Cap 20

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Paulo pov:
Acordo com Samantha me ligando loucamente. Olho pro celular e atendo falando com a voz rouca.

- Finalmente Paulo! Deixa eu te falar, achei um carinha chamado Thales, que estudava na mesma escola que você mencionou quando contou dele. Não sei se é ele, nem mesmo se é gay. Fiquei digamos que amigos e marquei pra saírmos, eu você e ele! Agora, pro almoço!

Fiquei assustado e olhei pro meu relógio em cima do criado mudo.

- MEU DEUS SAMY, SAO 11 HORAS, ME MANDA A LOCALIZAÇÃO QUE TO INDO!

Falei saltitante de felicidade, seria meu sonho tornando realidade. Iria ver o cara que roubou de mim todo o amor que eu tinha pra da.  Me arrumei com a minha melhor roupa, estampei meu melhor sorriso, coloquei o meu melhor perfume, e fui no local da localização que Samy tinha mandado. Vi ela sentada na mesa com o rapaz, ele tava de costas pra minha direção, mas quando ela me viu acenou pra mim e o mesmo virou pra trás meu coração faltou sair pela boca. E se destrocar inteiro no chão. Não era o meu Thales.
Sorri fraco e meus olhos encheram de lágrimas, respirei fundo e segui pra mesa. Samy inventou algo e teve que sair. Mal sabia ela que não era ele. Esse Thales era moreno, ele era lindo, tinha um porte físico bonito, mas não era ele o amor da minha vida.

[...]

Voltei pra casa, me debrucei em cima da cama. Disse baixinho

- Onde você tá? Preciso te encontrar, nem que seja só pra te observar de longe. Jurei que esse amor nunca ia acabar, queria poder ao menos te mostrar o quão ainda tá aceso. Nosso sonho era casar lembra?

Lágrimas desceram pelo meu rosto

- Tínhamos tantos planos e não realizamos nem um se quer. Eles estão de pé até hoje. Mas acho que você já casou e tem outro alguém. Talvez eu deva ter ficado no passado. Felicidades.

Emperrei a cabeça em um dos meus travesseiros, desabando em lágrimas. Eu tava acabado por dentro, me culpava por ter renegado o que eu sentia, agora, tudo veio a tona e não sei o que fazer.

- Seja em qualquer lugar, estando ou não com alguém, eu te amo.

Falei num sussurro em meio ao abafo do travesseiro, larguei o mesmo, deitei na cama e fiquei quietinho pra me acalmar. Logo logo, lá estaria eu novamente fazendo peça e fazendo o povo rir.

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