Capítulo VII

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Capítulo 7 - O flagra

Já eram seis horas da tarde e a escuridão já cobria a noite. Eu estava assistindo um filme abraçado no peito de Rafael quando o meu celular toca. Atendo e o afasto imediatamente, tentando não ficar surdo pelos gritos da minha mãe.

- Onde você está, Pedro?

- Eu estou no... na... na sorveteria. Sim, na sorveteria. - me enrolei.

Minha mãe pausou por um instante.

- Venha logo, se não você vai se atrasar!

- Me atrasar pra quê?

- Pra jantar com sua tia.

Putz, pensei. Eu esqueci completamente que a gente tinha combinado de jantar com a minha tia em um restaurante novo que inaugurou na cidade. Ela iria nos apresentar o seu noivo.

- Já tô chegando!

Desliguei o celular e dei um pulo da cama, coloquei a minha camisa e calcei as sandálias. Rafael levantou e colocou uma regata preta justa e veio até mim.

- Já vai? - ele perguntou, meio tristonho.

- Infelizmente sim. Já está tarde e eu tenho um compromisso! - coloquei os braços em volta do seu pescoço.

- Ah, que pena! - ele firmou suas mãos em minha cintura e se encostou na parede, me puxando para o seu corpo.

- Até segunda?

Ele não respondeu, estava fazendo birra e eu ri daquilo. Ele me segurou com mais força, como se insistisse para eu ficar ali.

Aproximei a minha boca da dele e nossos lábios quentes se uniram em uma compaixão uníssona, a sutileza no beijo dele era algo que meu corpo necessitava para sobreviver, era, ao mesmo tempo que frágil, protetor e firme, era inexplicavelmente incrível.

- Até segunda! - me larguei dos seus braços depois de mais um minuto se beijando.

- Te amo! - ele me disse antes de me deixar ir por completo.

- Também te amo, Rafa!

▪▪▪

Cheguei em casa e minha mãe estava colocando um brinco na frente do espelho. No momento em que ela me viu ela começou a me apressar, dizendo que iríamos sair em quinze minutos, e começou a reclamar da minha falta de pontualidade. Não dei ouvidos, estava sem paciência, e fui para o quarto.

Depois de tomar um banho, coloquei uma bela roupa para sair e assim fomos, eu, meu pai e a minha mãe a caminho de um dos restaurantes mais chiques da cidade. Depois de passados vinte minutos tínhamos chegado.

O restaurante era realmente um luxo. Vidraças espelhadas em todo canto, mesas cobertas com um tecido muito "atraente", uma boa iluminação, música clássica, enquanto um cheiro de framboesa circulava pelo ar.

Avistamos a nossa tia com um homem, em uma mesa perto da parede, e seguimos até eles. Ambos se levantaram quando nos aproximamos e começaram a nos cumprimentar, com abraços e apertos de mãos. Depois que nos sentamos, minha tia começou a falar.

- Agradeço muito que vocês puderam vir hoje!

- Eu também. - disse o homem.

Eu e meus pais ficamos olhando para o homem e para a minha tia com uma cara de "então, você não vai dizer o nome dele?". Apesar de ele ter boca, ele parecia bem tímido e não muito confortável naquela mesa. 

Meu Querido Professor (Romance Gay)Where stories live. Discover now