Sentia meus olhos pesados e tentei engolir a seco, mas sentir uma dor na garganta. Respirei fundo e me sentia com frio, eu sabia que estava em um ambiente refrigerado. Forcei para abrir meus olhos, e conseguir com muita dificuldade abri-lo. Era tudo branco, e não era meu quarto. Estava deitada em um leito? Estou em um hospital?
— Aninha? — Olhei para o lado e vir o Junior com os olhos inchados e vermelhos. Ele estava sentado em uma cadeira estofada branca, e se levantou vindo até mim.
— O que aconteceu? Onde estou? — Me inclinei para levantar, mas ele tocou meu ombro me fazendo deitar novamente.
Respirei fundo e a memória do que aconteceu comigo me invadi, alguém havia me empurrado e eu cair da arquibancada.
— Como você está?
— Estou bem. — Disse curta e grossa. Estou me sentido tão irritada, quem fez isso vai pagar e caro.
Júnior levou a mão ao meu rosto e o acariciou delicadamente, ele se abaixou e beijou minha testa demoradamente. Se afastou e seus olhos castanhos ficaram me encarando bem próximos.
— Fiquei tão preocupado, você não tem noção. Quando ouvir um grito e me virei, sair correndo e você estava sangrando no chão.
— Quem me empurrou?
— Não sei.— Ele balançou a cabeça negativamente. — Eu só focava em você, nada mais.
— Ana. — Ouço a voz do Cris, Junior se afastou e vir meus irmãos adentrando no quarto. Havia chegado a conclusão que ali era um hospital. — Como você está?
— Quem foi a praga que fez isso contigo minha diva?
— Tô bem Cris e não sei Léo.— Disse e revirei os olhos.— Mas vou descobrir.
Cris pegou em minha mão e sorriu, percebi preocupação e carinho em seu olhar. Eu franzi a testa mas sorrir.
— Tá bom. — Junior afastou ele de perto de mim.
— O que foi cara?
— Sai de perto dela.
— Não! Quem você pensa que é?
— Eita.— Léo afastou os dois que já iam se matar. — Vocês não sabem como isso é patético.
— Amor manda ele sair.
— Não. — Disse convicta. — Junior não tem nada haver, deixa o Cris aqui. Afinal ele é...
— Ele é o que? — Perguntou seriamente. — Fica com ele então, você quer ele? ótimo, ta livre agora. — Virou as costas e saiu do quarto batendo a porta.
Sentir meu peito se expremer, a sensação era parecida com a que eu sentia quando sofria pela minha mãe, é uma dor horrível.
— Acho melhor contar que você é uma Bastille.
— Não sei Leo. — Disse. — Por mim já teria mandado todos se fuderem, mas você não tem noção do quanto essa viagem é importante pra mim.
— É melhor você não contar. — Cris disse com aquela cara de tédio. — E acho melhor acabar com qualquer coisa que esteja tendo com o Junior, sou o melhor amigo dele Ana, conheço ele bem. E primeiramente não era pra você tá com ninguém.
— Cris sai daqui antes que eu levante, e acredite, não vai ser nada bonito o que vou fazer. — Falei irritada e ele bufou, mas saiu do quarto.
— Garoto ciumento, qual o problema de você querer dar?
— Eu não quero dar Leo. — Passei a mão na cabeça. — Cadê o Afonso e a Joana?
— Estavam viajando, mas quando souberam do ocorrido... acho que já estão chegando aqui no Rio de Janeiro.
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S.O.S Colégio Interno
Teen FictionAna Paula Bastille foi obrigada pelo pai a estudar em um colégio interno. Ele quer que ela seja doce, gentil e educada. Mas essas características estão longe de fazer parte dela. Uma garota marrenta, barraqueira, sincera e verdadeira que tenta se pa...