Capítulo XX ; Por Jace

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Porra! Era isso, eu tinha conseguido! Juliette finalmente era a minha garota!

Eu me sentia em um daqueles filmes de adolescente onde o cara consegue alguma coisa com a garota dos seus sonhos e começa a cantar e dançar pelos lugares. Só que obviamente eu não pagaria esse mico.

Juliette apoiou todo o peso dela em cima de mim enquanto voltávamos de moto do restaurante - o que não era muito. Ela estava cochilando. Como alguém conseguia cochilar andando de moto? Lembrei dela dizer que estava cansada.

Ela era dedicada ao extremo. Estudaca pra caralho todos os dias mesmo sem precisar. Alice uma vez comentou que Juliette era uma das melhores da sus classe, mesmo assim ela não se acomodava, continuava se esforçando. Minha garota era foda!

- Nós já chegamos? - Ela perguntou com uma voz manhosa atrás de mim enquanto eu parava a moto.

Merda, quando ela falava daquela forma eu ficava com vontade de beijá-la toda.

- Sim, chegamos. - Eu a ajudei a descer da moto, depois disso ela ainda ficou segurando nos meus ombros por um tempo.

- Minhas pernas ainda estão meio moles, acho que eu vou dormir por um mês inteiro. - Ela deu uma risadinha.

- Você quer que eu te carregue até lá em cima?

- Não precisa, não é grande sacrifício andar até o elevador. Eu só sei é que amanhã eu só vou para as aulas mesmo, não vou pra biblioteca. Preciso muito de uma noite só ficando sentada no sofá e vendo desenho. As provas são daqui a duas semanas e já estão me deixando assim.

- Princesa, você irá se sair bem como sempre. Não precisa se estressar com isso, você se dedica e vai detonar.

- Como você consegue ir bem na faculdade se eu nunca te vejo estudando?

- Eu tenho boa memória, me lembro de praticamente tudo o que foi dado em aula. E eu estudo sim, mocinha, só que ao contrário de você eu não consigo fazer isso na biblioteca. Prefiro estudar com música do que em silêncio. Pra ser sincero eu não entendo como você consegue estudar na biblioteca, aquele lugar é claustrofóbico.

- É calmo e tranquilo, eu amo. Eu me sinto em paz na biblioteca.

Calma, tranquilidade e paz - eram três palavras que Juliette gostava e que de alguma forma até a definiam. Era ao contrário de mim, aquilo não combinava em nada comigo. E mesmo assim, de alguma forma nós dois estávamos juntos. Podíamos ser diferentes, mas alguma coisa forte nos ligava. E era tudo o que eu queria e tudo que eu precisava para saber que ela era a minha garota e que eu queria ficar com ela.

(...)

Nós não nos beijamos naquela noite. Ela estava cansada e só de saber que ela era a minha namorada já me deixava satisfeito de alguma forma.

Naquele dia eu fui pra casa e contei para Sean que Juliette era finalmente minha... E depois liguei para a minha mãe que estava esperando que eu "tomasse uma atitude" em relação à Juliette desde que havia falado sobre ela pela primeira vez.

Sean ficou feliz por mim, mas eu sabia que ele tinha medo que eu fodesse tudo com Juliette e isso acabasse afetando ele e Alice de alguma forma, porque ele era o meu melhor amigo e Alice era a melhor amiga dela. Eu não podia estragar aquilo, porque não era apenas a minha vida que seria afetada.

Minha mãe ficou exultante e queria que eu levasse Juliette para a casa dos meus pais o mais rápido possível, o que eu ainda não faria - nosso namoro era recente e eu não queria que ela se assustasse com tudo acontecendo rápido demais para o ritmo dela.

(...)

No dia seguinte não vi Juliette na parte da manhã e da tarde, eu até pensei que poderíamos ter tempo de almoçar juntos, mas a necessidade de um reparo inesperado na moto impediu isso.

Eu sabia que ela não iria para a biblioteca naquele dia, então a única forma de vê-la foi ir na casa dela na parte da noite. Não avisei que iria e sabia que Juliette queria passar a noite vendo desenhos, então levei chocolate e balas de goma para que ela não ficasse irritada com a minha intromissão.

O porteiro me deixou subir sem anunciar porque eu e Sean íamos com frequência no apartamento delas. Quando cheguei na porta do apartamento delas, toquei a campainha e poucos segundos depois uma Juliette sorridente atendeu. 

- Oi, Jace. Eu estou vendo Naruto.

- Oi, princesa. Eu vim ver Naruto com você, espero que não se importe.

- Eu não me importo, pode entrar. O que tem aí? - Ela perguntou olhando para a sacola que eu segurava.

- Chocolate e balas.

- Você trouxe pra mim? - Eu assenti - Obrigada, Jace. Isso foi muito doce da sua parte.

E então ela ficou na ponta dos pés e me deu um beijo rápido. Depois ela sorriu e segurou a minha mão, me puxando até o sofá.

- O que está acontecendo? - Perguntei enquanto ela dava play na Netflix.

- Sasuke fugiu para se juntar ao Orochimaru, alguns ninjas da Vila da Folha estão atrás dele.

(...)

A cabeça dela estava apoiada no meu ombro e ela passava os dedos por cima da minha camisa, numa caricia suave enquanto víamos Sasuke dando uma surra no Naruto - o que deveria ser algo temporário porque o protagonista não ia perder.

- Jace. - Ela falou meu nome baixo.

- Sim, princesa?

- Você se importaria de conhecer o meu pai? - Ela perguntou meio tensa.

- Claro que eu não me importo, eu vou adorar fazer isso.

E eu ia mesmo, ela não fazia ideia do quanto isso me deixava contente. Era uma coisa importante pra ela e eu sabia que isso significava que ela dava importância ao nosso recente relacionamento.

- Muito obrigada! Isso é muito importante pra mim, eu não gostaria de estar em um relacionamento sem a aprovação do meu pai, ele é tudo pra mim.

E ela era tudo pra mim, então se ela queria a aprovação do pai dela, eu ia fodidamente lutar pra conseguir isso!

O Homem Que Me AmaOnde histórias criam vida. Descubra agora