Atitudes irresponsáveis
- Vá experimenta um pouco. – O irmão gémeo do Alucard estava me pressionando. Fiquei um pouco ressentida e tentei afastar o cigarro.
Já estava ficando sem paciência com esses gémeos idiotas.
- Eu não fumo, obrigada. – Ponho minha mão na frente tentando desviá-lo.
- Arrisque um pouco Daisy. – O ruivinho Marshall me lançou um sorriso maquiavélico. – Vai ver que vai gostar.
Já era demais eu ter ficado bêbada pela primeira vez, e agora fumar um tipo de droga que eles dizem ser "inofensiva"? Eu não iria me rebaixar assim.
- Olha para mim Dede. – Ela terminou o seu cigarro e depois continuou. - Eu fumo desde os meus treze anos e ainda estou intacta. Por fora pode estar intacta, mas por dentro os seus pulmões devem estar pedindo por socorro.
- Se eu experimentar apenas uma vez, vocês me deixam em paz? – Questiono me arrependendo logo depois.
Louise permanecia calada nos observando. Ela era a única sem cigarro na mão e sim uma cerveja.
- Está prometido.
Experimentando uma vez, não iria me deixar viciada automaticamente, certo? Agora que eu estava aqui num parque abandonado, o lugar que eles chamavam "Cemitério dos Carros" e uma pequena fogueira no meio, não iria embora sozinha, até porque eu não sabia o caminho de volta para casa.
Peguei o pequeno cigarro improvisado pela Hailey e o observei antes de colocar na boca. Fechei os olhos assim que suguei aquilo até o fim da minha garganta, aquilo imediatamente ardeu a minha boca me fazendo tossir vezes sem conta.
Minha cabeça começou a latejar fazendo e tudo á minha volta rodopiava
- Não vejo nada de inofensivo nisso aqui. Para a próxima veja o que isso significa no dicionário. – Coloco a mão no peito.
Aquilo era horrível, mas ao mesmo tempo meu corpo pedia por mais.
- A primeira vez é sempre a pior. – Hailey dá de ombros. – Experimente mais um pouco.
Pensei duas, três, quatro vezes e finalmente peguei o cigarro da mão dela.
Terminei aquilo em menos de dois minutos e meu corpo já pedia por mais.
Acho que tinha fumado uns três. Me sinto tonta, mas animada ao mesmo tempo. Quero dançar, correr, quero fazer tanta coisa!
- Eu pensei que só tinha dois gémeos aqui. – Digo rindo enquanto enxergava quadrigémeos.
- Parece que a ovelhinha agora virou negra. – Alucard comenta dando uma risada.
- Não. me chama. assim não. ó gatinho! – Digo cambaleando entre minhas palavras.
- Acho que está na hora de irmos para casa. – Louise diz tomando um último gole da garrafa.
- Mas já? Me dá só mais um pouquinho. – Tento pegar mais um, mas Hailey me puxa de volta para a cadeira.
- Daisy, por mais que eu goste de te ver assim, eu prefiro que você seja certinha. – Hailey apaga o seu cigarro e se levanta.
Azarel me levou até a carrinha, enquanto eu mexia no seu rosto dizendo que ele era o cara mais bonito que eu já tinha visto á face da terra. Quem eu queria enganar, o Dylan que era. Pensando no Dylan, eu quero ver ele, o abraçar e pedir desculpas. Não quero mais, ele me tratou muito mal e eu mereço melhor. Meu Deus, o que esta acontecendo comigo?
YOU ARE READING
A Garota (quase) Invisível
Teen FictionQual a sensação de ser apelidada de Invisível? Bom, talvez Daisy Stone possa responder a essa pergunta. Afinal, ela mesma se considera a definição de Invisível. Uma personalidade doce, mas ao mesmo tempo arrogante, um coração mole por dentro, mas c...