Capítulo 6

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(JÚLIA)

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(JÚLIA)

Com muita animação chegamos ao vestiário dos funcionários, Gustavo estava o tempo todo descrevendo com detalhes os bofes que queria pegar essa noite.

Entro na ala feminina e  retiro rapidamente o uniforme, colocando um vestido preto com um decote em 'V' bem justo, onde realça meus seios de forma ousada e exibe minhas tatuagens.

Entro na ala feminina e  retiro rapidamente o uniforme, colocando um vestido preto com um decote em 'V' bem justo, onde realça meus seios de forma ousada e exibe minhas tatuagens

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Solto o cabelo, e sem muito trabalho ele está como eu quero. Faço uma maquiagem básica, priorizando os olhos, adoro eles bem escuro! Calço o salto que dá um toque espetacular ao look, e estou pronta para a noite.

Saio, e me deparo com Gustavo me esperando de braços cruzados na porta, ele me inspeciona dos pés a cabeça, e declara entusiasmado:

— Que arraso viada! — ele pega minha mão e me gira lentamente — Suponho que estou começando a virar hétero.

Sorrimos e fomos ao encontro de Marcelo e Aline que nos esperava no estacionamento, assim que entro no carro, Marcelo segura no braço do Gustavo impedindo de entrar e senta ao meu lado enquanto me elogia, e depois repousa sua mão em minha perna, a tiro de imediato e digo com um tom de humor:

— Isso já não te pertence mais! — essa é a deixa para a série de risadas vinda de Gustavo e Aline.

— Talvez não me pertença mais, porque você terminou comigo. Não acha?

Dou um sorriso nada inocente, e completo:

— Sim! Agora só amizade entre nós dois!

— Mas penso que talvez poderíamos fazer um flash back de vez em quando — novamente todos gargalham.

Me aproximo de seu ouvido de uma forma provocante e ousada, passo minha mão por sua mandíbula e deslizo para a extensão da sua nuca. Noto que ele cria certa expectativa, então digo frente a frente ao seu rosto:

— Só que não bebê! — E dou um beijo em sua bochecha.

— Podia ter ficado sem essa, amigão, mas você quis arriscar — Gustavo gargalha.

— Quem não arrisca, não petisca. — Marcelo diz e todos gargalhamos.

Por fim chegamos ao The Night Bar.

Aline estaciona o carro, e vamos todos em direção a entrada da “boate”. Gustavo dá um (tapa) em minha bunda e diz:

— Se ninguém te quiser esta noite, eu topo ser hétero por um dia, o que acha? — não consigo me conter e dou uma gargalhada, e em seguida pisco para ele confirmando.

Assim que chegamos na portaria, damos de cara com nada mais e nada menos que o mauricinho Ralph Ramirez.

Aline e Gustavo olham de imediato para minha cara, para vê minha reação, e eu pergunto:

— O quê?

— Penso que alguém está te seguindo — Aline cochicha baixinho.

— O que este idiota está fazendo aqui? — Marcelo rosna entre os dentes.

Olho novamente na direção em que o Ralph e seus amigos estão, e o flagro me admirando dos pés a cabeça, completamente admirado. Chega até ser engraçado a cara que ele faz, e disfarço a risada com uma falsa tosse enquanto passo por sua turma.

Entramos na casa noturna e vamos direto para o balcão pedir uma bebida. Gustavo paga uma rodada de cerveja para todos, tomo um gole, então Aline me puxa para a pista de dança.

Aline é uma morena escultural, com os cabelos da altura do quadril. Assim que chegamos na pista, toda atenção é voltada para nós, duas. Começamos a dançar, e logo Marcelo e Gustavo se juntam a nós.

Aline e Gustavo começam a dançar uma dança sensual, e Marcelo vem em seguida colando seu corpo ao meu com o mesmo intuito. Meus olhos passam rápido nas pessoas que estão nos observando e noto que Ralph é uma delas.

Lá esta ele, de braços cruzados enquanto a Barbie fala algo em seu ouvido, e percebo que ele não está nem um pouco interessado ao que ela tem a dizer.

E um sorriso de satisfação desabrocha em meus lábios, mesmo que eu não tenha motivo para isso.

Em seguida, Ralph se esquiva dos braços da Barbie quando ela tenta beija-lo. Ela se irrita e sai pisando duro com a sua lacaia à tira colo. Passa por mim sem ao menos me olhar nos olhos, então me reconhece e volta logo em seguida:

— Garçonete? — pergunta abismada, ao me vê sem uniforme.

Sorrio, como um cumprimento irônico.

Ela se volta para o local que Ralph está e percebe que ele não tira os olhos de mim, e sai completamente indignada.

Olho novamente na direção em que ele está, e o noto sozinho. Procuro seu amigo ao redor, e o encontro dançando com Aline.

Ralph faz menção de se aproximar, então sinto um par de braços ao redor de minha cintura. Droga de Marcelo. Me esquivo dele, e perco o mauricinho de vista.

Passamos horas deste modo, bebendo e dançando muito. Nada de Ralph aparecer. Aline sentada com o amigo dele, Marcelo já embriagado e Gustavo apenas me mostrando os boys que ele teria coragem de pegar.

Então, um moreno bastante lindo se aproxima de mim, cochichando ao meu ouvido com sua voz rouca:

— Posso ser sua companhia essa Noite? — antes mesmo que eu possa responder, Marcelo se adianta segurando minha mão e dizendo que eu já estou acompanhada, então o moreno apenas se desculpa e sai.

Olho para o lado e noto que Ralph também ouviu essa parte, e também sai.

— Mais que merda é esta que está fazendo? — pergunto irritada ao Marcelo, ele tenta argumentar, então solto um palavrão e saio de perto dele.

Idiota.

Ralph deve pensar que Marcelo é meu namorado.

“Será que Marcelo irá ficar atrapalhando todos meus possíveis esquemas? Cara, chato. Porque não segui os conselhos do Gustavo quando ele disse para mim, ficar longe do Marcelo!”

           ____A Garçonete ____

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A Garçonete (Em Revisão)Where stories live. Discover now