Cap. 37

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P.O.V America

Acordo e me lembro que dia é hoje. Sorrio comigo mesma lembrando que era hoje. Hoje é o dia do meu casamento. Bom, seria o dia pois logo me lembro que o casamento foi adiado e me lembro do motivo. Corro para o banheiro é estranho não ver Mary, Anne ou Lucy no quarto. Dou de ombros e preparo meu próprio banho. Quando termino o banho volto para o quarto soltando os meus cabelos e me olho no espelho da penteadeira. O rosto, que antes estava cansado, com olheiras, cabelo desgrenhado, agora estava mais acordado e as olheiras haviam sumido. Vou para o guarda-roupa e me lembro que não tinha vestido para usar. Dou um longo suspiro e a porta do meu quarto é aberta. Anne, Mary e Lucy entram apressadas e param para respirar um pouco.

- O que aconteceu? - Pergunto rindo do desespero delas.

- Estamos atrasadas. Mas vejo que já tomou o banho. - Mary fala e eu assinto. Lucy vem com o meu vestido e me entrega. Vou novamente para o banheiro e me troco. Saio do banheiro já pronta e me sento no banco da penteadeira. Lucy escova meu cabelo enquanto Anne faz uma maquiagem. Mary aparece atrás de mim no espelho me mostrando um par de sapatos. Sorrio com a escolho e concordo com a cabeça afirmando que seria esse. Quando acabo, me viro de costas para o espelho e calço o sapato.

(...)

Passo o dia no salão das mulheres com a rainha Amberly. Prestava atenção em tudo o que ela fazia, como fazia, o que fazia, tudo. Um dia aquela obrigação e aquele cargo será meu. Um nervosismo corre pelas minhas veias. E se eu não satisfazer o país? E se eu errar em algo? Falam que nós, da realeza, temos que ser sempre perfeitas e dar o exemplo para o país. E se eu não conseguir dar esse exemplo?

- Tudo bem America? - Amberly me pergunta.

- Sim, claro. - A respondo com um sorriso. Ela me dá um sorriso meigo e volta ao seu trabalho. Fico a olhando durante um tempo. Ela sempre foi tão calma, serena, tranquila. Admirava isso nela. Não aparentava estar preocupada com as condições do país estando ele em crise ou não. Só de olhar para a feição dela e você já se acalmava. Nunca fui assim. Sempre, nas aulas de princesa, eu ficava estressada com alguma coisa.

- Você tem visitado sua irmã America? - A Rainha Amberly me pergunta sem desviar sua atenção dos papéis.

- Todo dia. - Respondo. - Falando nisso, está na minha hora.

- Tudo bem querida, adeus. - Ela diz me olhando com um sorriso meigo. Sorrio e saio do salão. Deixo escapar um pequeno suspiro quando fecho a porta e vou até a ala hospitalar. Passo pela corredor e dou um pequeno sorrio a todos que passavam por mim enquanto eles se reverenciavam. Dobro o corredor e, depois de alguns passos, chego no meu destino. Quando chego perto da porta noto que ela não estava completamente fechada. Ela estava entre aberta e, pelo silêncio que fazia no corredor, se ouvia a voz de alguém. Chego mais perto afim de escutar a conversa mas acabo falhando miseravelmente. Fecho os olhos torcendo mentalmente para não fazer barulho enquanto abro um pouco mais a porta para ter uma visão melhor do que acontecia lá dentro. Vejo May deitada na cama do hospital inconsciente e Dimitri na ponta da cama de costas para mim. Encosto-me no batente da porta.

- Desculpa, eu sei que fui um idiota e vou entender se você não quiser olhar nunca mais olhar na minha cara. Eu não devia ter discutido com você, beijado a Celeste e... Enfim, ter feito as merdas que eu fiz. A culpa é minha por você estar aí agora e o pior é que eu não fiz nada pra impedir. Eu poderia ter ido atrás de você quando entrou naquele carro e evitado o acidente, mas não. Eu não fui capaz de fazer isso. - Ele solta um suspiro. - Quando eu descobri você precisava de um coração eu para o transplante eu me senti péssimo e mais culpado ainda mas mesmo assim não tive coragem de fazer nada. Até Thomas se manifestou para morrer no seu lugar e eu, o culpado por você precisar, não. Eu me senti um lixo quando Thomas entrou para fazer a cirurgia e percebi que quem deveria estar no lugar dele era eu. Eu não mereço nada de você, nem mesmo a sua amizade ou o seu perdão porque eu sei que fui um grande babaca com você. Tudo bem se depois que você acordar, e eu espero que isso aconteça logo, você não queira mais olhar na minha cara. Eu não te culpo. Eu, no seu lugar, faria o mesmo, talvez. É que eu sou uma pessoa difícil de lidar, compreender, amar... Às vezes, ou muitas, dizemos coisas sem pensar, que dói nas pessoas. Mas, quero que entenda que eu, como você é qualquer um, sou humano, também erro e, infelizmente, a vida não veio com um mania, de instruções. - Dou um pequeno sorriso. Acho que May já tem companhia hoje. Fecho a porta com cuidado e deixo eles lá. Pelo visto alguém se desculpou. Penso saindo da ala hospitalar. Pena que a May não escutou isso.

(...)

Cinco dias. Fazia cinco dias que a May continuava na mesma. Não acordava, se mexia, nada. A situação é cada vez mais preocupante. Não sei o que fazer e tenho medo do que possa acontecer.

Ando até o quarto de Maxon e bato na porta. Não recebo nada como resposta e, com cuidado, abro uma fresta da porta. Vazio. Bufo em frustração e entro no quarto. Escuto o chuveiro logado e sorrio me sentando na cama. Quando o chuveiro é desligado eu me viro em direção à porta do banheiro para ver um Maxon saindo do mesmo com o cabelo molhado e marrando a toalha na cintura. Ele cambaleia para trás assim que me vê mas logo volta ao normal.

- Você me assustou. - Ele diz votando a andar. Sorrio e vou em sua direção. O abraço e ele me olha. O encaro confusa não entendo o que ele quis dizer com aquele olhar.

- Sério? - Ele olha para baixo e eu faço o mesmo. Me lembro que ele está só de toalha e mordo o lábios inferior soltando uma risada pelo nariz. O largo e espero ele se trocar. Depois de pronto ele vem em minha direção e me beija.

- O que deseja? - Ele pergunta todo formal e eu balanço a cabeça negativamente e rolo os meus olhos com toda a formalidade.

- Nada. - Digo colocando minhas mãos atrás do seu pescoço.

- Como assim nada?

- Shhhhhhh. - Peço para ele se calar. - Meu dia foi cansativo.

- Nem me diga, o meu também. - Ele desabafa. Dou um sorriso malicioso que ele logo corresponde. Sem mais delongas começamos um longo beijo. Minhas mãos passeiam pelas suas costas e seu cabelo molhado enquanto minha língua batalhava com a dele. Suas mãos saem de minha cintura e vão em direção a minhas coxas me estimulando a subir no seu colo. Assim o faço e ele nos conduz até a beirada da cama.

Ele me deita na mesma ficando por cima e eu o puxo mais para mim.
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Olha quem apareceu? EU!!!!!!
Peço mil desculpas gente, podem fazer o que quiserem comigo, me esganar, matar... Enfim, espero que tenham gostado do capítulo e vou tentar não demorar para postar.

All the love,
Tais💞💞💞

Princess SelectionWhere stories live. Discover now