Capítulo 4

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Infância de Volta

Incrível como a semana passou tão rápido.

O Dylan não falou comigo por sete dias seguidos e não pude me sentir melhor. Foi uma correria, preparar tudo e decidir o que não queríamos levar com a gente para o nosso novo lar.

- É longe? - Questiono.

- Não filha, só uns vinte minutos daqui e é bem mais perto do vosso colégio.

- Okay. – Me encostei na janela vendo uma última vez a casa onde eu cresci, vivi momentos inesquecíveis e momentos que quero esquecer.

O carro de Richard estava bem atrás de nós e começámos nosso trajeto para minha nova casa. Nova vida.

- Wow. - Exclamei. - Que lindo!

A casa era maior do que eu esperava e deslumbrante. Já para não falar do jardim que deixava tudo mais bonito. Não esperei mais e entrei. O interior me deixou sem palavras

A sala de estar tinha paredes cor de marrom e branco, 3 sofás com uma mesinha no meio e uma grande televisão à frente. Cada objeto, móvel ou cortina combinava entre si.

A cozinha também era magnífica, marrom claro e branca, com uma pequena bancada no meio com bancos e bem espaçosa.

Subi as escadas que davam ao segundo andar e no corredor do lado esquerdo vi uma placa dizendo "Quarto da Daisy", entrei e mais uma vez fiquei de boca aberta.

De todas as divisões da casa, definitivamente o meu quarto era o mais lindo.

Saltei para cima da minha cama de barriga para cima fitando o teto, cujo mesmo tinha estrelas. Era como se o meu quarto tivesse sido feito exclusivamente para mim.

Não demorou muito para alguém entrar no meu mais novo cantinho.

- Vejo que gostou do seu novo quarto. Tenho aqui suas malas. – Richard está sendo tão amável comigo. - Sua mãe disse que você gostava de azul então dei uma pequena ajudinha na decoração.

- Sério? Muito obrigada! - Dei um abraço ao Richard e ele retribuiu.

Será que o que eu estou sentindo é amor paternal?

- O quarto de Dylan é parecido com o seu, contudo é verde e com mais espaço para videogames do que para livros, você sabe como os garotos são.

Ei, eu também gosto de videogames!

- Ah entendo. E ele é bom aluno?

Na verdade, eu já sabia a resposta, só queria ver as mentiras que ele falava para o pai. Dylan olhava mais para a janela do que para o quadro na sala, mal fazia anotações e quando o professor o perguntava alguma coisa ele apenas fingia demência. As garotas achavam um máximo o seu jeito despreocupado, já eu tinha náusea.

- Digamos que tem matérias em que ele é melhor que outras. – Desconheço qual matéria ele é bom. – Mas Anna me disse que você é bem inteligente inclusive uma das melhores do colégio.

- É, diz que sim.

Não posso negar que eu até sei bastante. Claro que me orgulho de ser uma excelente aluna, mas não é algo que eu goste muito de falar. Provas testam sua memória, não sua inteligência.

- Vou te deixar sozinha agora, eu encomendei umas pizzas, quando elas chegarem eu te chamo.

- Ok, obrigada Richard.

- Estou aqui para o que precisar.

Que bom, finalmente a...

- Belo quarto.

A Garota (quase) InvisívelOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz