Capítulo 7

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( Ralph )

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( Ralph )

Não acredito que passei a noite toda rondando uma garota e ela tem namorado. Mais que merda!

Sinto uma pontada de ciúmes e insulto-me por dentro, não tem motivos algum
para que eu sinta ciúmes dela, nunca tivemos nada. Ela não passa de uma garçonete atrevida.

Olho para a direção onde ela e os seus amigos estão, e perco o ar dos meus pulmões quando os meus olhos se encontram com os dela.

Como ela é linda! Mesmo com todas aquelas tatuagens, ela continua radiante. O seu outro amigo a leva para a pista de dança, e ela não tira os olhos de mim um momento se quer.

Além de ser linda, tinha que dançar tão bem assim?

Ela separa-se do seu amigo, e se junta a sua amiga numa dança peculiar. Quando a música acaba, sua amiga de barba sai deixando ela sozinha na pista, ela dança um pouco sozinha e depois se volta aos seus amigos.(sorrio com esse apelido que coloquei em sua amiga).

Do outro lado, vejo Karina já aos beijos com algum mauricinho, fico feliz por mim, e triste pela pobre vítima da pilantra.

Crio coragem em me aproximar de Júlia, mas perco ao vê-la acedendo um cigarro.

Fico dividido se vou ou não. Quando ela esta prestes a colocar o cigarro na boca, uma ideia me passa na cabeça. Esbarro nela de propósito para que o cigarro caia no chão. Ela olha para trás com um olhar furioso, peço desculpa, e percebo seu olhar se acalmar.

— Tudo bem. Não sei se eu queria fazer mesmo isso.

— Você sabia que fumar faz mal a saúde? — pergunto a ela.

Ela me olha e libera um sorriso enorme.

— Meu caro, existem muita coisa que fazem mal nessa vida, fumar é o de menos. — responde calmamente.

Faço cara de total surpresa, por ela não ter me mandado ir aonde judas perdeu as botas. Já que ela não está brigando comigo, continuo puxando assunto.

— Seu namorado deixa você ficar assim, sozinha?

Ela gargalha com a minha pergunta.

— Que namorado, Ralph? Eu não tenho namorado!

Uma onda de alívio invadi meu peito.

— E aquele, cara lá — aponto para seu outro amigo com o olhar — Ele age como se fosse seu namorado.

— O Marcelo? Ele é só um amigo.

— Bem que desconfiei, porque ele teria que ser muito louco, em deixar uma mulher linda como você sozinha.

Ela sorri novamente.

— E a sua namoradinha de mais cedo, o que houve com ela? — dessa vez quem gargalha sou eu.

— Ela é só uma amiga.

Ela mexe no anel desajeitadamente, que é bem estranho por sinal. Que tipo de mulher usa anel de caveira? Ela me olha como quem não está acreditando no que estou dizendo. Quando eu ia me aproximar com segundas intenções, Diego nos atrapalha com a cara cheia de álcool, me dando felicitações, como se eu houvesse vencido alguma aposta.

Julia pensa que entendeu algo, e furiosa vai em direção dos seus amigos. Minha vontade foi de arrebentar a fuça do Diego, mas não poderia deixar a ruiva ir sem dar alguma explicação. Antes que ela tenha chegado em seus amigos, consigo segurar seu braço. Ela me dá um beliscão e eu a solto.

— Ele não está falando coisa com coisa. — tento convencê-la.

Ela balança a cabeça em negativa e me manda ir para o inferno.

— Ele está bêbado! — insisto novamente — Não tem aposta alguma, me aproximei de você para me desculpar de alguma forma como te tratei da outra noite.

— É melhor você me deixar em paz!

Faço sinal afirmativo e vou na direção oposta, completamente frustrado.

       
            _____A Garçonete ____

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A Garçonete (Em Revisão)Where stories live. Discover now