Capítulo 26

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- Eu topo! – gritei e digitei no celular como resposta, eu tinha derretido com a mensagem.

- Topa o que? – Pedro perguntou.

- Olha essa mensagem. – mostrei a mensagem que o Felek havia me mandado, eu estava eufórica.

- Ah sim, isso. – Pedro respondeu.

- Desculpa Pedro. – falei ressentida. – Você sabe que eu gosto muito de você, muito mesmo, mais não assim, sabe. Me entenda.

- Eu te entendo. – ele ficou calado.

Mas que coisa?! Eu não queria esse clima ruim entre a gente.

- Amigos como sempre? – lhe estendi a mão.

- Amigos como sempre. – ele apertou minha mão e soltou, percebi que ele não havia gostado muito desse desfecho.

Meu celular vibrou: "Estou aqui fora, voltei...rs". Era o Felek.

- Tenho que ir lá fora e já voltou. – Falei ao Pedro.

- Vai lá May. Boa noite.

- Boa noite Pedro.

Virei-me e caminhei rápido lá para fora. O Felek me esperava encostado na moto, e ficava tão lindo parado daquele jeito.

Atravessei o portão e fui para perto dele.

- Então você topa engomadinha?

- Topo. – eu poderia estar sendo precipitada, mais eu tinha uma queda pelo Felek, era só me deixar levar, dar uma oportunidade ao destino, e ele me curtia também. - Pronto. Agora pode me beijar. – Não acredito que eu falei isso?!

- Como todo prazer...

Ele se aproximou mais de mim, colocou a mão na minha cintura e me puxou pra mais perto, seus lábios encostaram-se aos meus, apaixonados e desesperados, nossos lábios se moviam em sincronia.

Coloquei meus braços em volta do seu pescoço, encerramos nosso beijo.

- Agora a garota da toalha é minha, só minha. – Felek falou, eu ri.

- Nossa. Você não tem noção como eu fiquei brava quando você falou isso da "toalha".

- Prometo não te chamar assim mais não. A menos quando for pra te irritar.

- Há há, engraçadinho.

Felek me beijou mais uma vez, dessa vez o beijo foi mais demorado.

- Você não trocou de blusa ainda, vai acabar ficando doente.

- Não deu tempo, eu mal cheguei e você mandou a mensagem. – eu não iria comentar do Pedro ainda.

- Entendi. Eu sou intenso assim mesmo. – ele riu.

- Eu gosto. – falei e sorri pra ele, que me olhava de volta.

- Agora tenho que ir, amanhã as aulas começam cedo.

- Vai não. – falei.

- Tenho. – me deu um selinho. – Tchau May.

- Tchau. – respondi.

Fiquei vendo enquanto a moto se afastava e retornei a pensão.

Passei pela sala que agora estava escura. O Pedro deveria ter ido dormir, eu não queria me sentir culpada, ou como se estivesse escolhendo alguém. Subi pro meu quarto. Acendi a luz.

- Que beijo foi aquele? – Candy perguntou.

Ellen, Virginia e Aurea esperavam minha resposta.


CINCO (Livro 1)Where stories live. Discover now