Candy Crush • Pjm × Jjk

Torta de Limão

Jogado na cama e encarando o teto. Era o que Jimin estava fazendo a mais de uma hora. Praticamente não havia a saído do quarto naquele dia. Acordou por volta das 11:00 horas com uma ressaca insuportável, sem a mínima força para se levantar e arrumar a bagunça que aquele fiasco de festa havia deixado em sua casa. No momento passava das 16:00, e Jimin estava cansado, enjoado e amorosamente frustrado.

Aquela maldita festa havia acabado consigo, e Jungkook também. Após o alfa ir embora, Taehyung forçou Jimin a ir para o quarto. O objetivo do ômega era encher a cara, porém, no momento Jimin agradecia mentalmente o Kim por não ter permitido tal coisa. Obviamente, as consequências do álcool seriam bem maiores se tivesse bebido mais.

Estava se sentindo idiota. Por que diabos Jeon havia se envolvido consigo se já estava comprometido com alguém? Era como se aquele cara legal que havia conhecido fosse pura fachada. Aquele alfa gentil que atendia crianças com um sorriso doce na verdade era a personificação de satanás se fingindo de anjo. Era essa a imagem que se passava na sua cabeça. Que Jungkook era um monstro. Era mais fácil pensar assim, afinal, procurar uma explicação mais lógica para uma garota ter simplesmente gritado com ele no meio da festa parecendo estar extremamente indignada e ele ainda ir atrás dela como se tivesse cometido um erro muito grande.

Escutou a porta do quarto abrindo, e ergueu a cabeça levemente encarando a Kim Taehyung que adentrava o recinto. Franziu o cenho e pegou um travesseiro que estava na cama atirando no Kim com toda a força que tinha. Foi tão repentino que nem mesmo Taehyung conseguiu desviar sendo acertado em cheio no rosto.

- Mas que diabos eu fiz agora? - Indagou indignado por conta da agressão. - Qual o motivo da violência?

- Apaga aquela foto. - Gritou. - A-pa-ga. Apaga!

Taehyung começou a rir. O Park se referia a foto que postou no Instagram onde o ruivo estava aos beijos com Jeon e o marcou. Por mais trágica que fosse a situação, não iria apagar. A foto havia ficado incrível demais para tal coisa. Porém, se dissesse que não estava com vontade de matar Jungkook estaria mentindo. Queria o destroçar. Sabia bem como Jimin estava se sentindo e o quão idiota o alfa havia sido. O Kim se dirigiu para a cama de Jimin se deitando ao lado do mesmo.

- E se não for a namorada dele? - Tentou como forma de aumentar a autoestima do amigo. Ele bufou.

- Nem tenta Taehyung. - Pediu. - É mais fácil pensar que ele e um idiota. Sem contar que, se não é a namorada, é o que?

- Sei lá... - Respondeu e suspirou. - Eu vou resolver a situação. Eu te meti nela, de qualquer forma.

O Park pigarreou. Não considerava o Kim culpado de nada. Que culpa ele tinha se Jungkook é um idiota? Ele só tentou lhe ajudar, e a principio deu certo. Naquele momento, chegou a conclusão que não havia sido em vão, pelo menos agora sabia que investir no Jungkook era furada.

A porta novamente foi aberta, revelando dessa vez dona Lee que parecia exausta. Se dirigiu até a cama do Park sentando na mesma e sorriu para o filho.

- Jimin, você está sem comer nada a horas. Nem mesmo doces. - Disse ela. - É um milagre, ou um sinal do fim do mundo. Você precisa comer alguma coisa.

- Eu realmente não estou com fome. - Respondeu. - Sem contar que eu sinto que se comer qualquer coisa eu vomito. Nunca mais coloco uma gota de álcool na boca.

- Improvável. - Retrucou Ha Yi. - E mesmo sendo sua mãe, não concordo. Se fosse assim, quem se juntaria a mim na hora de encher a cara de vinho nos dias em que seu pai volta a serviço?

Jimin acabou por sorrir. Era verdade, afinal. Gostava do relacionamento que havia criado com sua mãe. Ela era bastante liberal, mas quando não concordava com alguma das escolhas do Park, não se reprimia em ser direta e dizer o que pensava. Ha Yi costumava dizer que gostava de o deixar livre como um pássaro, mas caso quebrasse uma asa, ela estaria ali para cuidar de si até que sarasse. Por parecer jovial e extremamente descontraída, muitos achavam que a Lee era irmã de Jimin ao invés de mãe. E obviamente, a mulher adorava. Quem não gosta de em plenos 44 anos dar a impressão de ter uns 20 a menos?