- Mas você está muito linda. – corei.
Felek me esperava sentado na sua moto, era daquelas motonas, os nomes eu nunca decoro. E pra variar estava muito bonito, usando uma camiseta cavada branca e com um desenho em vermelho deixando os braços a mostra. "Os braços". E a tatuagem aparecendo, hoje deu pra ver melhor, um tipo de tribal que dava uma volta no braço todo.
- Obrigado. – respondi. – Você também está muito bonito.
- Eu sei.
- Mas que exibido. – ele sorriu. Eu sorri.
- Pega aqui seu capacete. – ele me entregou, o coloquei e subi na moto.
- Mas aonde vamos? – perguntei.
- Já, já, você vai saber.
- OK né. – ele colocou seu capacete, ligou a moto e acelerou. E passei os braços na sua cintura.
Passamos por alguns barzinhos e pensei que ele fosse parar em alguns deles, mas não. Seguimos por mais algumas ruas.
Paramos em frente a um barzinho. Eu não estava tão errada.
- Chegamos. – disse Felek e descemos da moto.
Olhei no luminoso: Bar da Bachata, eu devo ter olhado com uma cara estranha, porque o Felek respondeu rapidamente.
- É um barzinho onde serve rodizio de comida mexicana, e hoje tem música ao vivo de bachata, que é um ritmo musical, muito legal por sinal.
- Ah sim, entendi.
Atravessamos a calçada ele pegou na minha mão. Uooooou. Fiquei sem graça de tirar sua mão e deixei-a assim mesmo.
Entramos no "Bachata" e sentamos numa mesinha ao fundo, hoje o pagamento era na entrada. O ambiente era bem bonito, temático e aconchegante, em frente ao palco havia um espaço onde havia algumas pessoas dançando, achei um máximo.
- Gostou daqui? – Felek perguntou.
- Gostei. Muito. Só nunca comi comida mexicana. – confessei.
- Nunca?
- Nunca.
- Mas você vai gostar. – ele falou e balancei a cabeça afirmando.
O garçom passou e nos ofereceu tortilhas com carne. Felek aceitou e aceitei colocando no prato. Pedimos refri também.
- Experimenta vai. – Felek sugeriu.
Levei um pedaço à boca. Nossa, muito bom.
- Adorei. – respondi sendo sincera.
- E como você está engomadinha?
- Estou bem. E você como está?
- Estou bem também...
Conversamos sobre as aulas que voltam amanhã, ele disse que não estava muito afim. Conversamos sobre seus pais e lhe contei sobre a minha mãe. Conversamos sobre o futuro, nossos sonhos, e ele comentou sobre a apresentação das meninas no dia da festa, ele disse que foi muito boa e que tínhamos futuro. Um assunto que acho que tentamos evitar, mas ele veio à tona.
- Acho que ninguém esperava que ela fosse matar. – falei.
- Ela morava na mesma pensão que você né?
- Sim. Fui tudo muito triste. – respondi.
- Mas que bom que tudo se resolveu.
- Sim. Sim.
- E mudando de assunto. Já te falei que você está muito bonita hoje? – Felek colocou sua mão sobre a minha.
- Falou. Acho que duas vezes hoje. – rimos. – Que bom que gostou. Você também está muito bonito. – olhei em seus olhos. Eles me olhavam de volta, desviei o olhar.
Notei que a atendente não tirava os olhos da nossa mesa, ela olhava diretamente pro Felek, mais nem disfarçava. Que descarada!
O garçom nos serviu mais uma comida típica mexicana. A cantora que fazia os covers começou outra música.
- Dança essa comigo? Diz que sim. E eu adoro essa música.
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CINCO (Livro 1)
قصص المراهقينEssa história se trata de CINCO garotas: May, Candy, Ellen, Aurea e Virginia. Nunca havia passado por suas cabeças que um dia se tornariam amigas, porém algo em comum as uniu... Estudar na mesma faculdade e o amor pela música. Em uma festa foram pe...