Meu Querido Professor (Romance Gay)

Capítulo XX

Capítulo XX - O começo da salvação

Agora faltavam apenas dois dias para a inauguração do projeto, e Peter já havia passado algumas tardes com Eduardo, como ordenado.

Muitas vezes Peter sentia dores internas. Eduardo abusava dele todo dia, para satisfazer as próprias tentações. Peter chegara em um ponto que não aguentava mais, estava exausto. E seus pais, crentes de que o garoto estava estudando, também não se preocupavam com nada.

Passeando pelos corredores do colégio, Peter observava cada cartaz pendurado pelas paredes e analisava o semblante de cada estudante que passava por ali: ninguém nunca sabe quando alguém está sofrendo, o sorriso é apenas uma máscara.

Essa frase se aplicava bem a Tyler Zachary, Peter pensava.

A máscara do garoto às vezes oscilava: em alguns momentos ele conseguia esconder o que acontecia, e em outros, ele apenas tentava disfarçar, sem sucesso. O galego de quem Peter pensava acabara de cruzar o seu caminho e, como bons amigos, bateram um papo antes da aula começar.

Quando bateu o sinal para o intervalo, Peter convidou Tyler para lanchar na lanchonete que fica em frente a escola, cuja qual eles foram no primeiro dia de Tyler. Eles primeiramente se sentaram, talvez iriam pegar o lanche depois.

- Se lembra de quando a gente lanchou aqui? - Tyler perguntou.

- Lembro sim, o seu primeiro dia como novato! - Peter respondeu.

- Aquele tempo era bom - Tyler exclamou - Sem preocupações, sem provas, sem... professores... - Tyler disse, disfarçadamente, tentando adentrar no assunto.

- Eu gosto dos professores dessa escola! - Peter disse, tentando disfarçar a sua tristeza interna.

- De todos? Nenhuma exceção? - Tyler queria fazê-lo abrir a boca.

- Sim... Vou comprar meu lanche, não quer comprar não? - Peter disse rapidamente, fugindo do assunto.

- Não, estou bem.

- Okay - e Peter foi para a fila.

Com sua mania estúpida de deixar o celular em cima de todo lugar que ele vai, Peter acabou esquecendo o celular na mesa aonde ele e Tyler estavam, e foi aí que Tyler viu a brecha.

Rapidamente, e alternando olhares para ver se Peter não estava vendo, Tyler agarrou o celular, retirou a capa e acessou o local onde fica a bateria, os cartões SIM e o cartão de memória. O SIM 1 já estava ocupado. Tyler agarrou um chip comum de seu próprio bolso e colocou no SIM 2 do celular de Peter.

Ele fechou o celular de volta e deixou aonde Peter o largou, disfarçadamente, como Rafael ordenou.

Início do Flashback

Tyler estava caminhando calmo em direção a sua sala momentos antes de se esbarrar com Peter, quando ouviu alguém por trás dele chamando-o: era o professor Rafael.

Eles ficaram conversando sobre uma prova de física enquanto as pessoas estavam perto deles, porém houve um momento em que eles ficaram relativamente a sós e foi aí que Rafael começou a explicar o plano.

Ele retirou um plástico com um chip de operadora dentro e colocou na mão de Tyler, cuidadosamente, para ninguém ver.

- Toma... Eu quero que você coloque esse chip no telefone do Peter.

- Por que? - Tyler perguntou, curioso.

- É um chip de rastreamento. Assim que você colocar no celular dele, vou poder saber onde ele está.