S02E20 I Os dilemas do Enzo...

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Anteriormente em Adolessências...

Luan: Tu não se sente atraído por caras não?

Enzo: [...] eu acho que todo mundo tem um lado hétero e um lado homo, mesmo que seja uma porcentagem mínima. Eu me sentiria muito nada a ver, vivendo a vida que levo, com os amigos que tenho, sendo o amigo hétero desconstruído que tem a mente fechada. Eu acho que já evolui nisso. E mano, estando com a Bárbara eu só consigo pensar nela e naquele corpo maravilhoso que encaixa certinho comigo.

[...]

Caíque: Mano, ninguém pode saber que eu tô aqui.

Enzo: Por mim, mano, cê nem tá aqui! [...] deu pra ver na tua cara que tu não tá curtindo o lugar.

Caíque: É claro que não, ainda mais com esse tanto de viado aqui.

Enzo: Caíque, melhor tu voltar pro teu lugar e me deixar na minha. Tu já disse o que queria e pode relaxar o c# que ninguém vai saber que você esteve aqui. Bele? – Levantei o corpo do sofá, caso ele tentasse falar qualquer merda ali. A mão já tava fechada esperando.

[...]

Enzo: do nada, o Luan me agarrou e me deu um beijo... Tava muito seriado teen pra isso acontecer duas vezes seguidas. CARACA! Por que ele fez isso naquele momento? Pra quê? E quando eu digo agarrar, tô falando sério, de segurar o meu rosto com as duas mãos e me dar um beijo sem meu consentimento, com mais força que a Vitória.

[...]

Luan: Enzo, eu errei contigo. Por favor, me deixa em paz que juro que não vou te incomodar novamente. Não vou falar pra ninguém o que pegou e vou deixar sua galera em paz. /Luan.

Enzo: Tu não precisa se isolar, cara. Você fez merda e eu fiz uma maior ainda. Bora resolver isso na boa. Todo mundo gostou de te conhecer. /Enzo.

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Enzo, Fevereiro/Março de 2018. [2/3]

Como eu disse: a vida tem que seguir. Daquele dia da cachoeira pra cá, as coisas estão mais tranquilas e calmas. Por sorte, eu, Bárbara e Luan nos resolvemos. Isso é o que tava me incomodando. E que bom que fizemos isso o mais cedo possível. Até que enfim, o grupo estava em boa sintonia.

Parte 5 – Paradas sinistras

22/02/2013

Durante o ballet, estávamos ensaiando uma dança que iremos fazer em julho. Eu, Bárbara, Caíque e a namorada dele, a Nathália, seremos os protagonistas dessa performance. No entanto, o professor insistiu que os casais trocassem, pois queria o máximo de profissionalismo da gente.

Não sei se lembram, mas tinha encontrado o Caíque no Sullivan's e lá é um bar propriamente dito como lgbt. Claro que simpatizantes também frequentam o lugar. Agora qualquer tipo de homofóbico não arrisca colocar o pé lá. Ou seja, alguma coisa tava rolando pro Caíque aparecer lá e ainda pagar uma de macho pra cima de mim. Ainda não tava legal com ele pelo comentário que ele fez lá, embora ele tivesse pedido desculpas.

Olhar pra Nathália era meio que vê-la como alguém que estava sendo enganada, apesar do Caíque me afirmar que não era nada. Do outro lado da sala de dança, ele me olhava com um medo visível, medo que eu dissesse algo pra sua namorada. O cara mal conseguiu ensaiar e pisou no pé da Bárbara umas quatro vezes. Num de seus deslizes, ele caiu em cima da minha namorada e ela sentiu alguma dor e expressou em voz alta. Aquilo me estressou.

ADOLESSÊNCIAS - VERSÃO 2018Where stories live. Discover now