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Eva


Descubra quem você é e seja de propósito.
(Um amor para recordar)


Quando finalmente consegui colocar Adele na cama, segui para meu apartamento. Estava tão cansada que a única coisa que eu queria era dormir. Acabei dormindo com a roupa que havia saído.

As cortinas estavam abertas e a claridade do dia foi o que me fez acordar. Levantei-me e abri as janelas do quarto. Estava um lindo dia ensolarado, dava até para sentir o cheiro do mar que ficava a poucas ruas do meu prédio.

Desde que cheguei ao Rio, ainda não fora à praia. Hoje poderia ser o dia, mas não estava animada para isso. Tomei um banho, lavei meus cabelos e depois preparei meu café.

No relógio da cozinha indicava nove da manhã.

— Cedo demais até para você Eva.
Fiz achocolatado, depois voltei para o quarto para tomar meu café na cama.

Imaginei que Adele fosse aparecer para o almoço, mas após esperar por quase duas horas, entendi que sua ressaca moral seria maior que a alcoólica.

Liguei para casa e falei com meus pais. Deixei ambos saberem que eu estava bem e estava fazendo novas amizades. Deixei de fora a parte em que saí na noite passada.

Mia havia enviado uma mensagem querendo saber como Adele estava. Informei que eu deixara ela em sua cama. Então, ela ainda deveria estar dormindo.

À noite, pensei que seria uma boa ideia pegar um cinema. Havia um filme que estava louca para assistir desde sua estreia, mas ainda não encontrara tempo por conta dos trabalhos.

Uma droga que quase todas as seções estavam lotadas e só consegui pegar a última.

Passei na livraria, comprei um livro e depois fui para a praça de alimentação. Ficaria lendo até a hora do filme.

Quando saí do cinema, passava um pouco da meia-noite. Passaria no mercado 24 horas para comprar pão e leite que estavam quase acabando.

O bom de morar em cidade grande era que tinha sempre um lugar aberto para compras de emergência.

O estacionamento estava vazio, então não liguei muito em estacionar em qualquer vaga. Quase não tinha clientes no supermercado e pela hora, só malucos como eu viria fazer compras.

Peguei uma cesta e acabei colocando outros itens que poderia precisar em breve. Paguei tudo e depois segui para o estacionamento.

— Quer ajuda com as sacolas?

Olhei para ele, mas da distância e por conta do capuz que usava não pude reconhecer.

— Obrigada, está tudo bem — falei sem parar para conversar.

Puxei a chave que estava no bolso traseiro da calça e apressei meu passo.

— Não deveria andar sozinha a essa hora da noite. Pode ter perigos a espreita — disse se aproximando um pouco mais.

— Obrigada pelo aviso, vou me lembrar da próxima vez.

O cara me seguiu a passos largos e em segundos estava logo atrás de mim. Olhei para os lados e não havia outro carro no estacionamento.

Destravei as portas, joguei as sacolas no banco traseiro e me preparei para entrar, quando o cara agarrou meu braço.

— Porque a pressa? Comprei umas latas de cervejas, que tal me fazer companhia?

Seu amor, meu destinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora