Capítulo XII ; Por Jace

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Minha vida era perfeita, mas incompleta. E eu tinha demorado para me dar conta disso.

Eu era aluno de uma das maiores universidades do mundo, minha família sempre tivera condições financeiras mais que favoráveis, sendo assim eu não fui negado de nenhuma experiência que o dinheiro comprasse, viajar, pilotar as melhores motos e frequentar as melhores festas. Meus pais também eram maneiros, meu irmão mais velho e supersério nem tanto, mas ele me deu um sobrinho que compensava isso.

Em alguns momentos, eu me sentia como um rei. Pensava que não havia nada nesse mundo que eu não poderia ter, isso incluindo as mulheres.

Perdi a virgindade aos 14 com uma garota do último ano da minha escola, como todo virgem, eu gozei rápido e deixei a garota na mão. Ela não se importou, ou ao menos fingiu isso. Só que eu percebi como eu tinha sido um merda e passei a treinar muito para satisfazer as mulheres e me tornei muito bom nisso, sem modéstia.

Eu conseguia fazer uma mulher gozar e isso é bem melhor que dar uma de namoradinho. Não sentia que usava as mulheres, até porque eu nunca tinha prometido nada pra elas.

Minha vida era boa, eu fazia sexo sem compromisso com mulheres diferentes quase todos os dias e não pensava em me amarrar.

Só que a vida não te dá um tiro, ela te joga de um abismo e manda você se virar.

Eu me senti diferente no momento que vi Juliette pela primeira vez. Não consigo entender até hoje o que foi exatamente. Só sei que ela me afetou completamente.

A primeira vez a que olhei pra ela, eu sabia que ela era importante de alguma forma. Logo, eu queria saber tudo sobre ela, o nome, endereço e história.

E não foi apenas isso, me veio um sentimento de posse instantâneo. Eu a queria e ela nem se dava conta disso. Eu soube que ela seria minha pouco tempo depois que nos conhecemos.

Ela era a garota mais bonita que eu conhecia e a mais inocente também, Juliette tinha grandes olhos azuis e eles estavam sempre maravilhados e avaliando tudo.

A inocência dela sobre as coisas era tanta que ela ficava feliz com a mais simples das descobertas, seja alguma coisa que ela tinha aprendido na faculdade ou uma comida nova que ela tinha provado.

Ela era perfeita e infelizmente, eu não era o único que me dava conta disso. Eu via quando os outros homens olhavam pra ela, mesmo que ela não reparasse nisso. Eles olhavam pra ela mesmo quando eu estava do lado e isso me deixava puto.

E o que me deixava com mais raiva era eu ser o melhor amigo e não o namorado dela. Eu que sempre me achei o fodão tinha sido deixado na Friendzone.

Juliette não sabia o que era friendzone, muito menos que tinha me deixado nela. Não que isso fosse de todo o ruim, era melhor ser amigo dela do que não ser nada, mas eu queria mais.

Eu queria Juliette por completo na minha vida. Sentia vontade de consumi-la, saber todos os seus sonhos, estar envolvido em seus planos e dividir a cama com ela todas as noites.

Algum dia, eu faria isso. Porque eu sempre tive tudo o que queria e com ela não seria diferente, porque Juliette era a garota certa pra mim.

Mas, enquanto a certa me queria apenas como amigo, eu me divertia com as erradas.

- Tem certeza que não quer me dar seu número? - A loira com algum nome que começava com a letra L me perguntou.

- Tenho. - Nós já tínhamos transado, por que ela não se vestia logo e ia embora?

- Bem, então acho que vou ter que dar o meu pra você.

- Não precisa. - Entreguei a calça pra ela.

O Homem Que Me AmaWhere stories live. Discover now