3° Capítulo

3.6K 373 149
                                    

Encaro o Cris que está sentado ao meu lado, e volto meu olhar para o diretor que não para de me olhar.

- Ana Paula Bastille. - Disse enquanto coçava o queixo. - Eu concordei com seu pai sobre fingir que você não é uma Bastille. Não entendo seus motivos, mas concordei.

- Ele quer que ela seja educada. - Cris disse mexendo nas canetinhas da mesa.

- Mas o que estou vendo não tem nada de educação. Você bateu na minha filha.

- Eu bati e bato de novo. - Levanto apoiando as mãos na mesa - Ela falou da minha mãe e isso eu não aceito.

- Paiiizinho - A porta foi aberta pela loira oxigenada.

- Filho de peixe, peixinho é. - Disse e recebi um olhar feio do diretor. - Já acabou isso aqui?

- Eu vou chamar seu pai Ana Paula. - Disse com um sorrisinho. Bati a mão na mesa dele e apontei meu dedo na sua cara.

- Olha aqui. Experimenta chamar ele pra você ver.

- Você está me ameaçando?- Pergunta receoso.

- Ela está apenas avisando querido diretor. - Cris disse e nos olhamos.

Piscamos e saímos da sala, respirei aliviada, espero que ele não ligue para o meu pai.

- Cris?

- Fala. - Disse pegando seu iPhone.

- O Leo não pratica esportes?

- Sei lá. - Da de ombros e sai andando. Ando rapidamente e seguro o braço dele. - O que é Ana? Eu não sei. Ele nunca participa dos esportes, ele disse que não gosta de suar.

- Mas..ele...- Fico pensando e Cris sai andando não me dando muito atenção.

Então o Léo menti para o Afonso, interessante! Sai andando para o meu quarto, algumas pessoas me olham cochichando apontando pra mim. E só tenho em mente que meu plano de não chamar atenção não está dando certo. Quando entrei no corredor dos quartos vi o júnior abraçado com uma garota, eles pararam na minha frente.

- Sai da minha frente que quero passar. - Ele disse com aquele sorriso.

- E se eu não quiser sair da frente? - Pergunto encarando ele. O mesmo franzi o cenho estranhando minha atitude.

- Sai garota!

- Não saio. - Empurro seu peito o fazendo recuar. Ele sorri e me empurra, faço o mesmo com ele.

Quando vejo ele me coloca no seu ombro e sai me levando. Começo a bater em suas costas tentando fazer ele me soltar.

- Você vai aprender a não mexer comigo. - Disse sorrindo. Observo todos olhando e começo a me desesperar, eu tenho que ficar no meu canto e não assim chamando atenção.

- Me solta seu idiota. - Grito me debatendo e ele continua rindo. Vejo a Rita me olhando com os olhos arregalados. - Rita! - Chamo ela e ela vem correndo em minha direção.

Apertei a bunda do júnior e ele parou de andar dando um tapa na minha bunda. Comecei a gritar mais alto de ódio, ah que raiva! Ele sobi as escadas daquela área dos populares e vejo a Rita parando antes dos degraus, e a maioria dos que estavam nos seguindo pararam também, ali era área proibida.

- Me solta seu idiota, babaca, jumento.

- Cala a boca garota.

- Vem fazer eu calar babaca. - Digo e ele me coloca no chão. Vejo uma área grande, cheia de mesas, havia um campo ao longe e um terreno verde onde havia pessoas sentadas, que já olhavam. Óbvio!

S.O.S Colégio InternoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora