Nos enfiamos todos de baixo da escada dos populares. Conseguimos escapar da espetora, e o Cris ficou conversando com ela enquanto a gente fugia por outro corredor.
— Aí vai sujar minha roupa. — Léo resmungou.
— Eu lavo pra você Léo. — Letícia respondeu.
— Seu loiro burro cuidado. — Digo afastando o Junior que estava encima de mim.
— Voltei! — Cris disse quando se aproximou, saímos todos resmungando. — Falei pra ela que meu pai estava afim dela.
— Fala sério, disse isso mesmo?
— Claro Matheus. — Cris bufou. — Todos querem meu pai.
— Tá se achando porque é riquinho é? — Matheus provoca arrogante.
— Qual é cara? Sou rico mesmo. E daí? — Meu irmão vai pra cima do Matheus.
— Parou.— Juju soltou minha mão e saiu empurrando o Cris.
— E você não me toca, você não é mais meu amigo.
— E você? Que mentiu dizendo que estava pegando a Ana. — Juju rebateu.
— Parem! Vamos sair logo daqui. — Disse me enfiando no meio dos dois. — Não me atrapalhem.
— Como assim? Você e Ana estão ficando? — Rita perguntou com a voz falha.
— Ah vão se fuder.— Disse e peguei a sacola da mão do júnior e sair andando.
— Ei amor! — Júnior puxou meu braço, e eu ainda ouvia a discussão lá atrás.— Me passa as coordenadas.
— Refeitório.... Sala do seu barriga....— Me aproximei dele e susurrei em seu ouvido: — Quarto do Matheus....
Ele me dá um beijo e volta para os outros e eu saio correndo em direção aos quartos femininos. Vejo a espetora dormindo na cadeira e reviro os olhos, passei tranquilamente por ela e adentrei em um quarto que sei de quem é, da Alice.
Liguei a luz do quarto e aquela cor rosa doeu até meus olhos. Havia duas camas, uma estava sem ninguém e a outra, bem ....lá estava a Alice do país da desgraça. Peguei a lata de tinta e me aproximei dela, ela se mexia bruscamente e sussurrava algo.
— Junior.....eu te amo...— Revirei os olhos e tirei a tampa da lata. — Não foi minha culpa, foi sua. Você devia ter ficado comigo...sai Kelly....sai garota....me solta.
An? Ela se mexia bruscamente e eu bufei, se antes estava com raiva agora estou furiosa. Apenas puxei o lençol com força e ela abriu os olhos, joguei a tinta nela e ela levou as mãos ao rosto.
— Porque você fez isso? — Ela perguntou dando um pulo pra fora da cama, passava as mãos no rosto.— Eu não tenho nada contra você.
— Nao, imagine se tivesse. Vivi me provocando, tentou me matar e beijou meu namorado. Quer mais?
— Você é louca!— Ela gritou.
— Fala baixo comigo. — Gritei e batir no rosto dela. — Sua idiota, eu vou te irritar até o fim da sua vida.
— Aí meu Deus. — Ela arregalou os olhos e caiu de costas na cama inconsciente.
Fiquei confusa olhando ela. Limpei minhas mãos de tinta na calça e me virei e na hora levei um susto com o que vir.
— Demônio é você?
— Nossa Ana Paula. —Rita mumurou, ela se aproximou da Alice.— Ela está bem?
Fiquei encarando a Rita, além de está toda de preto, ainda está com uma maquiagem horrível, senhor! Que ridícula.
— O que aconteceu com você?
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S.O.S Colégio Interno
Teen FictionAna Paula Bastille foi obrigada pelo pai a estudar em um colégio interno. Ele quer que ela seja doce, gentil e educada. Mas essas características estão longe de fazer parte dela. Uma garota marrenta, barraqueira, sincera e verdadeira que tenta se pa...