Não sei quanto tempo passei aqui, mas acredito que acabei dormindo. Levantei e abri a porta da cabine do banheiro indo em direção a pia. Me olhei no espelho e meus olhos estavam vermelhos e inchados, era so o que me faltava. Abri a torneira e joguei água em meu rosto, respirei fundo seguidas vezes e coloquei minha máscara novamente.
Sair do banheiro, e peguei meu celular no bolso constatando que ja esta de noite. Vejo Afonso sentado na cadeira da recepção da delegacia, ele conversava com o advogado.
- Irei pedir um habeas corpus para o juiz, mas é provável que ele negue, ja que a senhora Bastille foi pega em flagrante.
- Tente, por favor. - Afonso fungou, e o advogado saiu indo cumprir seu trabalho.
Sentei-me ao seu lado e o vejo apoiar os cotovelos nos joelhos e levar as mãos ao rosto, em seguida seu olhar se direciona para mim.
- Pensei que tivesse ido embora.
Revirei os olhos.
- Não, estava pensando.
- Você é inteligente, acredito que ja deve ter entendido. - Ele suspira, e reclinou-se ficando ereto.
- Eu não gostei do rumo dos meus pensamentos.
- Me diga eles.
- Com licença. - Um polícial aproximou-se. - A que estar a lista do que essa jovem destruiu no departamento de policia.
- Tudo bem. - Afonso pegou o papel e analisou, o policial saiu nos deixando a sós novamente.
- A Joana é minha mãe? - Perguntei, com dificuldade de pronunciar essas palavras.
- Sim.. - Ele concorda, e meu coração se cumprimi. - Nós eramos casados, Joana havia tido os gêmeos e dois meses depois ela apareceu grávida.... Com 7 meses de gravidez ela teve uma discussão com um policial... Joana o empurrou e ele acabou caindo escada abaixo.
- Eu... Eu... - Sinto minha boca ficar seca, e minha garganta se fechar. Minhas mãos estão tremulas e eu aguarro o tecido da minha blusa o apertando.
Sinto que posso chorar a qualquer momento, mas aqui não é o lugar certo, não agora, não na frente dele. Posso sentir meu coração batendo acelerado no peito, cada nervo do meu corpo está em alerta. Um comando foi mandado para o meu cérebro, ela mentiu esses anos todos. Enquanto eu sofria por não ter minha mãe, ela estava ali o tempo todo.
- Ana, você não vai para a piscina? - Olhei para cima com dificuldade por causa do sol, e vi a Joana. Voltei minha atenção para a piscina a minha frente e continuei batendo meus pés na água.
- Não estou com vontade.
-Você estar com medo? - Observo algumas mães ensinando seus filhos a nadar, eu queria ter uma mamãe para me ensinar também.
- Não, eu não sei nadar. - Digo, triste.
- Então vamos, irei ensiná-la. - Ela segurou em minha mão, e afastei-me .
- So quem pode me ensinar é minha mamãe.
- Ana... - Ela suspirou, cansada daquela discussão novamente. - Sua mãe não esta aqui, eu quero ser sua nova mamãe.
- Você quer.. - Levantei da borda da piscina ficando em sua frente. -Mas não é... - A empurrei e ela se desiquilibrou caindo de costas na água da piscina.
- Eu a odeio. - proferir. - Ela é uma mentirosa, todos esses anos fingindo ser uma pessoa que não é. Ela mentiu para todos, eu sofrir. - Olhei para o Afonso. - Você nunca se importou comigo, e eu não podia ser a preferida da mamãe porque eu nunca tive uma. O dia das mães era o pior da minha vida, eu chorava, me sentia sozinha. Eu me culpava por uma morte que nem mesmo ocorreu...
CZYTASZ
S.O.S Colégio Interno
Dla nastolatkówAna Paula Bastille foi obrigada pelo pai a estudar em um colégio interno. Ele quer que ela seja doce, gentil e educada. Mas essas características estão longe de fazer parte dela. Uma garota marrenta, barraqueira, sincera e verdadeira que tenta se pa...