Ciúmes

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Com o passar dos dias o Lucas e eu ficamos mais próximos, mas não como antigamente, mas como amigos. Era óbvio que eu não seria tão amiga dele quanto eu era do Mauro até por que eu ainda ~sentia algo por ele~ mas eu estava tão confusa que não conseguia distinguir o que estava sentindo.

Depois de um dia inteiro juntos desde o acordar, agora estávamos combinando de gravar um vídeo juntos, tive que o convencer a cantar comigo mas ele aceitou, acho que esse era um vídeo muito pedido e esse seria o momento propício.

Ele não desgrudava os olhos do celular e aquilo estava me incomodando, dou uma olhadinha e vejo o nome Mari no topo de uma conversa no whatsapp, suspiro pesado e volto a atenção ao meu violão.

- Mari? - Não resisti e tive que perguntar.

- Ah é uma amiga. - Lucas diz gaguejando.

- Ta tudo bem Lucas. - Menti.

- Sabe o que é, agora você e eu somos amigos e... - Ele não conseguia terminar.

- Eu entendo. - Sorrio sentindo um enjoo percorrendo meu corpo.

- Posso te fazer uma pergunta? - Ele diz receoso.

- Claro.

- Você ta ficando com alguém? - Me olhou com receio.

- Pra que isso agora? - O olho assustada.

- Sei lá, nunca mais vi você com alguém, nem conversando, ou você é muito discreta ou...

- Não, eu não to ficando com ninguém Lucas. - Respondo com um sorriso pouco forçado.

- Você ficou com o Pedro naquela vez que vocês estavam juntos no Rio de Janeiro? - Ele questiona mais uma vez.

- Não, por que? - Senti meu coração disparar.

- Quer dizer que eu fui o último menino que você ficou? - Sua pergunta me fez me sentir incômoda.

- Lucas era só uma pergunta. - Encarei o violão e senti meu rosto queimar.

- Você não precisa responder. Na verdade nem sei por que eu perguntei isso, você ficou com vergonha e... - Ele ficou sem graça.

- Sim Lucas. - Disse o interrompendo. - Você foi o último menino que eu fiquei. - Ele me olhou e não disse nada, eu voltei minha atenção ao violão. - Eu não sinto necessidade de estar sempre com alguém. Sei lá, nunca tive. Eu gosto da minha companhia. - O olhei novamente e ele continuava com os olhos em mim.

- Você é incrível. - Ele disse sem sentir e logo seu rosto avermelhou.

- Vamos cantar que é melhor. - Bati minhas mãos no violão. - Já escolheu a música?

- Ah suas músicas são chatas. - Ele olhava as partituras das músicas. - Eu gosto dessa aqui.

- Qual? - Tento olhar na folha que ele tinha em mãos. - Ah O Leãozinho.

- Por que tem vários corações desenhados na folha? - Lucas me questiona.

- Eu ia cantar essa música com o Pedro. Ele é leonino. - Sorrio.

- Ah bom, você se importaria de cantar esta canção comigo? - Ele diz de um jeito engraçado.

- Você é ridículo Lucas. - Bato no seu ombro. - Claro que não me importo. Vamos ver o que conseguimos fazer.

Lucas e eu aquecemos a voz a em seguida ensaiamos, eu amava essa música e cantava com toda minha alma.

- Fala galerinha que assiste ao meu canal, tudo bem com vocês? Hoje eu trouxe esse garoto pra cantar comigo uma música que ele escolheu. - Abraço o Lucas de lado.

"Gosto muito de te ver, leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho

Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho

Um filhote de leão, raio da manhã
Arrastando o meu olhar como um ímã
O meu coração é o sol, pai de toda cor
Quando ele lhe doura a pele ao léu

Gosto de te ver ao sol, leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba

Gosto de ficar ao sol, leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar no mar"

- Você cantou essa música com vontade né, lembrou do Pedro? - Lucas me questionou.

- Lembrei, nós sempre cantávamos essa música. - O olhei e entendi que rumo a conversa estava indo. - O que você quer saber?

- O que você sente por ele?

- Pelo Pedro? - Penso um pouco. - Amor. - o olho e ele franze a testa. - Mas não é qualquer amor, é uma coisa pura sabe? Quase o que eu sinto pelo Mauro e pela Júlia.

- E o que você sente por mim?

- Eu sentia paixão. Aquela doidera sabe? - Rio baixinho. - Vontade de bater e em seguida de beijar.

- Não sente mais?

- Lucas a sua pergunta virou várias né? Acho que a Mari tá te chamando. - O provoco.

- Ciumenta. - Ele que estava sentado no sofá me puxa pro meio das suas pernas e me abraça próximo ao seu peito.

- Não me abandonando eu fico feliz. - Dou de ombros.

- Nunca mais. - Olho pro seu rosto. - Nunca mais eu te abandono.

Tinder - T3ddy (segunda temporada)Where stories live. Discover now