The Moon Is Ours

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Pov Harry

Parei em frente de casa exausto, depois de um longo primeiro dia de trabalho. Sim, Louis praticamente me obrigou pra arrumar um emprego, já que ele não estava dando conta das despesas e eu não fazia nada, e ele praticamente jogou isso na minha cara, o que obviamente ocasionou em uma briga feia, e até hoje estamos sem falar um com o outro. Mas eu tenho uma resistência fraca quando o assunto é aquele bundudo, e digamos que dormir no sofá não é a oitava maravilha do mundo, e pior ainda sem o corpo de Louis contra o meu.

Por fim, acabei arranjando um emprego de entregador de pizza, e até que era legal, já que eu não andava muito devido as poucas encomendas da cidade, e também porque o pizzaiolo era gente boa, e até me empresta a moto após o expediente para eu poder voltar pra casa.

Entrei na casa após limpar os pés, pra não sujar o piso recentemente encerado, e se não fosse pelo barulho da água jorrando da pia, eu diria que não havia ninguém em casa. Segui até a cozinha, e encontrei Louis muito distraído limpando as panelas, e o movimento que ele exercia fazia todo o seu corpo balançar, principalmente seu quadril, o qual eu senti uma vontade enorme de segurar por trás, mas não o fiz, ele parecia chateado demais pra isso, então resolvi deitar no meu novo amigo, o sr. Sofá Duro e Frio.

Eu estava sem fome, havia comido umas sobras de pizza no trabalho, então decidi apenas me deitar e esperar que mais um dia monótono e sem-Louis como esse acabasse. Fechei os olhos e logo me entreguei em um sono profundo e exausto.

- Harry? - ouvi Louis me chamar, e então eu abri os olhos, vendo-o segurar em mãos a alça de uma mala. - Pode, por favor me ajudar com isso?
- Isso o quê? Pra quê essa mala? - perguntei, após um salto atordoado do sofá. Louis tinha o semblante mais triste da face da Terra, porém continha as lágrimas pra si, enquanto eu estava totalmente confuso. - Louis, pelo amor de Deus, pra onde você tá indo?
- Embora, Harry! - ele respondeu, a voz alterada em um grito. - Pra bem longe de você!
- Não, Louis, você não pode fazer isso! E nós? E tudo que tivemos? - disse, desesperadamente.
- Esqueça tudo, Harry. Foi em vão. - respondeu ele, e eu senti o chão cair sobre os meus pés, e minha cabeça girar. E de repente, tudo se dispersou. Foi um sonho. Ou pior, um pesadelo.

Pov Louis

- LOUIS!!! - ouvir meu nome ecoar pela casa, e saltei da cama assim que reconheci quem era. Quando cheguei até o sofá, o tal sofá que ele dormia há dias, o encontrei em lágrimas, completamente suado, e com os olhos fechados.

- Harry! Calma, Harry, calma, eu estou aqui! - disse, dando tapinhas em seu rosto para que ele acordasse do pesadelo que estava tendo, e logo ele abriu os olhos, assombrado, e ao ver que eu estava ali, se jogou sobre mim e me abraçou apertado.

- Louis, por favor, não me deixa, por favor! Eu te amo demais, não faz isso comigo, por favor! - ele implorava tanto quanto me abraçava, e eu tentava entender da onde ele tinha tirado aquilo.
- Te deixar? Quem disse que vou fazer isso?
- Você...as malas...Louis, por favor...
- Malas? Que malas, Harry? - nesse momento, eu já me controlava pra não rir. Ele parecia tão desesperado e ao mesmo, tão...ingênuo.

Harry me olhava profundamente e eu parei de rir quando enxerguei um certo temor em seu olhar. Ele parecia se sentir culpado, e por mais que eu quisesse me render a ele, eu não podia, afinal, ainda estávamos brigados um com o outro, então eu tive que cortar aquele "clima":
- É...cê tá bem já, né? - falei, meio sem jeito, e me levantando do sofá. - Então, vou indo... - e foi aí que eu senti uma mão segurando em meu pulso, e me trazendo para si, chocando meu corpo contra o seu.
- Não, você não vai.
- Harry, o que você tá fazendo? - gritei, enquanto ele me puxava para fora de casa. - Harry, me solta!
- Não, Louis, eu não vou te soltar. - disse, em tom autoritário, e apesar de eu ser mais forte do que ele, eu me sentia fraco, como se estivesse à mercê dele. - Você vem comigo.
- Pra onde? Harry, são duas da manhã, tenho que trabalhar amanhã!
- Foda-se! Você vem comigo! - disse, e me tomou em seus braços, me segurando firme e correndo enquanto eu me debatia.

Apesar do peso, Harry parecia flutuar sobre o chão, e logo estávamos do outro lado da montanha, e ele me largou sobre a areia branca da praia, e eu me levantei assim que fui jogado.

- Você tá maluco? - gritei, e desferi um tapa em seu rosto, e assisti seus olhos se encherem de ódio.
- Sim, eu estou! E eu vou te provar o quão maluco eu estou! - respondeu, avançando sobre mim, e me derrubando, e ouvi um estalo em minhas costas.

Um vento frio soprou, levantando uma névoa branca de areia, que estava banhada pela luz da lua e tinha um cheiro familiar da maré. Foi ali, ali que Harry me salvou. Me salvou de ser engolido pela maré, em um desvaneio suicida que tive. E ele estava lá, para me socorrer, portanto nem preciso dizer o quão especial era aquele lugar.

O instinto feroz que tínhamos parecia cessar tanto quanto nossas batidas desaceleravam, e por um momento pareceu que Harry podia ler minha mente, e eu senti que podia ler a dele de tão próximos que estávamos.
- Meu eterno adolescente suicida. - iniciou Harry, olhando fundo nos meus olhos, e o verde contrastava com o prata lunar. - Eu te trouxe aqui pra você lembrar. Lembrar o quanto você me pertence. E o quanto eu pertenco a você. Eu te amo, Louis. E a gente não pode viver como desconhecidos, se, em momentos como esse nos conhecemos tão bem. - disse, e puxou a blusa de dormir que eu vestia, arrancando-a por completo como sempre fazia, e eu repeti o movimento com ele, arrancando sua blusa do Ramones. Era uma das milhares que ele chamava de "essa blusa é minha favorita", mas sabíamos que aquilo era um gesto que sempre valeria a pena, já que sempre era o começo de uma foda memorável.

- Sim Harry, você tem razão. Nós nos conhecemos tão bem, e é impossível ter ódio de alguém que, um dia, me salvou e que me prometeu a...
- A lua. - completou ele. - Sim, eu te prometi, e aqui está ela. Sua.
- Nossa, a lua é nossa. - completei. - Afinal, tudo o que é seu, é meu, e o que é meu, é seu.
- Sim, sim, agora chega de papo, vem cá e me chupa. - esse é o Harry que eu conheço. Alternância de humor era algo que eu admirava nele, e, pra falar a verdade, eu tava farto de tantas palavras doces, prefiro os gestos sujos, tentadores e além de tudo, prazerosos.

Deitei-me sobre ele, e senti o relaxar quando puxei sua calça junto com a cueca, rasgando tudo como sempre faço. Segurei seu membro quente com minhas mãos frias, provocando um choque de prazer visível no rosto de Harry. Comecei uma torturante masturbação enquanto ouvia Harry implorar para me foder, mas não iria dar o que ele quer. Não agora.

Por fim, deitei meus lábios sobre sua glande, ouvindo um suspiro intenso escapar da sua boca.
- Oh, caralho Louis, como eu senti falta disso. - disse Harry, enquanto me empurrava contra seu pau e eu me controlava para não acelerar.

Harry gritou mais uma vez, ao perceber que fui até a base de seu membro, sentindo os pelos de suas bolas irritarem minha pele. Ele sabia o quão bom eu era naquilo, e já se via fraco por tentar não se derramar em minha boca. Resolvi, por fim, acabar com aquilo, e acelerei o ritmo, seguido por suas mãos, que ordenavam que eu fosse cada vez mais fundo, enquanto ele dizia todas as palavras sujas possíveis.

- Louis, sua puta, prometa que não vai parar. - dizia, mas eu mantinha a boca ocupada demais pra responder. - Oh, eu...Louis, eu vou... - não pôde terminar, pois sentiu o prazer sendo eliminado junto ao seu sêmen, que invadiu minha boca, me fazendo engolir tudo, limpando o canto da boca e logo depois o encarando com um sorriso nada inocente.

- Caralho, como você engolir tudo aquilo e ainda querer mais? Você quer um segundo round não é mesmo, seu safado? - disse, e eu assenti. - Então, vem aqui e senta no meu pau, seu desgraçado! - ordenou, a voz rouca de desejo, e eu fui até ele como uma gata no cio. Sim, eu adorava ser ativo, mais algo em Harry me despertava o meu mais sádico instinto submisso. E ele notou isso no momento em que sentei em seu colo e ficamos frente a frente, e logo eu acariciei seu membro quente com as paredes frias e apertadas do meu ânus, provacando mais um choque térmico, desta vez tão intenso que fez com que jogássemos a cabeça para trás, simultaneamente.

Ficamos ali, em uma perfeita sincronia, completamente nus e apenas sendo cobertos pelas palmas congeladas um do outro, sentindo arrepios constante devido a temperatura. A maré ia e vinha assim como Harry adentrava em mim, e logo iniciamos um movimento sincronizado, porém com gemidos tão desorganizados quanto nossas mentes sujas.

A posição que estávamos fazia com que Harry tocasse minha próstata com mais facilidade, e eu estava a beira de um ápice, quando senti ele gozar, e depois de intensas horas selvagens de sexo, eu me esvaí sobre nossos abdômens.

Harry caiu para trás e eu o acompanhei durante a queda, ambos tentando recuperar o fôlego, que parecia raro depois de tantos movimentos excitantes.

Por fim, quando se viu recuperado, Harry tirou do bolso um de seus cigarros e acendeu com um isqueiro, e logo inspirou a fumaça para si. Ele parecia distraído enquanto liberava a fumaça, que de uma certa maneira o deixava sexy e pensativo. Por fim, tomei em mãos o seu cigarro e inspirei como ele, e em seguida soprei em sua direção, e ele sugou a fumaça para si, antes de selar tudo com um beijo sujo e inebriante.

- Você não fuma. - disse, assim que separamos o beijo por falta de ar.
- Não, mas vi isso uma vez em um vídeo. Achei interessante, e quis experimentar. Até que não é tão ruim.
- Oh Deus, eu sou uma influência terrível. - disse, com um sorriso nos lábios, o qual ele havia adquirido desde que gozei há alguns minutos atrás.
- Nem é. Vai ver eu sou uma má influência pra você. - retruquei.

- Talvez você seja mesmo. Você e essa sua bunda gostosa me fazem sentir o gay mais satisfeito do planeta.
- E isso é ruim?
- De forma alguma. - respondeu, e me tomou pelos lábios, iniciando mais um beijo, desta vez calmo e tendo o marulho como trilha sonora. Separamos nossos lábios quando o ar se fez raro, e eu fitei o seu relógio de pulso, em busca de orientação.
- Veja Harry, são cinco da manhã.
- E? - disse, como se me incentivasse a prosseguir.
- O sol vai nascer logo, logo.
- Ótimo. Ficamos por aqui então.
- Certo, respondi, e me deitei sobre o seu peito, sentindo seu membro friccionar em minhas nádegas. Durante um certo tempo, aquilo já estava se tornando meio angustiante, e quando não pode aguentar mais, sussurrou em meu ouvido:
- Hey Louis, você acha que o Sol pode esperar que tenhamos um terceiro round?


Dear Werewolf || Ziam Mayne FanfictionΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα