S02E04 I ... & Finais

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Anteriormente em Adolessências...

Bernardo: Eu queria alguém pra me esmurrar e eu ver se aprendo a ser um gay de respeito. Um gay que se respeita acima de tudo, coisa que nunca fiz com o Arthur.

[...]

Bernardo: É que eu tô apaixonado por você, Caleb! [...] se a gente disse que ia com calma, talvez a gente devesse...

Caleb: Tú tá apaixonado por mim? [...] Eu não tenho pressa de nada, desde que você esteja aqui... Comigo.

[...]

Arthur: Eu amo o Bernardo pela nossa amizade de anos, por tudo o que ele foi na minha vida. Eu é que estraguei tudo [...]. Eu não arriscaria colocá-lo em qualquer merda de novo.

[...]

Bernardo: "Poucos dias atrás eu achava que a vida não tinha sentido depois de ter levado tanta chifrada do Arthur, meu ex-namorado. Eu tava triste por ele ter desperdiçado não só o nosso namoro, como nossa amizade de anos. Tava me sentindo um merda por me deixar acreditar no amor. Amor que deu trabalho rs. Pareço estúpido, né? Eu sei."

[...]

Bernardo: "Só de pensar que estarei todas as manhãs com o Caleb, meu coração bate acelerado e o meu Berzão levanta na mesma hora. Daí quando eu lembro que o Arthur vai estar lá também já bate um desespero e o Berzão broxa."

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Bernardo, Fevereiro de 2013. [4/4]

– Também te amo, Bernardo! – Ele [meu pai] respondeu e eu fiquei com o coração leve. Meus pais eram tão incríveis que não suportaria perdê–los...

[...]

Tomamos a sopa maravilhosa que meu pai fez e ficamos por um tempo na sala conversando e lembrando momentos da nossa infância pela casa da dona Safira. Arthur já tava mais calmo depois do banho e da janta. Logo depois preparei o colchão do lado da minha cama pra ele dormir e lembrei do tanto que isso era rotina até o ano passado. Lembrei que começamos a namorar a gente só enfeitava a cama ao lado porque ficávamos juntos a noite toda no meu colchão. Como eu disse: lembranças. Um passado que ficou pra trás.

Tive uns sonhos meio ruins e acabei não dormindo bem, mas o Arthur tava capotado no colchão ao lado. Fiquei aliviado por isso. Ele precisaria daquele sono pra enfrentar o dia seguinte.

06/02/2013

Acordamos no outro dia cedo pra pegarmos estrada e o Enzo foi com a gente. Foi silencioso o caminho até que o Enzo lembrou de um momento que passamos lá num desses finais de semanas por lá durante nossa infância.

– A gente adorava a galinhada que ela fazia e eu repetia três vezes. ­­– O Enzo sempre comia por três mesmo. – Cara, mas a dona Safira sempre fazia alguma comida que a gente odiava. Eu e o Bernardo, pelo menos. Era jiló, quiabo, guariroba. A gente jogava pro Max e ele comia. Aquele cachorro comia de tudo. Até o dia que jogamos pequi pra ele comer e o cachorro mordeu o pequi e encheu a boca de espinhos, daí a dona Safira descobriu que fazíamos isso sempre.

– É, ela disse que nunca precisaríamos fingir que gostávamos de alguma coisa por vergonha ou algo do tipo. – Complementei lembrando dela sentando com a gente e dando aquele sorriso em meio a nossa vergonha descabida.

– Ela passou fome quando era jovem. Ela dizia que éramos sortudos em ter várias comidas e poder escolher... Ela me ensinou muito. – Arthur disse refletindo e quando eu olhei pra trás ele tava sendo abraçado pelo Enzo.

ADOLESSÊNCIAS - VERSÃO 2018Where stories live. Discover now