**Prefácio**
Quem é ela?
Uma garçonete chamada Júlia, que vive sozinha no Rio de Janeiro e que guarda vários segredos.
Ela é bem descolada com suas tatuagens e com o seus belos cabelos vermelhos. Seu hobby ? Uma boa noitada, beber uns bons drinks e...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
(Júlia)
“Ainda não acredito que ele está aqui do meu lado, deitado comigo nessa cama de hospital desconfortável. Ele poderia estar em sua cama king, macia com seu travesseiro de pena de pavão e suas cobertas de fio de algodão, mas escolheu está aqui comigo”
“Porque ele está fazendo isso?”
“Será que é remorso, por ter me colocado para fora da festa, na primeira vez que me viu.”
“Será que tem mais algum motivo que eu não saiba… Em que momento tudo mudou? Um dia ele me expulsa todo arrogante e no outro me leva para casa bêbada, e cuida de mim…”
“Meu Deus! Que homem é esse? Será que ele existe ou ainda estou sobe o efeito da anestesia?”
Dormi tanto nas últimas horas, que agora fico acordada me perguntando sobre as coisas. Ainda acho inacreditável tudo que está acontecendo. Saber que ele me ajudou, me deixa um pouco confusa. A nossa aproximação foi rápida. Talvez tenha sido o beijo, ambos queria, hávia um desejo interno. Assim como eu senti, ele também deve ter sentido algo diferente.
Lembro-me que preciso saber urgentemente, exatamente o que o Gustavo contou para ele. Sei que o Gustavo não faria isso, se não estivesse com medo de que algo me acontecesse. Mais, por outro lado, ele me expôs a uma pessoa, que ainda não conheço direito.
Horas se passam e nada de sono, fico admirando o Ralph dormir, e fico torcendo para que nenhum médico ou enfermeira entre no quarto e veja a cena. Aproveito o momento para refletir toda a minha vida.
“Será que fiz certo, em ter me envolvido com o Renan? Não posso negar que ele e o irmão dele, o Douglas foi muito bom para mim. Eles me ajudaram quando soube do meu pai, me acolheram quando mais precisei, se eu tivesse permitido, eles teriam matado o meu pai, mais mesmo com raiva de tudo que ele tinha feito comigo, não deixei eles fazerem isso, afinal era meu pai. Optei por sair de casa. Já não fazia parte daquele lugar há muito tempo. Fiquei tão revoltada que aceitei bem todo aquela vida perigosa no morro. Era bem tratada, não me faltava nada. Ainda por cima bancaram a minha faculdade que tanto queria seguir. Não entendo porque o Douglas teve coragem de denunciar seu próprio irmão, porque os dois brigaram tanto? Eram tão amigos. Até hoje não entendi direito isso… Como o Renan teve a audácia de pensar que eu teria coragem de denunciar ele, e como pôde ter me machucado tanto… Decepção é a palavra para descrever o que sinto.”
Lágrimas escorrem do meu rosto, com todas essas lembranças.
Será que ele está morto? Ou foi preso? Fico me perguntando curiosa.
“Júlia! Júlia! Sai daí, se abaixa… Dinovo não! Ruiva ele te acertou de novo! Você está sangrando muito!”
Me assusto ouvindo Ralph dizer essas palavras, e percebo que ele está sonhando comigo, ele fica muito agitado, falando essas palavras, então acaricio seu rosto, sussurrando em seu ouvido. “Estou bem! Está tudo bem!”
