CINCO (Livro 1)

Capítulo 68 (May)

MAY

- Vamos? – Aurea falou, ela havia acabado de sair.

- Vamos. Até a Alabama saiu primeiro que você. – Candy caçoou.

- Ela vai pra pensão assistir o ensaio. – falei. Alabama balançou os braços em "Oi".

- A aula que demorou um pouco para terminar. E eu não demorei tanto assim. – Aurea se defendeu.

Atravessamos a rua. O pessoal ainda estava em frente à universidade conversando. A rua estava bem movimentada.

Viramos a esquina, a pensão não ficava longe.

- O que é aquilo ali na frente? – Alabama apontou, seu cabelo foi soprado pelo vento, tampando o seu rosto.

- Parecem troncos... Árvores. – falei.

Alabama ajeitou o cabelo.

- Vamos lá ver. – Candy sugeriu.

Aceleramos o passo. Ao longe deu pra ouvir o barulho de uma ambulância.

"Várias árvores caíram...", "O fio da energia acertou uma menina...", chegando mais perto consegui ouvir as pessoas dizerem.

- Parece que várias árvores caíram. – falei.

- Isso está muito estranho. – Candy falou.

- Parece que tem alguém caído ali na rua. – falei. Me aproximei. – Virginia?!

Gritei e corri até ela:

- O que aconteceu? Você está bem?

Virginia mostrou o pulso, um símbolo entalhado. Candy, Alabama e Aurea se aproximaram de mim.

Imediatamente entendi o que houve.

- Eu estava com a Brenda. E o meu poder despertou, as árvores caíram e o fio da energia se soltou e a atingiu... – ela fez uma pausa. – Ela sofreu graves queimaduras, a ambulância estava passando e a levou.

- Mas você está bem? – Candy perguntou.

- Estou sim. Eu não estava conseguindo me mexer, era como se a terra me puxasse, fiquei imóvel. Agora que meus movimentos estão voltando.

As pessoas na rua olhavam curiosas.

- Você consegue se levantar? – Aurea perguntou preocupada.

- Consigo, mas me dê uma mãozinha. – Virginia falou.

Ajudamo-la a se levantar. Tomamos o cuidado de não pegar em seu pulso, seu pulso ainda estava vermelho.

- Vamos para a pensão. – Virginia falou.

O símbolo de Virginia havia aparecido, o da Ellen e o da Aurea. Agora restavam mais dois a aparecerem. Não que eu não me preocupasse, mas agora era, mas palpável sentir que talvez uma de nós não fosse receber o Dom e poderia até morrer.

E era incrível como sempre alguém inocente se machucava. A Kelly, até mesmo o Théo, e agora a Brenda. Agora intendo um pouco por que a Ellen decidiu partir.

- Vocês estão todas bem? – Cassandra perguntou.