Capítulo 22

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- Mas você está muito linda. – corei.

Felek me esperava sentado na sua moto, era daquelas motonas, os nomes eu nunca decoro. E pra variar estava muito bonito, usando uma camiseta cavada branca e com um desenho em vermelho deixando os braços a mostra. "Os braços". E a tatuagem aparecendo, hoje deu pra ver melhor, um tipo de tribal que dava uma volta no braço todo.

- Obrigado. – respondi. – Você também está muito bonito.

- Eu sei.

- Mas que exibido. – ele sorriu. Eu sorri.

- Pega aqui seu capacete. – ele me entregou, o coloquei e subi na moto.

- Mas aonde vamos? – perguntei.

- Já, já, você vai saber.

- OK né. – ele colocou seu capacete, ligou a moto e acelerou. E passei os braços na sua cintura.

Passamos por alguns barzinhos e pensei que ele fosse parar em alguns deles, mas não. Seguimos por mais algumas ruas.

Paramos em frente a um barzinho. Eu não estava tão errada.

- Chegamos. – disse Felek e descemos da moto.

Olhei no luminoso: Bar da Bachata, eu devo ter olhado com uma cara estranha, porque o Felek respondeu rapidamente.

- É um barzinho onde serve rodizio de comida mexicana, e hoje tem música ao vivo de bachata, que é um ritmo musical, muito legal por sinal.

- Ah sim, entendi.

Atravessamos a calçada ele pegou na minha mão. Uooooou. Fiquei sem graça de tirar sua mão e deixei-a assim mesmo.

Entramos no "Bachata" e sentamos numa mesinha ao fundo, hoje o pagamento era na entrada. O ambiente era bem bonito, temático e aconchegante, em frente ao palco havia um espaço onde havia algumas pessoas dançando, achei um máximo.

- Gostou daqui? – Felek perguntou.

- Gostei. Muito. Só nunca comi comida mexicana. – confessei.

- Nunca?

- Nunca.

- Mas você vai gostar. – ele falou e balancei a cabeça afirmando.

O garçom passou e nos ofereceu tortilhas com carne. Felek aceitou e aceitei colocando no prato. Pedimos refri também.

- Experimenta vai. – Felek sugeriu.

Levei um pedaço à boca. Nossa, muito bom.

- Adorei. – respondi sendo sincera.

- E como você está engomadinha?

- Estou bem. E você como está?

- Estou bem também...

Conversamos sobre as aulas que voltam amanhã, ele disse que não estava muito afim. Conversamos sobre seus pais e lhe contei sobre a minha mãe. Conversamos sobre o futuro, nossos sonhos, e ele comentou sobre a apresentação das meninas no dia da festa, ele disse que foi muito boa e que tínhamos futuro. Um assunto que acho que tentamos evitar, mas ele veio à tona.

- Acho que ninguém esperava que ela fosse matar. – falei.

- Ela morava na mesma pensão que você né?

- Sim. Fui tudo muito triste. – respondi.

- Mas que bom que tudo se resolveu.

- Sim. Sim.

- E mudando de assunto. Já te falei que você está muito bonita hoje? – Felek colocou sua mão sobre a minha.

- Falou. Acho que duas vezes hoje. – rimos. – Que bom que gostou. Você também está muito bonito. – olhei em seus olhos. Eles me olhavam de volta, desviei o olhar.

Notei que a atendente não tirava os olhos da nossa mesa, ela olhava diretamente pro Felek, mais nem disfarçava. Que descarada!

O garçom nos serviu mais uma comida típica mexicana. A cantora que fazia os covers começou outra música.

- Dança essa comigo? Diz que sim. E eu adoro essa música. 

CINCO (Livro 1)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن