Capítulo 44

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Saímos de dentro da água e começamos a caminhar. Reparei as árvores ao nosso redor, elas curvavam como se ouvissem.

- Eu te trouxe aqui para te dizer algo muito importante. - Ana Lee começou a falar.

- O que? - perguntei, eu estava apavorada.

- Ele está conseguindo reunir forças pra sair daqui. - Ana Lee continuou.

- Mais você não está morta? E quem é esse?

- Eu não tenho muito tempo pra te responder essas perguntas. E estou morta sim, e foi tudo parte de um plano dele para romper o portal entre o seu mundo e Outro Lado, que é aqui.

- Mais o que eu devo fazer? - eu não estava entendendo nada.

- No momento certo você vai saber...

- ANA LEE! - uma voz muito estridente e grave gritou.

Ana Lee estremeceu ao som da voz.

- Você precisa voltar. Corre May! Entra de novo na água.

- Mas você vai ficar bem?

- Vou sim.

Corri de volta pra lagoa, e mergulhei.




Reparei que braços me seguravam, tentei abrir os olhos mais não consegui.

- Volta May. - era a voz do Felek.

Senti que pressionavam o meu tórax, e senti lábios em minha boca soprando ar.

- Ela não está acordando. - essa era a voz da Candy.

O ar voltou aos meus pulmões. Tossi.

Abri os olhos. Estavam todos ao meu redor, e muitos em pé que me observavam.

- Meu amor, você me deu o maior susto.

- Desculpa.

- Você quer ir ao hospital? - ele perguntou.

- Não precisa, eu já estou bem.

- Se você está dizendo eu acredito. Vou te levar ao meu quarto, pra você descansar um pouco.

Ele me pegou no colo e me levou para dentro da casa, as pessoas ficaram observando.

A casa ficava um pouco longe de onde estávamos, mais o Felek insistiu em me carregar.

Percebi que subimos uma escada e senti Felek empurrar uma porta.

- O seu quarto é lindo. - falei ainda meio cansada.

- Obrigado.

Me deitou na cama.

- Qualquer coisa você me grita, manda mensagem ou pensa em mim.

- Pode deixar. E me faz um favor, pede para as meninas virem aqui, menos a Alabama, preciso contar uma coisa pra elas.

- OK minha nadadora profissional. - chegou perto de mim e meu deu um selinho.

- Seu besta.

- Tchau. - e fechou a porta.

Meu corpo ainda estava um pouco molhado e molhou a cama levemente.

Eu ainda não sabia se aquilo havia sido um sonho, ou se foi real. Mais foi muito real para ser mentira.

E o que a Ana Lee queria dizer. Não era a primeira vez que ela me alertava. E ela não estava bem, pelo que percebi, existia alguém planejando alguma coisa, e pelo jeito não é coisa boa.

A porta do quarto se abriu.

- Entrem. - falei.

- O que você quer com a gente? Pessoinha que dá susto na gente. - Candy falou e Ellen, Virginia e Aurea se sentaram na beirada da cama.

- Você está bem mesmo? - Ellen perguntou.

- Estou sim. - falei.

- Que bom. - Aurea suspirou em alivio.

- Fecha a porta Candy. - pedi.

- Fechei. - veio caminhando até a cama e sentou também. - Diga o que passa!


CINCO (Livro 1)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora