Capítulo XL ; Por Juliette

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- Você ligou para ela? - Perguntou Jace.

- Para a Julia? Liguei.

Julia era o nome da minha mãe. Não muito longe de Juliette e mais perto ainda de Jullie, quando as pessoas me chamavam dessa maneira. Nosso nome refletia nossa aparência que também era semelhante.

Meu pai não se opôs ao fato de eu querer conhecê-la. Ele só me pediu para ter cuidado e cautela porque não esperava que ela reaparecesse depois de tanto tempo e não sabíamos o que tinha motivado aquilo. Ele não pediu que eu contasse para ele sobre o encontro com ela e eu acreditava que ele não ia me fazer nenhum pergunta sobre porque aquela história parecia dolorosa demais para ele mesmo depois de tanto tempo.

- Como foi? - Ele perguntou enquanto passava o braço por cima dos meus ombros. Nós estávamos no Starbucks e tínhamos ido ali depois dele me buscar na biblioteca.

- Breve. Eu só perguntei se ela poderia encontrar comigo amanhã depois da aula e ela disse que estava disponível. Vamos nos encontrar na mesma lanchonete do outro dia.

- Eu vou com você.

- Não precisa ir. Eu não acho que ela vai me fazer algum mal a ponto de eu precisar de alguém lá, mas de qualquer forma Alice falou que vai e ninguém vai conseguir impedir que ela vá porque parece que ela está se sentindo culpada por ter me deixado sozinha naquele dia.

- E você a culpa?

- É claro que não. - Respondi indignada - E acho uma besteira que ela possa estar se sentindo culpada por isso. Ela me deixou em uma lanchonete dentro da universidade para encontrar o orientador dela, que mal poderia ter nisso? E se não fosse naquele momento a Julia teria encontrado outra oportunidade para falar comigo, vocês não vão estar do meu lado o tempo todo e nem quero que seja assim.

Ele me olhou de uma forma emburrada e achei melhor explicar.

- Eu quero ser adulta, Jace. Ainda preciso de vocês para muita coisa, mas eu quero ser cada vez mais independente porque apesar de eu amar a presença de vocês, eu preciso saber lidar com os momentos de ausência. Isso é por mim e também por vocês que se sentem responsáveis por mim.

- Você não é um fardo, princesa. Tudo o que nós fazemos é porque gostamos de fazer isso por você.

Sorri.

- Eu sei, mas eu continuo acreditando que não seria saudável que vocês precisassem me acompanhar o tempo todo.

- Tudo bem, mas amanhã eu vou estar lá junto com a Alice. Tem momentos que você vai ficar sozinha, mas amanhã não é um deles.

(...)

Eu estava tão normal quanto eu poderia estar naquela tarde. A parte boa de ter ido encontrar Julia depois da aula é que eu não tinha pensando em como ela veria a minha aparência. Se eu tivesse ficado em casa procurando uma roupa, me perguntaria se era melhor aparecer com minhas saias longas, com jeans ou se deveria fazer uma mescla das minhas roupas. Mas como eu havia ido para a aula, estava usando calças confortáveis com um moletom da Akatsuki que ganhei de Sean no meu aniversário. Eu não gostava da Akatsuki porque eles eram os vilões, mas foi um presente atencioso e me fazia amar o moletom por isso porque mesmo não me conhecendo tão bem, ele havia me algo que se relacionava com o que eu gostava ao invés de me dar um presente genérico.

Mas diferente de mim que estava tão normal quanto poderia estar, Alice e Jace haviam pensado meticulosamente na roupa que usariam naquele dia porque os dois estavam totalmente de preto e com uma expressão séria. Eu acreditava que não havia sido combinado, mas me dava vontade de rir quando pensava que eles queriam intimidar a Julia tentando parecer dois mafiosos.

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⏰ Last updated: Jan 31, 2022 ⏰

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O Homem Que Me AmaWhere stories live. Discover now