Capítulo 65

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-... Cadê a Ellen? – Holiday perguntou.

Eu não iria responder a verdade. Que ela havia ido embora por causa dela.

- Ela faltou hoje, tinha umas coisas pra resolver. – respondi firme.

- Ah tá. Tchauzinho pra vocês.

Ela se virou e foi embora.

- Qual será a intenção dessa menina? – Candy indagou.

- Prefiro nem saber. – falei.

As meninas concordaram balançando a cabeça.

As últimas duas aulas passaram rápidas. Eu estava ansiosa para começar ensaiar a música inédita da Candy, um pouco de distração era bom nesses dias intensos que estávamos vivendo.



- Adorei essa música Candy. – Alabama havia ficado na pensão para o ensaio.

- Eu também amei. – falei. Eu estava com a letra da música nas mãos.

- Muito boa. Precisamos bolar um arranjo. – Virginia falou.

- Precisamos mesmo. – Candy disse e colocou a guitarra, que ela havia usado pra cantar a música, de lado. – Eu já tinha imaginado algumas coisas. A May podia começar cantado o nanana e aí a gente entra tocando na segunda vez.

- Fica bom assim. – opinei.

- Também acho. – Aurea falou.

Candy pegou a guitarra novamente:

- Vamos ensaiar agora pra valer.

- Eu ainda não sei a letra... – falei e ri em seguida.

- Você vai aprendendo. – Candy insistiu toda animada.

- Como essa música chama? – Alabama perguntou.

- Primeiro Amor (Wacko). – Candy falou o nome.

- Foi para alguém que você escreveu? – Alabama insistiu.

- Não. Não foi não. – eu não acreditei muito não, mas também não ia perguntar. – Vou começar May, vai. – Candy deu o tom pro nanana.

- Nana nanana nanana nana nanana. – dei uma olhadinha pra Candy pra ver se eu estava cantando certo, me mandou continuar.

Aurea foi para o teclado. Virginia para a bateria. E eu para o microfone.

Ensaiamos a tarde inteira. Até que a música ficou boa, mais tínhamos que ensaiar mais. Gravamos um áudio e mandamos para a Ellen, que havia topado continuar participando do Festival.

Amei essa música. Partiu para o sucesso, menos May pensei, se eu não morresse nesse meio tempo por algum Zalker descontrolado, eu preferia nem pensar nisso.

- Então era aqui que você estava se escondendo? – Felek desceu as escadas do porão.

- Era. – dei um sorriso e fui até ele.

- Oi meninas. – ele cumprimentou. – Pelo o que eu ouvi lá de cima. A música do Festival está ficando incrível.

- Sério? – Candy perguntou.

- Sério. Dona Candy. – Felek falou. – E o meu beijo engomadinha?

O beijei rápido e intenso. O Felek me deixava doida. E eu estava sentindo que estava dando pouca atenção a ele, não sei se pelos últimos acontecimentos, Cinco, Zamarian e tudo mais. Mas eu gostava dele, e ele de mim também.

- Queria te pedir um favor? – falei.

- Diga. – o Felek falou.

- Queria que você me levasse para ver o Pedro, ele saiu do hospital na segunda. – pedi.

Pela a expressão em seu rosto ele não curtiu muito.

CINCO (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora