Capítulo I ; Por Juliette

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Meu pai não achava certo que eu vivesse em um dormitório, na verdade ele não achava certo que eu estudasse em Yale. Por ele, eu estudaria na Universidade de Nova York e moraria com ele, porém não era melhor que Yale. E sinceramente, ele nunca soube lidar muito bem comigo.

Passei muito tempo presa em um internato. Agora eu precisava sentir aquela famosa liberdade da qual eu ouvia falar nos livros.

Ele tentou me forçar a aceitar um apartamento de presente, porém eu não saberia morar sozinha. Eu queria ter a experiência completa de uma faculdade, nem que fosse apenas por um ano. Isso incluía uma colega de quarto. Como um dormitório para ele estava fora de cogitação, da mesma forma que eu não poderia aceitar um apartamento de presente, ganhei uma colega de apartamento, o apartamento era dela, eu só pagaria aluguel.

A minha colega de apartamento se chamava Alice, era filha de um amigo do meu pai. Estava cursando o segundo ano de moda. E aparentemente, tinha um apartamento grande demais para si mesma. Então ficaríamos juntas.

- Filha, eu estou tão orgulhoso de você.

- Obrigada, pai. Você tem me ajudado muito desde que eu saí do colégio.

- Eu só faço a minha obrigação de pai. Acho até que eu demorei demais a fazer isso.

- Não se culpe, pai. Sempre foi bom para mim. - Apertei de leve o ombro dele.

- Eu te coloquei em um colégio interno e agora você está indo pra faculdade. Sinto como se tivesse perdido toda a sua infância.

- Pai, eu estou bem. Eu não poderia pedir um pai melhor que eu tenho. E de toda forma agora vou morar mais perto de você do que antes e poderei te visitar. - Eu sorri.

- Estou sendo um velho bobo, não é?

- Você nunca será velho para mim, talvez seja só um pouco bobo. - Ele riu.

- Vou ajudá-la a levar essas malas para o apartamento, você trouxe muitas coisas.

- Será que o prédio tem elevador? - Perguntei já temendo subir com tantas malas pelas escadas.

(...)

Felizmente tinha e por isso não foi difícil conseguir subir com as malas até o andar que eu moraria.

- Qual é o número? - Perguntei ansiosa olhando para as portas.

- 403. - Fui procurando com os olhos até ver a porta no meio do corredor.

- É ali. - Meu pai tocou a campainha e rapidamente a porta foi atendida.

Aquela quem eu deduzi ser Alice estava olhando para nós com uma expressão entusiasmada. Era baixinha, loira e muito encantadora.

- Você deve ser Juliette! - Eu assenti - Você é tão bonita, nem parece uma quase freira.

Achei que não era o momento certo para dizer a ela que eu apenas estudava em um colégio religioso e que não tinha vocação para a carreira religiosa segundo o próprio padre da igreja de lá.

- Fico feliz em conhecê-la, Alice. - E estava mesmo, ela parecia ser uma garota legal.

- Eu também, tenho certeza que seremos boas amigas! Agora entre, vocês devem estar cansados.

- Não muito - Respondi enquanto entrávamos - Ele não mora tão longe daqui, meu pai também é aqui de Nova York.

- Meus pais também moram por aqui, então nos vemos com frequência. Vou te levar para ir na casa deles comigo algum dia desses.

- Claro, isso vai ser bom.

- Vem conhecer o seu quarto. Não está decorado porque sei que você vai gostar de fazer essa parte, eu posso te ajudar, adoro essas coisas. - Ela falava enquanto me guiava pelo corredor.

O Homem Que Me AmaWhere stories live. Discover now