Capítulo 69

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Corremos para abraça-la.

- Como vocês estão? – a voz da Ellen saiu abafada em meio ao abraço coletivo.

- Eu estava morrendo de saudades. – Aurea falou.

Soltamo-nos do abraço.

- Eu também estava com muita saudade. – Ellen falou, seus olhos estavam lacrimejados, assim como o de todas nós.

- Eu também. – falei. – E sim, estamos todas bem.

- Me desculpem meninas, por ter abandonado vocês. Eu me precipitei. Não devia ter deixado vocês na mão.

- Te entendemos Ellen. – Virginia falou. – Meu símbolo apareceu, e também não foi fácil para mim. A pressão é muito grande.

- Verdade. Que bom que me perdoaram e me entenderam. – Ellen falou.

- Nunca ficamos magoadas com você. Por isso não há nada a se perdoar. – falei com sinceridade.

- Ellen?!

- Oi Alabama. Tudo?

- Que bom que você voltou. Senti sua falta. – Alabama abraçou Ellen, que retribuiu.

- Eu também senti. – ela respondeu.

- Mas o mais importante é que estamos todas juntas agora. – falei.

- Sim. – Ellen falou toda sorridente. – Estou praticamente craque na música já.

- Você é fera mesmo, gostou dela? – Candy perguntou.

- Gostei muito. Vai ser sucesso.

Eu estava muito feliz por a Ellen estar de volta.

- Ai! – gemi. Meu pulso começou arder.

- O que foi May? – Candy perguntou.

- Meu pulso. – respondi.

A brisa que antes soprava leve começou a soprar forte.

- Meu símbolo! – Aurea falou espantada e apontou para o braço, o símbolo em seu pulso brilhava.

A porta do refeitório e porta que dava para a sala se fecharam com o vento.

O vento girava e nos envolvia.

O símbolo da Virginia também começou a brilhar, ela nos mostrou. A terra dos vasos próximos a gente se uniram a dança do vento. Os vasos se racharam com a ação inusitada.

- O que está acontecendo? – Candy perguntou.

- Não sei. – respondi. Em meu pulso algo começava a surgir.

- Meu símbolo também está brilhando... – Ellen comentou.

Alabama olhava incrédula para aquilo tudo.

O céu que antes estava limpo e azul, agora estava cinza e a chuva começou a cair.

- Aiiiiii! – gritei. Meu corpo tombou para trás, fiquei na ponta do pé.

Meu símbolo brilhou. O vento cessou. E desmaiei.

CINCO (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora