— Está sentindo? — Junior indagou, com um sorriso divertido nos lábios.
— Não!
— Cheirinho de férias, amor. — Ele levantou da cama e começou a fazer uma dancinha gay, fiquei o olhando.
Ele me puxou colocando-me em seu ombro, e começou a me girar.
— Ahhhhh... — Sorri e abri meus braços sentindo o vento em meu rosto, ele me colocou no chão e nos beijamos!
Alguns meses se passaram, e minha vida? Ah, ela esta ótima! Mesmo com toda a tragédia que estava acontecendo comigo, eu tentei manter a cabeça erguida e ter calma, uma coisa que eu aprendi é que por mais que as coisas estejam ruins, é so uma fase, nada dura pra sempre, tudo uma hora passa. E tudo mudou, como a Joana foi vítima de um estupro, o juiz condenou ela apenas a pagar uma fiança caríssima, ja que o assassinato foi em legítima defesa. Ela por diversas vezes tentou falar comigo, eu apenas ignorava, e assim ela acabou desistindo. Minha relação com o Afonso continua a mesma bosta, não que eu esperasse outra coisa. Mas um lado bom disso tudo, é que eu ganhei o Rafael, eu ganhei um irmão incrível. E depois que ele deu uma surra no Cristiano, que fez ele passar uma semana trancado em casa, eu o amei mais ainda.
— Preciso ir. — Avisei e o júnior se jogou na cama. — Sério, aniversário do Rafael ja é mais tarde.
— Falando nisso. — Ele olhou-me pensativo. — Que dia é seu aniversário ?
— Ja passou. — Ele me olhou com um ar de ofendido. — O que? Não éramos íntimos.
— Júnior... — O pai do júnior entrou no quarto e assumiu uma postura séria assim que me viu. — O que essa garota está fazendo aqui?
— Ana Paula. — Falei. — Eu tenho nome.
— Júnior... — Rosnou.
— Ela é minha namorada, pai. — Ele levantou da cama, e ficou ao meu lado.
— Bela companhia que foi arrumar.
— Eu vou te matar.
— Esta me ameaçando, garota? — Sorriu.
— Não. — Executei um passo para frente ainda o olhando. — Estou apenas dando um aviso. Se quiser escutar bem, se não, quero que vá pra puta que pariu. — Me olhou de boca aberta, e me virei para o júnior. — Te encontro na festa. — Passei pelo velho idiota batendo em seu corpo de propósito, sair do quarto.
Cheguei em casa e vejo a Joana no sofá com algo na mão, parecia um livro. Ela ouviu meus passos e levantou o olhar pra mim, e a ignorei indo em direção as escadas.
— Quero te mostrar umas fotos. — Disse, eu me virei e a encarei.
Respirei fundo e joguei fora a vontade de ignorar ela, por mais que eu sinta raiva dela por ter mentido pra mim, eu lembro que ela foi estuprada, e invés de me abortar, ela continuou comigo e sempre esteve ao meu lado, mesmo não sendo como uma mãe, mas ela tentava.
— O que é? Estou ocupada. — Sentei no sofá ao seu lado, vejo que em suas pernas era um álbum de fotos.
— Aqui é você, bebê. — Vejo pela primeira vez eu quando era apenas uma criança, comecei a olhar com atenção. — E aqui é você no seu aniversário de 1 ano.
Vejo uma foto minhas com as mãos enfiadas no bolo, abri um sorriso vendo meu sorriso sapeca.
— Você sempre foi uma menina levada. — Ela passou a página. — E aqui é você chorando porque o Léo roubou sua boneca.
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S.O.S Colégio Interno
Teen FictionAna Paula Bastille foi obrigada pelo pai a estudar em um colégio interno. Ele quer que ela seja doce, gentil e educada. Mas essas características estão longe de fazer parte dela. Uma garota marrenta, barraqueira, sincera e verdadeira que tenta se pa...