16 I Nós dois [Parte 2]

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Galera, não esqueçam de darem o voto, pleeeease! E se nunca comentaram, me deem um oi pelo menos pra eu conhecer quem lê o Adolessências... / Júlio

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Caleb, Fevereiro de 2013.

Quem diria que há quatro dias atrás, por um convite tramado por Marina pra me juntar com um cara chamado Arthur, tudo desse errado pra eles e eu acabaria conhecendo um cara incrível?Bernardo. Caras bonitos e atraentes estão por todo o lado e para todos os gostos. Mas aquele cara era diferente. Quando o vi chegando na casa da Fernanda, eu estava mexendo no celular e olhei de relance porque a fumaça da fogueira atrapalhava a visão. 

Seus passos foram se aproximando e desviei o olhar novamente na direção dele

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Seus passos foram se aproximando e desviei o olhar novamente na direção dele. Que cara lindo. Não era tão alto, e tinha mais peso do que eu que sou magérrimo. Seu cabelo parecia bagunçado como quem tivesse ido forçado para aquele lugar. Seus olhos eram negros como o céu daquele dia. Mas uma luz exalava através dele. Quando ele se aproximou de mim e me cumprimentou com um sorriso, fiquei desconsertado, mas mantive a postura pra disfarçar o encanto. 

Ao longo da noite fomos nos conhecendo e descobri que ele era o ex do cara que tava me enxendo horas antes. De início fiquei com receio de acabar dando merda, mas fui percebendo seu olhar saturado quando se referia a Arthur. Enquanto ele conversava comigo ia pensando o quanto gostaria de conhecê–lo melhor, saber mais sobre ele. Não era o primeiro cara que de fato eu tinha me interessado na vida – Outra hora conto sobre –, só que era o primeiro que eu tinha vontade de conhecer de verdade. Hoje, seria o nosso primeiro encontro de verdade. Tava tão ansioso que mal dormi. Aliás, o único dia que dormi bem essa semana foi quando ele dormiu aqui, pois nos outros dias minha mente não parava de pensar nele. Bernardo parecia ser o cara que eu esperava um dia aparecer.

Bernardo apareceu aqui pra me buscar com seu pai de motorista. Dizendo o B. o sr. João fazia questão de nos levar, mas que era pra eu ficar tranquilo que ele era legal. Mesmo que eu tentasse ficar de boa, ficava com receio dele dizer algo pra gente no carro, sei lá. É apenas um encontro e as coisas podem não ir como eu espero que seja, mas nunca vou esquecer que conheci o meu possível futuro sogro gente boa antes mesmo de saber se o filho dele é o cara certo pra mim. Quando saí na porta, o Bernardo tava me esperando com as mãos nos bolsos. Aquele cara era um galã. Seu sorriso abriu de acordo com o meu sorriso envergonhado. Fui em sua direção e estendi a mão para cumprimentá-lo. Ele segurou-a e me puxou para um abraço. Que sensação boa. Ele estava perfumado e bem cheiroso, mas tinha passado tanto perfume que me deu vontade de espirrar na hora. Segurei.

– Não dá pra fugir mais! – Bernardo me falou sobre eu estar com vergonha.

Ainda assim eu tava travadão quando entrei no carro. Antes mesmo de fechar a porta já cumprimentei o pai dele, porque dependendo da resposta eu nem fecharia a porta e sairia correndo dali. Mas antes mesmo de eu abrir a boca...

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