Capítulo V

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Capítulo 5 - A Casa de Rafael

Eu estava sorrindo dentro do carro, no caminho de volta para casa. Depois de beijar a boca de Rafael e sentir suas mãos firmes em minha cintura, passei a ficar mais sorridente. Porém, eu estava sem graça dentro do carro, ele passava a me olhar com mais frequência e eu sempre desviava o olhar olhando para a janela.

Finalmente, o meu destino chegou. Rafael me deixou em uma esquina perto de minha casa para não houver o risco de meus pais lhe verem. Eu desci do carro e ele também.

- Nos vemos amanhã?
- Amanhã é sábado, Rafael. Não vai ter aula amanhã.
- E quem disse que precisa ser na escola?! Você pode ir pra minha casa... - ele disse safado.
- Se der e meus pais me deixarem sair, eu vou...
- Vou ficar com saudades dessa sua boquinha!
- Vai ter que aprender a controlar a sua saudade... - toquei o dedo indicador em sua boca.

Ele me prensou ao carro e começou a me beijar lentamente, já colocando sua língua. Coloquei as mãos em suas costas, alisando-as. Com uma das mãos comecei a puxar o seu cabelo enquanto ele beijava meu pescoço e eu arfava de satisfação, até que ele foi descendo mais os beijos e eu cessei aqueles amassos, para não passar do limite. 

- Amanhã nos vemos, Rafael - disse ajeitando a minha camisa que estava com o ombro esquerdo descoberto.

- Não vou conseguir esperar... 

- Até amanhã! - lhe dei um último selinho e fui pra casa.

Cheguei em casa e entrei apenas quando não conseguia ver mais o carro. Eu estava com um sorriso bobo e um pouco nervoso. Meus pais estavam com uns amigos na sala por isso só dei um aviso de que eu tinha chegado e disse que não queria jantar, e subi direto para o meu quarto. Tomei o meu banho e me tranquei no quarto, completamente sorridente.

Me joguei na cama e peguei o celular e mandei uma mensagem pro Rafael, pedindo o seu endereço. Ele mandou vários emojis de felicidade e mandou a sua localização, que por sinal não era tão longe da minha casa, mas também não era perto (graças à Deus). Ele começou a me mandar corações e a dizer que me amava. Eu fiquei com os olhos brilhando, seria isso paixão? Porque é muito bom. Por fim, estava morto de cansaço, me despedi e cai no sono quase que imediatamente.

Acordei no sábado com a luz do sol batendo forte em meu rosto. Fui para o banheiro, escovei os dentes, tomei banho e vesti uma roupa leve. Desci, falei com meus pais e tomei meu café da manhã.

- Já terminou o trabalho com o Leon? - meu pai me perguntou.

- Ainda não. A propósito, nós combinamos de terminar hoje, mas especificamente agora, só vou terminar meu café e saio. - disse comendo com pressa.

- A mãe dele sabe que você vai? Peter, você sabe que eu não gosto de incomodar os outros.

- Relaxa, mãe! - eu disse me levantando com uma fatia de torrada na boca - Não se preocupem! Bom, tchau! - dei um beijo na minha mãe e no meu pai.

- Tchau. - ambos disseram.

Peguei minha mochila e sai de casa, comecei a caminhar pelas ruas me guiando pelo endereço que Rafael me mandou. Mandei uma mensagem pra ele dizendo que já estava a caminho. Ele falou que já estava me esperando, o que me deixou feliz.

Finalmente cheguei lá, era uma casa bonita, rica demais para um professor, mas isso é irrelevante. Era toda branca e a porta era grande e feita de madeira. Algum barulho vinha de lá de dentro, um barulho alto, tentei avistar o professor pela janela mas não o vi então apertei a campainha e esperei alguns segundos.

Ouvi o barulho cessar e finalmente ele abriu a porta. E quando ele fez isso eu quase desmaiei, e sem querer lancei um sorrisinho bobo e idiota. O Rafael estava sem camisa, com aquele peitoral perfeitamente malhado de fora, tava com o cabelo um pouco bagunçado, um short azul escuro leve, uma cueca Calvin Klein branca e descalço.

- O-Oi. - disse gaguejando me segurando pra não cair.

- Oi Peter, entra! - ele me deu passagem para entrar, sorrindo.

Eu entrei e coloquei a mochila em um canto. O barulho alto que eu ouvi foi do aspirador de pó, ele estava limpando a casa, pra mim. Me virei pra ele enquanto ele fechava e trancava a porta, me aproximei e sem mais delongas, lhe dei um beijo quente, de língua, molhado, finalizando com um selinho.

- Esperei uma semana por esse dia, Rafa. - eu disse dedilhando o seu peitoral com a ponta do dedo.

- Está agitadinho hoje ein? - ele riu - Também esperei, e muito. Vem, vou comer e depois aproveitamos o dia. - ele me guiou até a cozinha, segurando minha mão.

A cozinha também era bem bonita, arejada, fresca, clara e bem confortante. Me sentei no balcão enquanto ele preparava ovos, panquecas e bacon. Disse pra ele que iria acompanhá-lo na companhia, mas não iria comer pois estava cheio. 

Me levantei do balcão e fui até o seu jardim que dava direto pra cozinha e comecei a olhar as plantas até ele terminar de cozinhar. Ele desligou o fogo e me chamou depois de um tempo, pegou uma pequena garfada de panqueca com mel, torradas, ovo e bacon para eu experimentar, e eu o fiz com prazer.

- Hmmm, parece que temos um chefe aqui! - eu elogiei, rindo, depois de engolir tudo.

- Haha, até parece. - ele começou a comer.

Fiquei olhando para ele apoiando meus cotovelos no balcão, olhar aquele peitoral lindo, aqueles olhos penetrantes, aquele sorriso enlouquecedor e o seu jeito de me olhar e de rir e de falar, não é para os fracos. Eu não sei como eu não desmaiei, cada vez mais que eu olhava para ele meu coração palpitava mais forte.

- Que foi? - ele parou de comer, confuso.

- Nada não - eu ri.

Me apoiei com mais força com os cotovelos no balcão, e levantei o meu corpo até chegar bem perto dele, olhei fundo em seus olhos e lhe dei um selinho, e mais outro, e mais outro. Ele colocou os dedos em meu queixo e levou meu rosto pro seu e não me deixou escapar, me beijando de língua bem molhado. Coloquei as mãos em sua barba rala e aprofundei mais o beijo. Ele com certeza perdeu o apetite pois deixou sua comida de lado.

Ele continuou o beijo intenso e agarrou a minha cintura por cima do balcão, apesar de nossos corpos não estarem colados. A intensidade dos beijos diminuíram até que se transformaram em um selinho. Ele riu com os nossos narizes colados e desceu do banco alto, pegou seu prato e colocou na pia. Ele voltou até mim e colocou o braço em minha cintura.

- Vamos para o meu quarto.

- Porque? - eu perguntei.

- Vamos assistir algum filme, ou não... - ele riu com malícia.

Meu Querido Professor (Romance Gay)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu