Dear Werewolf || Ziam Mayne Fanfiction

You Look Like An Angel

       Pov Niall

Relaxei ao sentir minhas asas recuando. Eu havia voado mais uma vez, eu precisava muito daquilo, para poder relaxar, já que eu não me sentia bem desde que...desde que Zayn havia levado Liam para sua cabana.

Foi o pior fim-de-semana, eu me sentia tão culpado. Se eu não tivesse tido aquela crise , e não tivesse deixá-lo sozinho, talvez nada disso teria acontecido. Mas eu prometi a mim mesmo que iria me redimir, eu iria pedir seu perdão. E seria hoje, assim que o encontrasse no colégio.

Me arrumei as pressas, e aproveitei a carona de Greg, que iria até a cidade fazer compras. Assim que cheguei lá desci do carro, o agradeci e adentrei nos portões da escola.

Entrei na sala, e pus meus materiais em uma carteira qualquer, já que a que eu costumava sentar (ao lado de Liam) estava ocupada, e tinha cheiro de cachorro, por sinal.

Iniciei minha busca por Liam, começando pelos corredores, e logo após indo até a biblioteca. Nada dele por lá. Deduzi que ele estivesse no jardim, e fui até lá. Não havia ninguém ali, já que os alunos estavam em suas devidas aulas, e os desinteressados não ficavam por aqui, já que preferiam as arquibancadas da quadra de esportes.

Mal algo ali ia além do cheiro do orvalho matinal, era aquele odor insuportável de sempre. Era aquele Zayn insuportável de sempre.

Vinha além das árvores do pomar, eu sabia onde ele estava, eu podia sentir sua aura fria emanando debaixo da cerejeira, e fui até lá. Ouvi risadas descontroladas, era Liam, ele estava com Zayn. Mas ele haviam se aproximado tanto assim em apenas um fim-de-semana?

- Então quer dizer, que você nunca assistiu uma aula? - perguntava Liam.
- Não, eu nunca assisti alguma. Eu não preciso estudar. - respondi Zayn, eu estava escondido em alguns arbustos, mas sabia que Zayn havia notado minha presença, afinal, sempre conhecíamos o odor um do outro.

- E então, Liam... - Zayn pausou, entrelaçando as mãos com as de Liam, ele fez de propósito, assim como tudo que vem a seguir. - Eu preciso te perguntar: o que você sente por Niall? - Liam hesitou, afinal ele foi pego de surpresa com aquela pergunta que mudou totalmente o rumo da conversa deles. E, por um segundo, tive esperanças que ele dissesse que sentia algo, ou que ao menos estava confuso.

- Bem, na verdade...eu não sinto nada. - disse Liam, e senti meu coração falhar uma batida. - Pelo menos nada em relação a atração. Quer dizer, eu e ele somos amigos, ou éramos, depois disso tudo eu não sei. Mas nunca será nada além disso. Respondi sua pergunta?
- Respondeu muito mais do que eu queria saber - eu vi Zayn sorrir vitorioso, como se zombasse da minha cara, e em seguida ele o puxou para um beijo caloroso, e eu senti o quão vulnerável Liam ficou devido aquela atitude. Oh, como eu queria que ali fosse eu.

Senti um nó em minha garganta, e minha visão ficou embaçada, e minhas bochecha se aqueceu com a primeira lágrima que escorreu dos meus olhos. Fazendo o mínimo de barulho possível, eu saí dali a passos curtos, cortando caminho pelo pomar. Meu coração estava tão pesado, eu não conseguia crer o quão idiota eu me tornei por causa de Liam. Por causa do que eu sentia por ele.

Eu não queria voltar para a sala, eu não teriam capacidade de entrar no meio da aula com os olhos cheios de lágrimas gordas, que teimavam em descer até a o meu queixo e depois caírem por terra, tão derrotadas quanto eu estava.

Decidi ir até a sala de escultura, que muito pouco frequentada e isso me permitiu chorar em silêncio, e sozinho, completamente sozinho.

Me sentei ali mesmo no chão, encarando a enorme janela de vidro, que emitia a luz fraca do dia cinzento. Era uma típica triste segunda-feira, e eu só conseguia enxergar Liam por todo o lugar, e todas as nuvens tinha o formato de seu rosto. Mas assim como ele, eles estavam tão...distantes.

Fui interrompido dos meus pensamentos quando ouvi a porta sendo destravada, e um garoto adentrou por ele, mas se assustou quando me avistou ali.
- Opa, d-desculpa, eu não sabia que esta sala estava ocupada! - disse ele, meio constrangido. Ele tinha as bochechas coradas, e mesmo tendo um porte bastante masculino, parecia meio tímido e envergonhado.
- Não, fica, eu saio! - o repreendi, me levantando.
- Não, de jeito nenhum, você estava aqui primeiro, saio eu!
- Hey, espera! - disse, segurando em seu pulso, insistindo que ele ficasse, e ele prendeu a respiração assim que eu o toquei. - Ficamos os dois, se importa? - perguntei.
- C-claro que não! - disse ele, ainda nervoso. Isso me fez rir terno, por um certo instante a dor que eu sentia foi esquecida, nem que seja tenha sido em alguns milésimos de segundos.

     Pov Josh

Depois da recepção constrangedora com o garoto loiro, ele retornou a posição onde estava, sentado ao chão, porém dessa vez ele não estava chorando, e sim observando eu preparar a minha aquarela.

Sim, eu havia flagrado chorando, e por um instante imaginei o porque daquela tristeza. Será alguém, uma garota ou até mesmo um...garoto? Não Josh, não viaja.
- Então... - ele chamou minha atenção, e eu olhei em sua direção. Bem, ao menos ele estava afim de conversar. - Como você se chama?
- Devine. Josh Devine. - me apresentei, perguntando seu nome em seguida. - Horan. Niall Horan. Você por acaso não é novo por aqui, não, é?
- Não, eu estudo aqui desde o primeiro ano, e agora eu curso o terceiro. - respondi.

- Nossa, eu nunca tinha te visto por aqui! - disse ele, ainda me olhando. - Ah, sem problemas, digamos que eu não seja muito perceptível! - disse, fazendo ele rir. - Geralmente, esta sala aqui é minha zona de conforto! Eu sou apaixonado por Artes, e pretendo me tornar um desenhista, ou até mesmo um pintor, e aqui é onde eu treino pra isso!
- Nossa, Josh, pintor? Que legal! - disse ele, fascinado. Ficamos calados em um tempo, e eu senti que era minha vez de quebrar o gelo, já que ele que havia puxado assunto.

- Hey, posso te desenhar? - eu tive que perguntar, e de início ele hesitou, mas eu consegui convencê-lo, e ele aceitou. Com meu caderno e lápis em mãos, contornei seu corpo, ele mirava a janela assim como eu havia pedido, já que foi assim que eu imaginei que ficaria legal.

Depois de quase meia hora, eu concluí o rascunho, ficou bom, mas senti que faltava algo. Algo misterioso, algo místico. Uma ideia pairou pela minha cabeça, achei loucura, mas decidi seguir os instintos, e assim o fez.

- Pronto, acho que ficou legal!
- Deixa eu ver, deixa eu ver! - disse ele, eufórico.
- Mas...e essas asas? - perguntou ele, ao ver que o desenho possuía ele, um janela, com um céu pálido em seu exterior, e um par de asas em suas costas. - Como você...
- Posso estar maluco - o interrompi - e talvez você ache estranho o que vou lhe dizer...mas, não sei, eu...só acho que você, você parece um anjo.