Capítulo 48

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Bom dia pessoal!

Olhando os comentários da postagem de ontem, vi que cometi uma pequena troca de nomes >.<

Fernanda foi parar no apartamento de Janaína e não Jaqueline... 

Peço desculpas pelo erro, já consertei. (Apesar que acho que, mesmo se tivesse colocado o nome correto, vocês também iriam ter aquela reação... xD)

OBS: Estou decepcionada com vocês... cadê a fé nos sentimentos de Fernanda? ¬¬'

Boa leitura e até a próxima.

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Acordei sentindo muita dor na cabeça e no corpo. Eu estava em uma posição terrível, com um travesseiro sob minha cabeça e uma coberta fina sobre meu corpo estirado neste sofá.

Olhei em volta e logo reconheci onde eu estava. "Quem diria que viria parar aqui!" pensei levando o antebraço ao rosto para tapar meus olhos, aquela claridade estava me matando.

- Finalmente acordou, hein! - Ouvi a voz de Janaína e a observei de pé, segurando uma caneca e sorrindo para mim. - Esse sofá é confortável, mas deve ser terrível dormir nele.

- Que horas são? - Perguntei, voltando para a posição que estava antes.

- Quase 11:00... - Respondeu com voz debochada. - Juro que pensei que ia ter que te sacudir para ver se acordava. Tenho aula às 13:00, não posso ficar tomando conta de você, não.

Suspirei pesadamente e, confesso, não estava nem um pouco contente em ter ido parar na casa de Janaína, mas, pela maneira que acordei, pelo menos posso ficar tranquila, pois não havia feito nada mais para me arrepender.

- Por que veio parar aqui bêbada novamente?! - Ela perguntou, cortando minhas reflexões.

- Deve ser porque aqui eu posso ficar longe de todo mundo me incomodando. - Respondi sem vontade. Mas, apesar de ter sido uma resposta sarcástica, eu sabia que aquilo fazia um enorme sentido. Ir para meu apartamento era o mesmo que me deparar com Helena e ir para a casa de meu cunhado seria ruim na circunstância em que eu estava. Paola não precisava de mais problemas.

- Faz sentindo. - Janaína retrucou. - Quer café?

- Extra forte por favor e sem açúcar.

Ouvi os passos de Janaína se afastando. Aproveitei para focar meus pensamentos em tudo que estava acontecendo esses dias. Cada dia Paola sofria mais e isso estava me matando. Hoje ela retornará na terapia e eu espero que ela consiga se sentir mais leve, porém, o que eu posso esperar? Será apenas a segunda sessão dela.

Ontem, desesperadamente, rodei a cidade atrás do causador de todo esse mal, porém, como qualquer pessoa normal esperaria, não o encontrei em lugar algum. Minha cabeça está a mil por hora, imaginando o que poderei fazer para resolver esse caso, mas não consigo pensar em nada, estou em branco e isso é desesperador. Ele não destruiu somente uma pessoa, ele feriu várias pessoas no momento em que ousou tocar em Paola e isso eu não vou perdoar nunca.

- Aqui. - Janaína falou, voltando à sala com uma caneca com café para mim.

Sentei-me ainda sentindo a cabeça pesada e peguei de sua mão, dando um sorbo no líquido que desceu amargo, porém serviu para me fazer acordar de vez.

- Obrigada. - Agradeci e ela sorriu em resposta.

- Vai dizer o que houve? - Perguntou se sentando no sofá à minha frente.

Suspirei pesadamente, olhando o líquido negro dentro daquele vasilhame. Tantas coisas passavam por minha mente.

- Lembra quando você disse que meu coração já tinha dona? - Perguntei, lembrando daquela vez que passei a noite com ela e Janaína se declarou para mim e me falou que sobre eu gostar de alguém.

Sombras do Desejo (Romance Lésbico)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu