CINCO (Livro 1)

Capítulo 70

-... Esse símbolo é o NATO. Você pode controlar os quatro elementos. – Cassandra estava de pé explicando, enquanto eu estava deitada na cama do meu quarto, e o meu pulso ainda queimava.

- Que incrível. – Candy comentou.

- Parabéns May, esse Dom representa bastante responsabilidade. Isso quer dizer que as Irmãs Cinco confiam em você. Assim como confiam em cada uma aqui. – Cassandra apontou para as meninas. Virginia, Aurea e Alabama estavam sentadas na cama da Candy, Candy e Ellen estavam em pé.

- Sim. Prometo não decepcionar Cassandra. – respondi.

- Bom descanso May. – Cassandra se retirou do quarto.

- E agora só faltamos nós Alabama... – Candy olhou tensa para ela.

- Verdade. – Alabama falou entredentes.

- Mas fiquem tranquilas, tudo vai dar certo. – falei.

- Eu não quero morrer... – Alabama desatou a chorar, Aurea a consolou.

- Eu também não quero. – Candy, querendo ou não, era mais forte.

- Vamos dar um jeito. – Ellen falou.

- Mas como? – foi o que Alabama conseguiu falar.

Ellen continuou:

- Estamos juntas nessa ou não estamos?

"Estamos!" – respondemos todas, Alabama abaixou a cabeça.

Estávamos juntas nessa e ninguém iria morrer, pelo menos era o que eu desejava.

O sábado passou mais tranquilo, e a angustia entre as meninas haviam acalmado um pouco. Eu estava recém-marcada pelo Dom, e eu o sentia fluir por mim, por cada célula.

Pós-almoço ensaiamos como estávamos fazendo. Só que agora com a Ellen, o que tornava tudo mais harmonioso, e deixava a banda completa.

Às vezes penso se foi realmente à música que nos uniu, independentemente, ou se foi esse destino desenfreado Cinco.

O que seja que tenha nos unido. Uniu-nos direito, pois éramos melhores, musicalmente e sobrenaturalmente juntas. A Alabama veio depois, mas veio para somar, ela era um amiga e tanto, e também era uma Cinco. E o destino ainda nos reservaria surpresas positivas. Eu acreditava nisso.

O Felek veio me buscar para que fossemos passear. Acabamos indo ao shopping, já que o nosso barzinho, o Bar da Bachata, ainda estava interditado para arrumação. Tenso.

Felek me disse que tinha uma surpresa para o dia do Festival. O que me deixou ainda mais ansiosa para que esse dia chegasse logo. Assistimos a um filme que estava em cartaz, comemos por ali mesmo e ele me trouxe de volta depois. E se despediu com um beijo. Eu gostaria de contar tudo a ele, sobre a Irmandade, porém eu sentia que ainda não era a hora certa.

Domingo passei treinando meu Dom, consegui dominar a água fazendo com que ela tomasse o rumo que eu quisesse. Cassandra estava ajudando a mim e as meninas, concentração era essencial.

Segunda. Lá estava eu de novo as aulas. E os boatos eram de que a universidade entraria de greve, esse infelizmente era um problema das universidades federais.

Eu até vi a Holiday durante essa semana. Ela passou reta e não fez nenhum alarde desnecessário.

Ensaiamos pesado por todos esses dias, afinal o Festival era no sábado.