Capítulo XI ; Por Juliette

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- Você está linda! - Jace disse pra mim quando eu saí da biblioteca, o que me fez corar, obviamente.

- Jace, você sempre diz isso.

- E eu sempre estou falando a verdade, eu não tenho culpa de você ser linda sempre, princesa.

- Essa saia é velha e eu uso essa blusa para dormir. - Argumentei.

- Eu não sabia que você dormia tão elegante. - Ele parecia estar prestes a rir.

- Você não me leva a sério! - Acusei.

- É claro que eu levo, princesa. Você é minha melhor amiga no mundo todo.

- Você sabe que eu não consigo ficar brava com você quando me diz isso.

- É por isso que eu digo sempre. - Ele riu e me ajudou a subir na moto.

Quando chegamos na frente do meu prédio, nós dois descemos da moto, porque costumávamos conversar um pouco antes que eu subisse.

- Você não precisa me buscar amanhã, eu não vou pra biblioteca.

- Por que não? Você vai todo dia.

- Por isso mesmo, amanhã tem uma festa e a Alice me perturbou a semana inteira para que eu vá e como amanhã é sexta, eu decidi ir, mas eu vou compensar estudando no sábado.

- A festa da Alpha, a fraternidade?

- Eu acho que sim, você vai? - Perguntei.

- Eu não tinha certeza, só que como você vai, eu com certeza vou.

- Bem, então vamos nos ver amanhã de qualquer forma.

Pela forma que ele sorriu, ele gostava disso tanto quanto eu.

Eu nunca pensei que um dia me tornaria amiga de um garoto, ainda mais como Jace. De alguma forma, eu ainda me sentia envergonhada em ficar tão perto dele, seus elogios me faziam corar e eu orava todas as noites para continuar focada. Porém, mesmo com tudo isso, ele tinha conseguido ultrapassar uma linha, a que o tornava meu amigo. E de repente, ele tinha se tornada uma parte da minha vida.

Nós nos víamos todos os dias, porque ele me buscava na biblioteca. Não tínhamos aulas juntos na faculdade, estudávamos matérias com focos diferentes, mas apesar da faculdade ser bem grande, de vez em quando nos esbarrávamos por lá e as vezes marcávamos de almoçar junto com Alice e Sean.

Alice não implicava mais com Jace perto de mim desde o dia em que ela conversara com ele. Ela nunca me contou o que eles conversaram e eu perdi o interesse em saber disso, se ela não queria me contar era por ter motivos para isso e eu não ficaria a questionando.

De toda forma, tudo andava bem. Eu tirava boas notas, tinha amigos, andava na garupa de Jace e assistia desenhos na Netflix.

A minha vida estava plena. Só que isso não duraria muito tempo.

(...)

Na sexta-feira, eu saí de uma aula terrível de Sociologia, onde o professor deu conteúdo o bastante para duas semanas de estudo. Eu estava cansada e tinha um intervalo de uns vinte minutos antes que começasse a próxima aula, então decidi ir na cafeteria do campus mais próxima para pegar o café mais forte que eu encontrase.

A atendente me deu o café mais intenso que tinha na cafeteria e acho que eu tomei o primeiro gole quase suspirando.

- Com licença. - Um menino um tanto familiar pediu - Eu posso sentar aqui? - Apontou para a cadeira da frente.

- Sim, é claro. Perdão, mas já nos conhecemos? Você me é familiar.

- Sim, eu também estou na turma de Estudos da Paz, com a Sra Rathbone.

O Homem Que Me AmaOnde histórias criam vida. Descubra agora