Tinder - T3ddy (segunda temporada)

Preocupação

Acordo pela manhã e sorrio ao ver o Lucas deitado do meu lado, ele estava deitada de costas pra mim. Me mexo com dificuldade por estar de calça jeans, abro o botão da calça pra poder me sentir mais a vontade e olho a hora no celular do Lucas. Marcava 08:32, me aproximo dele e o abraço por trás, em seguida dou um beijo no seu pescoço e ele desperta.

- Bom dia meu ursinho. - Digo.

- Bom dia. - Ele se vira de frente pra mim e me abraça. - Dormiu bem?

- Dormi maravilhosamente bem. - Passei meus braços em volta do seu pescoço.

- Quer levantar? - Me pergunta.

- Prefiro continuar aqui. - Sorrio preguiçosa.

- Tudo bem.

- Quando vocês vão embora? - Questiono.

- O Mauro eu não sei, eu estou indo amanhã.

- Vou com você.

- Por quê? - Ele pergunta surpreso.

- Ah, não tenho por que ficar aqui, o Mauro e a Júlia devem estar querendo privacidade. Vou ficar segurando vela aqui quando você ir embora.

- Então vamos. - Ele me abraça apertado.

Decidimos levantar da cama pra poder aproveitar nosso último dia em Portugal, já que iríamos voltar pro Brasil na manhã seguinte. Lucas e eu fomos tomar café da manhã e pra nossa surpresa Mauro e Júlia já estavam na cozinha e assim que nos viram ficaram com uma cara muito desagradável.

- Bom dia mais amores. - Digo assim que entro na pequena cozinha.

- E ai. - Mauro diz sem vontade.

- Oi. - Júlia responde sem ao menos nos olhar.

- Nossa, quanto desanimo! Não dormiram bem, foi. - Sento ao lado do Mauro enquanto o Lucas pega uma xícara no armário.

- Parece que vocês dormiram muito bem, né. - Júlia me encara e eu sei que não é boa coisa.

- Não tô entendendo Júlia. - A encaro de volta.

- Ta chega. - Mauro encerra o assunto. - Você vai amanhã T3ddy?

- Vou e a Maria vai comigo. - Ele senta ao lado da Júlia e ela imediatamente o olha.

- Que palhaçada é essa? - Ela grita.

- Não é palhaçada nenhuma Júlia, vou embora pra deixar vocês dois terem privacidade. - Respondo.

- Deixa ela Júlia. - Mauro diz. - Quando vocês vão?

- Amanhã de manhã. - Respondo.

- Você vai pra casa do Pedro? - Júlia questiona. - Por que o Maurinho vai ficar aqui comigo.

- Vai ser difícil eu ir pra casa do Pedro. - Respondo mordiscando um pão.

- Por que?

- Nós terminamos. - Dou de ombros.

Nesse momento Júlia bate com as mãos emcima da mesa, faz a volta no móvel e me puxa pelo braço, ela me guia até o quarto e tranca a porta.

- Você pode me explicar o que tá acontecendo? - Não me lembro da última vez que vi a Júlia tão séria/brava.

- Simples, naquela noite da balada eu quase beijei o Lucas, então percebi que não estava sendo sincera com o Pedro e resolvi terminar. - Disse.

- Não queria admitir, mas ponto pra você. - Ela cruza os braços. - Prossegue.

- Lucas ta me dando apoio e me ajudando nesse momento.

- Ah Maria, pensei que nesse um ano e meio você tinha adquirido experiência, mas tô vendo que sem mim você não é nada ainda. - Ela senta ao meu lado. - Você ta mesmo caindo nesse papinho de ajuda?

- Por que ele não pode me ajudar? O Pedro me ajudou quando eu terminei com o Lucas.

- E você lembra como foi o término de vocês? Lembra como você ficou, o Pedro não precisaria te ajudar se o urso não tive quebrado seu coração e pelo visto a última coisa que você está agora é com o coração quebrado.

- O que você ta querendo dizer? - Ergo uma sobrancelha.

- Que eu acho que ele foi o motivo do término do seu namoro, não o seu apoio pós término.

- Que seja! - Levanto da cama e vou em direção a porta. - Agora eu preciso ir por que o Lucas e eu combinamos de aproveitar o nosso último dia aqui.

- Maria. - Ela me chama antes de eu sair pela porta. - Promete que vai se cuidar? Não consigo confiar nas boas intenções dele.

- Ta tudo bem Júlia. - Sorrio antes de sair.

Volto até a cozinha e encontro os meninos tendo uma conversa, interrompo e convido o Lucas pra sair, ele aceita e alguns minutos depois ja estamos fora de casa.

- Como foi a sua conversa com a Júlia? - Lucas me pergunta enquanto caminhávamos.

- Ah a Júlia só está preocupada, ela tem medo de me ver sofrer. - Respondo.

- Isso aí eu também tenho. - Ele responde e eu o olho. - Medo de ver você sofrer.

- Você é um amor. - Sorrio.

- Sou o que você merece. - Ele pega minha mão e entrelaça nossos dedos.