Capítulo XXX

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Capítulo XXX - A captura

Quando entraram na quadra da escola, Eduardo e os seus capangas - ao menos quatro -, que entraram junto com ele na escola, não esperavam serem recebidos por tantos policiais como a quantidade que havia ali. Havia, no mínimo, vinte e cinco oficiais; todos apontando as suas armas para os criminosos.

Quando pensaram em recuar com os seus automóveis e sair pelo mesmo lugar que entraram, perceberam que também estavam cercados por policiais em suas costas.

De supetão, a linha de frente dos policiais, que possuíam escudos e estavam fortemente equipados, atiraram nos pneus dos carros e moto de Eduardo, impedindo que eles se locomovessem.

Peter observava tudo ao seu redor em câmera lenta, como se o dia do juízo final - e o dia em que ele iria para o paraíso - tivesse chegado. Finalmente o momento que ele mais aguardava chegou: o fim de tudo aquilo, o fim de todo aquele sofrimento.

Ele olhou para cada um dos policiais e localizou um em especial: Henry, e, ao seu lado, o homem da sua vida, que vinha imediatamente em seu encontro: Rafael Spencer.

Rafael tinha um ar, agora, de despreocupado, uma feição menos carregada. Ele agora poderia ter Peter em seus braços, guardá-lo e protegê -lo de todo o mal.

- Você está bem?! - Rafael chegou ao encontro de Peter, se aproximando dele com pressa e extremamente preocupado.

Peter não teve nenhuma reação instantânea, apenas agarrou o pescoço de Rafael e lhe beijou. E, imediatamente, lágrimas desceram por suas bochechas, aliviado de finalmente ter se livrado daquele crápula.

- Rafa-

Peter nem conseguiu terminar o nome dele e desabou em lágrimas, fraco, cansado de correr. Rafael nada disse, apenas ficou ali, lhe abraçando, distante da realidade que os cercavam.

- Retirem-se imediatamente de seus veículos e baixem as suas armas, sem excitar! - Henry ordenava com um megafone - Temos ordens imediatas de atirarmos caso tentem reestabelecer o caos!

Derek pôde perceber o ódio puro na feição de Eduardo, o ódio se ter sido derrotado e, não apenas, mas também traído. Traído pela pessoa que mais confiava naquela trajetória, pela pessoa que mais amava e que no final, o fizera provar do próprio veneno.

O criminoso olhava para Derek diretamente. Por alguns instantes, encarava Peter, Rafael e Tyler, mas sempre voltava o olhar para Derek.

Então, ele fez o ordenado, sem se rebelar: desceu da sua moto e colocou o seu fuzil no chão, levando as mãos ao alto, por fim, se redendo. Ele aguardava os seus capangas fazerem isso também, porém não esperava que um deles não obedecesse uma ordem oficial.

Quando esse desceu do carro, ao fingir que iria colocar a arma no chão, disparou diretamente na direção de Derek, por entre um espaço entre os escudos dos policiais. As balas atingiram o peito dele em cheio. Tyler, do lado dele, gritou quando ele foi ao chão. Um dos policiais, como alertado antes, disparou nesse capanga, que morreu de imediato.

Todos voltaram o olhar em direção a Derek, principalmente Eduardo, que agora sorria e olhava triunfante por ter, ao menos, tirado a vida de um deles, e de Derek, principalmente.

Porém, esse sorriso desapareceu completamente de seu rosto quando ele viu Derek se levantando do chão como se tivesse acabado de tirar um cochilo. Tyler se assustou e se pôs a secar as lágrimas quando viu Derek se levantar sem sangrar nem uma gota.

Derek então, retirando a camisa e se aproximando dos policiais, revelou um colete à prova de balas, que ele havia vestido anteriormente, e as marcas dos três tiros que haviam acertado esse colete. Eduardo olhou enfurecido para ele.

Meu Querido Professor (Romance Gay)Where stories live. Discover now