Encaro o Cris que está sentado ao meu lado, e volto meu olhar para o diretor que não para de me olhar.
- Ana Paula Bastille. - Disse enquanto coçava o queixo. - Eu concordei com seu pai sobre fingir que você não é uma Bastille. Não entendo seus motivos, mas concordei.
- Ele quer que ela seja educada. - Cris disse mexendo nas canetinhas da mesa.
- Mas o que estou vendo não tem nada de educação. Você bateu na minha filha.
- Eu bati e bato de novo. - Levanto apoiando as mãos na mesa - Ela falou da minha mãe e isso eu não aceito.
- Paiiizinho - A porta foi aberta pela loira oxigenada.
- Filho de peixe, peixinho é. - Disse e recebi um olhar feio do diretor. - Já acabou isso aqui?
- Eu vou chamar seu pai Ana Paula. - Disse com um sorrisinho. Bati a mão na mesa dele e apontei meu dedo na sua cara.
- Olha aqui. Experimenta chamar ele pra você ver.
- Você está me ameaçando?- Pergunta receoso.
- Ela está apenas avisando querido diretor. - Cris disse e nos olhamos.
Piscamos e saímos da sala, respirei aliviada, espero que ele não ligue para o meu pai.
- Cris?
- Fala. - Disse pegando seu iPhone.
- O Leo não pratica esportes?
- Sei lá. - Da de ombros e sai andando. Ando rapidamente e seguro o braço dele. - O que é Ana? Eu não sei. Ele nunca participa dos esportes, ele disse que não gosta de suar.
- Mas..ele...- Fico pensando e Cris sai andando não me dando muito atenção.
Então o Léo menti para o Afonso, interessante! Sai andando para o meu quarto, algumas pessoas me olham cochichando apontando pra mim. E só tenho em mente que meu plano de não chamar atenção não está dando certo. Quando entrei no corredor dos quartos vi o júnior abraçado com uma garota, eles pararam na minha frente.
- Sai da minha frente que quero passar. - Ele disse com aquele sorriso.
- E se eu não quiser sair da frente? - Pergunto encarando ele. O mesmo franzi o cenho estranhando minha atitude.
- Sai garota!
- Não saio. - Empurro seu peito o fazendo recuar. Ele sorri e me empurra, faço o mesmo com ele.
Quando vejo ele me coloca no seu ombro e sai me levando. Começo a bater em suas costas tentando fazer ele me soltar.
- Você vai aprender a não mexer comigo. - Disse sorrindo. Observo todos olhando e começo a me desesperar, eu tenho que ficar no meu canto e não assim chamando atenção.
- Me solta seu idiota. - Grito me debatendo e ele continua rindo. Vejo a Rita me olhando com os olhos arregalados. - Rita! - Chamo ela e ela vem correndo em minha direção.
Apertei a bunda do júnior e ele parou de andar dando um tapa na minha bunda. Comecei a gritar mais alto de ódio, ah que raiva! Ele sobi as escadas daquela área dos populares e vejo a Rita parando antes dos degraus, e a maioria dos que estavam nos seguindo pararam também, ali era área proibida.
- Me solta seu idiota, babaca, jumento.
- Cala a boca garota.
- Vem fazer eu calar babaca. - Digo e ele me coloca no chão. Vejo uma área grande, cheia de mesas, havia um campo ao longe e um terreno verde onde havia pessoas sentadas, que já olhavam. Óbvio!
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S.O.S Colégio Interno
Teen FictionAna Paula Bastille foi obrigada pelo pai a estudar em um colégio interno. Ele quer que ela seja doce, gentil e educada. Mas essas características estão longe de fazer parte dela. Uma garota marrenta, barraqueira, sincera e verdadeira que tenta se pa...