Capítulo XXIX

2.7K 216 27
                                    

Capítulo XXIX - Escape!

Quando entraram na floresta e sentiram aquele mato alto e os galhos das árvores arrando-lhe a pele, Peter sentiu o verdadeiro desespero. Nunca havia imaginado que estaria numa situação como aquela. À, relativamente, pouco tempo, estava tendo uma vida feliz junto a sua família e agora estava aqui, fugindo de um criminoso, junto com Tyler e Derek.

Tyler também estava apavorado, agora ali ele sentia o limite entre liberdade e morte. Se conseguissem fugir: estariam livres; se fossem pegos ou acertados pelos tiros: estariam mortos.

Tyler corria, desesperado, ao lado de Peter, tomando cuidado para não pisar em nada que o pudesse ferir e protegendo os olhos contra os eventuais galhos e mosquitos que apareciam. Derek corria atrás dos meninos, ele que deve dar proteção àqueles dois, portanto ficou por trás, para checá-los; além disso, ele continuava gritando para os garotos correrem, principalmente quando ouviram (e viram) uma árvore ao lado deles sendo atingida por uma das balas de Eduardo.

- Eu vou pegar vocês, seus desgraçados! - Eduardo berrava enquanto descia do galpão para o mato alto.

Eduardo sabia que perseguí-los naquela floresta cheia de árvores e grama não iria adiantar nada; ele nunca conseguiria pegá-los, portanto fez a única coisa que lhe veio em mente: atirou na direção dos garotos até gastar todas as balas, na tentativa de ao menos um deles ele conseguir acertar, porém, felizmente, não conseguiu.

Ele voltou para o galpão, olhando a silhueta longe daqueles três que conseguiram escapar de suas mãos, que corriam sem rumo. Eduardo entrou no galpão e fechou a porta dos fundos da mesma. Ele pegou o seu celular e discou alguns números.

- Coloque aquele plano em ativa! - ele ordenou para quem que estivesse do outro lado do telefone.

Derek, Tyler e Peter só pararam de correr quando estavam em uma região de grama mais rasteira, bem próximo à estrada.

- Ali, uma estrada, vamos pedir uma carona! - Tyler sugeriu, arfando de cansaço.

Depois de ficarem no acostamento pedindo carona por mais de 10 minutos, um carro relativamente grande parou para eles e, depois de peguntado o porquê de eles estarem naquele estado, o motorista deixou que eles entrassem.

- Obrigado! - os três disseram em uníssono.

Derek não sentou no banco de passageiro, preferiu sentar atrás, junto com os meninos, no meio deles. Ele sempre desconfiava de pessoas que eram ou más demais ou boas demais.

- Olhando o estado de vocês, presumo que estão com fome e sede, não?

Peter e Tyler se entreolharam e abriram um sorriso relaxante.

- Muita fome! - os dois falaram ao mesmo tempo.

O homem abriu com uma das mãos o mini-frigobar que ele tinha do lado de sua poltrona e ofereceu um sanduíche e um refrigerante para cada um. Os dois garotos, sem refutar, agarram os lanches e desembrulharam-os. Porém, eles excitaram em comer o lanche quando sentiram uma cutucada em suas pernas.

Derek cutucou-os com os seus pés, chamando-lhes a atenção pelo olhar, advertindo-os para não comer aqueles alimentos. Derek percebeu o olhar do homem pelo retrovisor, irritado com ele por não ter permitido que os garotos comessem.

- E você não vai comer não? - o homem encarou Derek pelo retrovisor.

- Não, estou cheio.

Ficaram seis minutos em silêncio total, com exceção da mente de Derek, que tinha percebido a emboscada em que eles tinham se metido. Derek olhava pelo canto do olho e percebia que tinha, pelo menos, três carros seguindo eles desde o momento que eles entraram no automóvel. E ele sabia que aquele homem estava levando eles de volta para o galpão, a encontro de Eduardo.

Meu Querido Professor (Romance Gay)Where stories live. Discover now