Capítulo 16

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Briga idiota.

Eu não dormi nada até agora, muito menos sai do meu quarto para fazer algo. Aquelas mensagens vinham sempre á minha mente, mesmo eu não querendo.

Ainda eram cinco da manhã, acabei cedendo e me levantei, Hailey disse que os sons da minha barriga a impediam de dormir e ter sonhos molhados com o Gabriel. Peguei apenas num casaco e sai do quarto.

Fiz um chocolate quente para mim e vou observando os quadros espalhados pela sala com várias fotos da família do Richard. Ele do lado de uma mulher loira e de olhos azuis. A sua ex-mulher e mãe do Dylan, eu presumo. Os olhos eram os mesmos e até mesmo o sorriso.

- Bom dia. - Uma voz grossa se apodera da cozinha.

Não era Dylan ou o Richard. Me virei para trás vendo um homem de olhos verdes em encarando.

- Bom dia? – Respondo confusa. - Você é....?

- Oh, desculpe a indelicadeza. Me chamo Nicklaus.

O prazer era todo meu em conhecer Nicklaus, onde se tem a oportunidade de conhecer um homem bonito desses?

- O meu nome é Daisy. Você trabalha aqui?

- Sim, Flora me pede para vir compor as suas flores. Terças, quintas e sábados.... Eu presumo que você não trabalhe aqui. - Nicklaus comenta apontando para minhas roupas. Só dava para ver o meu casaco e minhas pernas.

- Não sabia que ia ter gente acordada essa hora. – Respondo dando uma risada nervosa.

- Porque acordou tão cedo? Se me permite perguntar.

- Eu não conseguia dormir.

- O que acha de me ajudar com as flores? Se você tratar bem delas eu te ofereço uma como presente e ainda adivinharei a sua preferida.

Era mesmo disso que eu precisava, uma distração.

- É uma bela proposta Nicklaus. Eu preciso só... você sabe.

- As roupas! Certo. Estarei te esperando então Daisy. - Ele responde sem jeito indo embora em seguida.

Subi de novo para o meu quarto dançando animada. Peguei numa roupa mais velha sem medo de sujar e fui embora devagar par anão acordar Hailey mal-humorada.

- Então como posso ajudar?

Vejo Nicklaus com uma espátula na mão. Bem, segundo a linguagem de jardineiros acho que aquilo não era uma espátula.

- Para começar, vai cortar as ervas daninhas. - Ele me entrega uma coisa que na minha terra se chama tesoura.

- Certo.

- Porque quis seguir jardinagem Nicklaus? – Pergunto já começando a minha tarefa.

Não estou o julgando nem nada, acho que para jardineiro ele é lindo demais, só isso.

- Eu sempre gostei de cuidar de plantas, flores e etc. Eu ajudava muito o meu pai por aqui. Conheço Flora há onze anos.

Ele falava com paixão, isso dava para notar de verdade. Não respondi, apenas dei uma breve olhada nele, principalmente nos seus braços definidos. Acho que agora tenho um fetiche por homens mais velhos.

Essas ervas estavam bem presas. Eu espirrava a toda hora. Estou começando a pensar na probabilidade de ser alérgica.

- Isso aqui é complicado. - Passo a mão na testa retirando o suor.

- Tem que fazer assim. - Nicklaus fica por trás de mim, bem encostado, segurando meus braços e me movimentando. Sua respiração passava pelo meu pescoço.

A Garota (quase) InvisívelWhere stories live. Discover now