Último Capítulo

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Yasmine fez mais um pouco de suspense.

- E o grande vencedor da noite foi... BADGIRLS! – a plateia gritou. A gente gritou.

Eu não estava acreditando. Abracei a Candy primeiro, ela estava mais próxima a mim. Abracei a Ellen, que também estava desacreditada, abracei Aurea e Virginia.

- Parabéns meninos. – falei na direção dos Malaguettas.

- Eu não estou acreditando... – Candy falou eufórica.

- Nem eu. – falei.

Yasmine nos levou até o centro do palco e nos entregou o cheque de 50 mil, e um vale simbólico que indicava a gravação de uma música com ela. Nos curvamos em agradecimento, e a plateia aplaudiu animada, e levantamos as mãos, como num final de uma apresentação.

- E eu não posso ir embora sem ouvir o nanana de novo. As grandes vencedoras da noite toquem novamente.

Os Malaguettas saíram do palco. Retomamos nossas posições no palco.

Virginia foi para a bateria. Ellen para o baixo. Aurea para o teclado e Yasmine me entregou seu microfone e entregou para a produção os prêmios.

- Não vejo a hora de gravar essa música com vocês. – Yasmine me confidenciou.

- Idem. – respondi e rapidamente olhei para o lado.

Candy mal pegou na guitarra, e vi seu corpo tombar ao chão.



Enquanto isso nos bastidores...

ALABAMA


Que bom que as meninas ganharam. Voltei rapidamente para o camarim para receber as meninas lá.

Dava para ouvir a plateia gritando. As meninas são demais mesmo.

Estou muito feliz, elas merecem.

Abri a porta do camarim e entrei. Havia uma garota ali dentro.

- Me desculpa se te assustei. Eu vim conferir se tinha alguém aqui.

- Tudo bem. – respondi.

- Eu sou da produção do Festival. Já estou de saída. Até mais.

- Tchau.

Ela se retirou. Sentei na cadeira para esperar as meninas.

Senti um formigamento em meu corpo. Olhei para o meu pulso.

Uma dor alucinante começo. Da cadeira eu fui para o chão rolando de dor.

- Alguém?! – gritei e comecei a me arrastar no chão.

Eu não estava encontrando forças para me levantar.

Ouvi uma batida na porta.

- Está acontecendo alguma coisa aí? – era a voz da garota que acabará de sair daqui.

Não consegui responder.

Ela bateu novamente. Como não obteve resposta. Ela abriu a porta.

- Aiiiii! – gemi.

- O que aconteceu? – ela correu e se ajoelhou ao meu lado.

- Meu pulso. – ela pegou o meu braço direito, não havia nada ali, mas o meu corpo estava queimando por dentro.

- Não estou vendo nada. – olhei para o rosto dela.

- Me ajuda. – minha voz saiu fraca.

Olhei para o lado onde tinha uma mesinha. A mesinha começou a pegar fogo, se alastrou rapidamente para o sofá. E se alastrou totalmente por todo cômodo.

A garota se aproximou para perto de mim. O único lugar onde não pegava fogo era ali, bem no meio do camarim.

- Como nós saímos daqui agora? – ela estava desesperada, eu também estava.

- Não sei. – respondi sincera.



De volta ao palco...

MAY


- Candy! – corri até ela.

A plateia animada se calou.

Ellen e Aurea vieram rápidas. Virginia teve mais trabalho para sair de trás da bateria.

- Candy?! – clamei. Ela estava em meus braços.

- O que aconteceu com ela? – Aurea perguntou.

- Eu não sei. – falei e olhei em seu pulso, não havia nada ali.

- Estranho, ela caiu do nada. – Ellen comentou.

- Alguém?! – gritei olhando para os lados.

- Parece que ela não está respirando. – Virginia observou.

- Candy? Candy? Não nos deixe. – pedi e abracei o seu corpo imóvel. Senti de leve um cheiro de queimado.

Me levantei em busca de ajuda.

Avistei os olhares dos pais da Candy, que vinham desesperados para frente do palco.

Avistei também o olhar da minha mãe, nos olhares se cruzaram.

Não sei como começou ou de onde veio, mas um fogo começou a arder e se alastrar pela frente do palco. As chamas começaram rápidas e já estavam bem altas.

Virei de costas.

O fogo também pegava no fundo do palco.

- Meninas... – falei e apontei para que elas também observassem.

Elas se colocaram de pé, assim como eu, e olharam incrédulas.

Fechei os olhos. Na espera do quer que fosse acontecer.

Apertei bem os olhos, da escuridão surgiu o rosto da Ana Lee, e eu sabia que ela me alertaria mais uma vez. Sua voz soou dentro da minha cabeça, bem ao longe:

"ELE ESTÁ DE VOLTA!"

CINCO (Livro 1)Where stories live. Discover now