15° Capítulo

3.7K 341 241
                                    

Agora eu entendo tudo, entendo porque Leo e Speed andavam tão amigos, agora faz sentido. Mas se ele acha que vou permitir isso com meu irmão está enganado, Leo está confuso e perturbado.

- Ana....É que....- Leo tentava explicar nervoso enquanto passava a mão no braço.

Observei Speed com um sorriso no rosto, ele segurava uma espécie de injeção que na hora que entrei estava injetando em Leo. Eu sei muito bem que Speed não é flor que se cheire e agora está ferrando com a vida do Leo.

- Você sabe o que é isso Caralho? - Perguntei ao Léo e ele levantou apreensivo. - Isso é anabolizante, isso é bomba, seu idiota, retardado de merda. Como você permite isso?

- Eu tenho que ser forte igual ao Cris, tenho que mostrar pro papai que também tenho músculo.

- Você sabe o quanto isto está soando ridículo? Vai fazer academia cacete.

- Ele não gosta de suar. - Speed disse tranquilamente. - Só quis ajudar ele.

- Pega sua ajuda e vai com ela pra puta que pariu. Você sabe os riscos de uma bosta dessa? Isso mata. - Disse incrédula, e ele deu de ombros. Me aproximei dele tomando a injeção da sua mão.

- Vai enfiar em mim?

- Não rir não Caleb, eu sou capaz de enfiar isso até em seu olho pra você cegar. - Disse pressionando a agulha na perna dele. Ele gritou e me empurrou.

- Eu estou passando mal, Ana! Me ajuda! Não quero morrer!  - Leo exclamou. Me virei pra ele, que ja estava sentando na cama. Toquei em seu braço que estava frio, ele suava.

- Bem feito. Isso é pra você aprender a parar de ser burro. - Gritei e ele caiu de costas na cama inconsciente.

(...)

Depois que Léo desmaiou, deixei ele e fui da um tapa na cara do Speed, brigamos muito e logo fomos separados pelo espetor que chegou. Liguei para a ambulância e acompanhei o Leo que estava tendo um ataque cardíaco, as substâncias mexeram com o organismo dele. Desgraça daquela quase morreu. Simplesmente não entendo a necessidade do Leo em fingir ser uma pessoa que ele não é, querer ser o fodão para agradar o Afonso.

- Como está seu irmão? - Afonso chegou na recepção do hospital acompanhado da Joana.

- Tenho cara de médica por acaso? - Perguntei irritada, ele fez uma cara feia. - Olha aqui Afonso, você é um péssimo pai. Abre seus olhos e vai prestar atenção mais no seu filho, ele vivi querendo te agradar e ser o filhinho perfeito do papai. Mas isso só está acabando com ele e você não percebe.

Ele engoli seco balançando a cabeça negativamente, me olhou seriamente e saiu em direção a recepcionista. Joana sorriu pra mim e permaneço com minha expressão de tédio, ela se aproximou sentando ao meu lado.

- O que está acontecendo com o Léo?

- Você não é a mãe? - Perguntei irônica. - Nossa que mãe ruim em...- Levantei me afastando dela a deixando com uma expressão triste. Quando se trata dela, ela me irrita. Nunca fez nada comigo, mas apenas tentou entrar em um lugar que ja havia dona.

- Meu filhooo. - Uma mulher chegou desesperada no hospital. Que drama! Ela passou alguns segundos conversando com uma atendente.

Me aproximei do bebedouro colocando um copo de água.

- Foi você que colocou meu filho no hospital? - Ouvi uma voz próxima de mim e me virei encontrando a mesma mulher de anteriormente.

- E você quem é?

- A mãe do Caleb. Quem você pensa que é pra fazer aquilo com ele?

- Quem seu filho pensa que é pra fazer certas coisas. Voltei o veneno dele contra ele, e se você me provocar te coloco no hospital também. - Ela abriu a boca em forma de "O", e eu encarei ela seriamente com minha cara de má, amassei o copo plástico em sua frente e joguei na lixeira.

S.O.S Colégio InternoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora