Cap. 16

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Minha mãe? Minha mãe está em casa, em Carolina. Minha mãe não é a rainha da Itália. Eu não sou irmã da America, não sou princesa e aquela frase é só uma coincidência. Isso rodava na minha cabeça vinte e quatro horas por dia e eu não conseguia pensar em outra coisa. Hoje seria o primeiro jornal oficial depois da eliminação que tivemos nas recepções. Meu grupo ficou em segundo lugar, nenhuma de nós saímos mas Hanna foi eliminada durante a semana. Subi rapidamente para meu quarto e Clarisse, Roberta e Milla já me esperavam. Fui direto para o banheiro e tomei um banho de banheira bem relaxante, depois fui direto para a penteadeira e enquanto Roberta fazia meu cabelo Clarisse e Milla faziam uma maquiagem, depois de vestir meu vestido roxo e um salto contra a minha vontade desci para o salão onde seria filmado o Jornal.

Depois do Jornal Oficial, que eu realmente não prestei muita atenção, fomos para o salão de jantar. Subi para tentar dormir, o que não deu certo, já que tudo o que a America disse estava rodando em minha cabeça. Eu precisava de respostas o mais rápido possível por isso, abri a porta do meu quarto fazendo o menor barulho possível e sai andando pelo corredor frio na ponta dos pés até a biblioteca. Subi até a biblioteca tentando passar despercebida pelos guardas e cheguei na porta. Trancada, ótimo. Desci as escadas novamente mas desta vez não tinha guardas rondando pelos corredores, o que eu estranhei. Estava nos últimos degraus que davam para o segundo andar quando escuto um grito.

Fui andando até o final do corredor que dava para o primeiro andar e foi aí que eu vi a pior coisa que eu poderia ter visto. Não, ataque rebelde não.

Corri para a direção oposta e vi que eu era a única corredor. Não sabia pra onde ir, não sabia para onde correr, onde me esconder.

Subi até o terceiro andar. Vazio. Não sabia o que fazer e senti lágrimas invadirem meu rosto. Continuei correndo o mais rápido possível para achar uma saída até que vejo três homens mascarados conversando em um dos corredores.

- Temos que achar a infiltrada. - Um deles dizia.

- Mas quem é a infiltrada? - O moreno perguntou.

- Uma das selecionadas. - Respondeu o primeiro. Quer dizer então que uma das selecionadas é uma rebelde?

Tentei correr o mais rápido que pude para que eles não me vissem mas claro que foi uma tentativa falha. Eu deixei um vaso cair e eles olharam para mim. Corri o mais rápido que pude pelos corredores que pareciam um labirinto até que vejo uma porta muito parecida com uma dos meus sonhos, e então eu me lembro. Eu já vim aqui nesse castelo antes. Estava eu e mais duas pessoas, uma garota um pouco mais velha que eu e um garoto da mesma idade que ela. Nós corríamos pelos grandes corredores do palácio e entrávamos em várias passagens secretas. Fui procurando pela porta certa até que a vejo. Giro a maçaneta e ela abre, dou um suspiro aliviada por não estar trancada e entro fechando-a atrás de mim.

Eu me encontrava em um corredor pouco iluminado. Andei procurando alguma outra porta mas não encontrava nada, só a parede fria do corredor. Fui me apoiando na parece até que vi uma luz no fim do corredor escuro e gelado, andei até lá rapidamente e vi uma grande porta prata que estava trancada, me lembrei na hora daquela porta, o abrigo real.

- Abram a porta por favor, sou eu May Hale. - Gritei enquanto batia na porta.

- Nos descobriram. - Escutei alguém dizer é revirei os olhos.

- Por favor, sou eu May. - Disse batendo na porta novamente.

- E se for só uma enganação? - Escutei a voz de uma das selecionadas.

- Mas e se não for. - A voz de Marlee saiu abafada pelo fato da porta estar trancada e ser forte demais.

- Não vamos abrir a porta. - Escutei a voz do rei.

- Pai, por favor abra a porta. - Maxon disse.

- Não. - Clarkson continuou irredutível.

- Clarkson abre essa porcaria de porta agora! - America gritou com o rei com a voz embriagada, ela estava chorando?

A porta foi aberta e eu entrei no abrigo real.

- May você está bem? - Kriss me perguntou.

- Sim, estou. - Disse com a pouca força que ainda me restava.

- Estou tão feliz que estava bem. - Disse me abraçando.

Olhei para o abrigo e vi as outras selecionadas chorando em um canto também assustadas, em outro canto vejo o rei Clarkson a rainha Amberly calmos, já consumados com a situação. No outro canto América estava chorando desesperadamente enquanto Maxon tentava acalma-la. Ela olhou pra mim e eu vi seus olhos brilhando e me deu um pequeno sorriso ao qual retribui. respirei fundo, sentei-me em um canto e esperei o ataque acabar.

Havia se passado mais ou menos uma hora desde que o ataque começou, mas parecia uma eternidade e eu já estava angustiada naquele abrigo. Não sabia como estavam os criados do palácio que perambulavam por aí fazendo sei lá o que, minhas criadas e os guardas. Será que aqueles homens que me perseguiam foram pegos? E quem será a intrusa rebelde entre as selecionadas?

A porta foi aberta possibilitando-nos de sair do abrigo. Enquanto estávamos subindo as escadas, vi as coisas quebradas e frases pichadas na parede como "Nós voltaremos" ou "Isso é só o começo" o que me assustou um pouco. Quando entrei no meu quarto ele estava totalmente revirado, com fotos rasgadas, o colchão no chão, cosméticos quebrados no banheiro e cortinas rasgadas. Logo me tiraram de lá para arrumarem o meu quarto e quando voltei já estava melhor.

Maxon passou no quarto de todas as selecionadas e quando chegou no meu bateu na porta e entrou.

- Como está se sentindo? - Perguntou.

- Bem. - Respondi.

- Tem certeza?

- Sim.

- O.K. May, posso te fazer uma pergunta?

- Claro.

- Quem te levou até o abrigo?

- Ninguém. Eu achei uma passagem que me levou até lá. - Disse simplesmente.

- E como teve certeza de que lá era o abrigo? - Ele perguntou. Como eu iria dizer a ele que eu já tinha vindo aqui?

- Eu... Eu me lembrei. Quer dizer... Enquanto fugia dos rebeldes vi uma porta parecida com uma do meu sonho,e nele a porta dava para o abrigo real. Eu só segui os corredores procurando a porta até que achei-a, andei até chegar na porta de ferro que dava para o abrigo e disse que era eu.
Eu acho que eu já vim aqui, eu pensava que era um sonho mas a America era a menina do meu sonho, ela me disse uma coisa que só me faz acreditar que ele é cada vez mais real e agora eu me lembrei disso então eu não sei.

- Tudo bem, por incrível que pareça eu acredito em você. - Ele disse com um sorriso fofo no rosto, me deu um beijo na testa e saiu me deixando lá, sozinha com todas as perguntas na minha cabeça.

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Ooi Espetaculares! Espero que tenham gostado do capítulo e deixem sugestões do que vocês querem que aconteçam. Se gostaram não se esqueçam de avaliar.

Bjs❤️

Princess SelectionWhere stories live. Discover now