Capítulo 2

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Você?


Por minha sorte Dylan não me dirigiu mais a palavra, apesar disso senti alguns olhares dele sobre mim o que me deixou deveras desconfortável. Não estava acostumada com isso.

Fora isso, a aula terminou e como minha dor estava ficando insuportável procuro a enfermaria para cuidar dos meus ferimentos.

- Bom dia Viviane.

Uma das pessoas com quem me dou bem aqui. Ou até a única, eu não diria bem que as mulheres do refeitório são propriamente minhas amigas, elas apenas me cumprimentam nada mais.

- Oi querida, está tudo bem?

- Cai a caminho do colégio, um brutamontes simplesmente me atropelou. Consegue me fazer um curativo rápido? Não posso chegar de novo atrasada.

- Claro, senta ai que eu vou só pegar o kit de primeiros socorros.

Sorri em forma de agradecimento e só esperei um minuto que logo depois voltou.

- Puxe a manga da blusa para cima por favor. - Fiz o que ela pediu. – Não é nada de grave, teve sorte dessa vez.

- Que bom.

Passou álcool na minha mão e depois no meu cotovelo para limpar impedindo qualquer infeção, em seguida colocou curativo nos dois lugares.

- Pronto está como nova.

- Muito obrigada Vivi.

- De nada e tenha mais cuidado.

Como se a culpa tivesse sido minha.

Faltando somente cinco minutos para o segundo toque, me concentrei no meu livro, já estava na reta final e estava completamente focada nele. Tão focada que nem escutei alguém entrando na sala.

- Eu posso te falar quem morre no final. - Tinha de ser ele.

- Deixa de ser maçador e some da minha vista.

- Você sabe que estamos na mesma classe, certo? – Existem momentos que ironia e sarcasmo podem ser totalmente insuportáveis.

Olho para ele já sem paciência nenhuma.

- Eu quis dizer para me dar um espaço. Sua carteira é ALI não AQUI.

- Com esse feitio já dá para entender porque vive sozinha.

Ignorei seu comentário por mais que tenha me deixado um pouco aborrecida. Nada que eu já não tenha escutado antes.

O sinal bateu e a aula de Inglês finalmente começou.

Dylan POV

Que droga. Estou com uma dor de cabeça terrível. Preciso de colocar na cabeça que não posso mais assim nessa quantidade. Não lembro como cheguei aqui no meu quarto, mas estou aliviado por não ter acordado em um beco juntamente com estranhos.

Espero que a noite tenha valido a pena.

- Menino Dylan estou tentando te acordar á cinco minutos! Levante logo. -

- Rose você não é minha mãe para me mandar assim. Ela já se foi há muito tempo. – Respondi colocando a mão na cabeça, estar de ressaca é terrível. - Me dá um comprimido para dor de cabeça.

- Com certeza, menino.

Me levantei da cama e lavei o rosto para me manter acordado. Meu corpo não estava em condições de fazer mais nada.

Vesti a primeira coisa que vi e sai do quarto. Preguiça porque não abandonais meu lindo e gostoso corpo?

- Aqui.

A Garota (quase) InvisívelWhere stories live. Discover now