37° Capitulo

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Sabe aquela história do sorvete, que o júnior ficou com raiva?  Isso aconteceu comigo, meu namorado realmente ficou com raiva e eu fui embora sem conhecer o bairro dele, resumindo eu não sou normal e acabei me perdendo kkkk.

O que menos queria era esta aqui nesse momento, eu poderia ir para qualquer lugar do mundo, menos esta aqui. Mas para o júnior eu sou a grande Ana Paula, e nesse momento eu não estou bem. Ele acenou para mim, como se falasse que esta tudo bem. Mas não esta, nada vai ficar bem e so sinto que tudo vai piorar a partir de agora, então apenas tento ligar meu botão do foda-se.

— Fiquei feliz que aceitou conversar comigo. — Joana falou, quebrando aquele silêncio atormentador.

Eu envitava olhar para ela, não queria olhá-la e começar a perceber semelhanças. Encarava minha mãos unidas sobre a mesa, desvei meu olhar para ver a sala pequena de conversa entre presidiários e visitantes, o policial olhava atento como se a Joana fosse me atacar a qualquer momento, mas é mais fácil eu surtar aqui.

— Então você é uma assassina?! — Apoiei-me em meus cotovelos e encarei a joana com aquele meu típico olhar irônico.

Suas olheiras estavam profundas, seus olhos verdes pareciam cansados. Ah meu Deus! Sera se eu puxei os olhos a ela? Não, eu não irei procurar semelhanças em nós duas, ela não é minha mãe.

— Seu pai ja deve ter lhe contado. — Ela coçou a garganta, parecia nervosa. — Eu não o matei por querer, eu fui procurar ajuda daquele desgraçado e ele so tentou me matar.

— Podia ter matado.

— Eu estava grávida de você, eu mataria quem estivesse em meu caminho so para te proteger. — Falava ja alterada, sua voz estava falha. — Eu.. Eu...Ana eu trair seu pai..

Ela abaixou a cabeça ate a mesa e so fui capaz de ouvir seu soluços através do seu choro. Encostei-me na cadeira e engole a seco tentando processar aquela informação.

— Continua... — Minha voz saiu mais baixo do que eu esperava, então tento novamente, dessa vez mais firme. — Continua!!

— Ana.. — Ela levantou a cabeça e me olhou com os olhos cheios de lágrimas, passou as mãos nos olhos. — Eu havia acabado de ter seus irmãos, e vivia brigando com seu pai, eu nunca fui uma pessoa fácil de lidar... — Ela sorri. —  Dois meses depois eu fui a uma festa e meu amigo, meu melhor amigo que era policial foi me buscar. Eu estava bêbada e ele disse que iria me levar para casa, mas não... — Ela levou as mãos ao rosto e voltou a chorar, suas mãos estavam trêmulas e demostravam seu desespero. Ela me olhou. — Ele me levou para o seu apartamento, o lugar que morava com sua família e ele me estrupou...

Eu ja não respirava, meu mundo havia parado nesse momento. Minha garganta secou e parecia que eu estava sendo sufocada, levantei de uma vez com a mão na garganta. Minha mente estava confusa e nenhum pensamento meu era direcionado a um certo fato, minha mente estava uma loucura. Chutei a parede com força varias vezes seguidas, como se não fosse o suficiente eu batia na parede tentando concentrar essa dor absurda que estou sentindo no peito em outra coisa, mas não passava, por mais que ja sentisse meus dedos doendo, a dor em meu coração era pior.

— Ana, me escuta.

— Solte-me. — Comecei a me debater nos braços do policial, ate que conseguir atingir uma cotovelada em sua costela, e assim eu cair de joelhos no chão.

— Ana, você é filha do Afonso. Mesmo com tudo isso você é filha dele...

— Não! — Gritei, olhei para cima a encarando. — Quem é meu pai?  O homem que nunca se importou comigo ou um policial estrupador?

S.O.S Colégio InternoNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ