acho. – respondi.

- Mas também não tem como não achar. – Alabama falou.

- Boa noite meninas. – falei e virei pro lado da parede. – Apaga a luz Candy.

- Já apago. – ela respondeu.

- Estou falando muito né? Já vou dormir também. – Alabama se rendeu e o assunto havia mudado, graças.

A luz se apagou.

- Boa noite! – Candy falou.

- Boa noite! – Alabama repetiu.

Acomodei a cabeça no travesseiro.

O que está acontecendo comigo? Eu não tinha que ter ciúmes do Pedro. Ou tinha? Ele era o meu amigo, eu me importava com ele, e queria que ele fosse feliz também.

Adormeci.





Foi uma noite de sono sem sonhos ou pesadelos.

Despertei e as meninas ainda continuavam dormindo.

Aproveitei para ligar para minha mãe, era cedo ainda, mas ela acordava cedo mesmo, até no sábado. Me contou que estava tudo bem, que no serviço ia tudo bem e que ela depositaria o dinheiro para pagar a pensão. Eu agradeci muito a ela, disse que a amava umas mil vezes. Falei de mim, que as aulas tinham começado, do Felek não contei, acho que ainda era recente, e falei que comigo estava tudo bem. Minha mãe despediu-se e desligou. E eu já estava com saudade.





 - As donzelas já acordaram? – estavam todos reunidos na sala.

Alguns com mochilas, levando toalhas, biquínis, shorts e tudo mais.

- Agora já! – Candy retrucou.

- O Felek vai vir me buscar. E vocês vão com o Pedro?

- Vamos sim. – Ellen respondeu.

- Pode ficar tranquila que eu levo elas. – Pedro concordou.

Uma buzina tocou.

- Já vou indo gente, vejo vocês lá. Tchau. Beijos.

"Tchau" – responderam.

Coloquei minha mochila pequena nas costas e saí da pensão.

O Felek me aguardava em sua Hornet vermelha (eu havia perguntado pra ele de que marca era, eu era péssima em guardar os nomes dessas coisas).

- Oi meu amor. – ele falou e me recebeu com um beijo.

- Oi! – respondi.

- Pronta para a festa da piscina.

- Prontíssima.

- E porque tão linda já assim pela manhã?

- Eu? Ficou cego.

- Eu não namoro menina feia.

- Convencido.

- Eu sou mesmo. E eu gosto de você, sua boba e linda.

- Eu também te adoro, senhor convencido e gato.

- Vamos então.

Montei na moto, e me segurei na sua cintura. Ele arrancou com a moto, que fez um barulhão.

Seguimos por mais alguns quarteirões, e já estávamos quase chegando na "A República". Paramos em um sinal, alguns motoqueiros não respeitavam mesmo e passaram no sinal vermelho, quase causando um acidente.

O sinal abriu e seguimos.

- Está bem aí atrás? – Felek perguntou.

- Estou sim. – respondi minha voz saindo abafada por causa do capacete.

Chegamos a republica. O som alto já se podia ouvir.

Eu sempre iria me surpreender com luxuosidade dessa casa, mansão, república, já nem sei definir.

Entramos e Felek pediu para eu descer da moto. O obedeci.

Ele estacionou a moto em um canto reservado.

- Estou tão feliz que você está aqui hoje.

- Eu também estou muito feliz por estar aqui, estar aqui com você. – respondi com sinceridade.

Aproximei e lhe beijei. Nossos lábios se moviam em sincronia. Ele colocou a mão na minha cintura e passei os braços em volta do seu pescoço.

- Quero você sempre comigo. – ele falou.

- Eu também quero.

Um carro entrou atravessando o quintal enorme. Era o Pedro.

- O pessoal chegou. – falei e tirei às mãos do pescoço do Felek.

- Fica aqui. – e me beijou novamente.

- Tenho que ajudar elas com as coisas e a se arrumarem. Eu preciso me trocar também.

- OK, então vai. – fez cara de emburrado.

- Já volto. – e lhe mandei um beijo com as mãos.

Fui até onde o carro estacionou.

- Chegamos. – Candy desceu dançando do carro.

- Aqui é muito lindo. – Alabama falou.

- Também acho. – Ellen concordou.

- Principalmente de dia, aquele dia viemos aqui a noite. – Virginia disse.

Não queria trazer a lembrança o que aconteceu naquela noite, e assim eu queria manter.

- Felek onde podemos trocar de roupa? – Aurea perguntou.

- Me sigam.

E nos levou para dentro da casa. Que por sinal era um luxo só também. Mostrou-nos um quarto que ficava no andar térreo da casa.

- Podem trocar aqui, fiquem a vontade. – Felek abriu a porta e saiu da frente para que a gente entrasse.

- Oi Felek! – não reconheci a voz.

- Oi Holiday. – Meu Deus, ela parecia uma modelo desses catálogos de lingerie.

Ela abraçou o Felek, o que me deixou levemente enciumada, pra não falar muito.

- Quanto tempo? Como você está, tudo bem?

- Tudo bem e você?

Ela nem nos notou aqui.

Candy me cutucou e sussurrou:

- Isso me cheira a ex.


CINCO (Livro 1)Where stories live. Discover now