Cap 50

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Thales pov:

No instante em que entramos, Henrique e Beatriz estavam saindo. Levo Romeu ao meu quarto, e o ponho deitado na cama, e em seguida volto pra sala, e me sento junto de Paulo no sofá. Ouço atentamente suas palavras, respiro fundo e passo as mãos no meu rosto, logo voltando a olhar nos olhos dele.

Pode ser idiotice pra alguns, mas na minha opinião o que mais entrega e mostra a verdade é o olhar, a pessoa pode camuflar tudo, mas jamais a verdade do próprio olhar.

Suspiro ao ouvir ele pedir por gelo, me levanto indo até a cozinha, pego uma bolsa de gelo e também pomada, volto até Paulo e entrego a ele a bolsa, em seguida fico de joelhos próximo dele, e começo a passar a pomada em seu braço.

- Me desculpe por isso... eu perdi o controle! Eu jamais iria querer te machucar.

Termino de passar e fecho a pomada, em seguida ele põe a bolsa de gelo. Volto a me sentar no sofá.

- Eu acredito em você, mas temos que parar de ficar agindo como duas crianças. Se um de nós precisarmos viajar, temos que nos falar por vídeo chamada, e quando voltar, saírmos pra jantar, passear! Eu não sei. Tanto faz! Só não podemos ficarj assim, nessas brigas e términos sem cabimento. Sem colocar o diálogo como a principal forma de se resolver.

Digo.

Paulo pov.:

Eu fiquei olhando pra ele sem reação alguma quando ele pôs a pomada. Lembrei do meu sonho e olhei pro meu braço.

- Não é so eu Thales, você fala parecendo que só eu, sou o errado da história! Quantas vezes você me ligou por chamada de vídeo? Quem foi que desligou a merda do celular antes de conversar qualquer coisa?

Falei sem nenhuma expressão no rosto. Respirei fundo e balancei a cabeça negativamente.

- Sei que erro, que as vezes perco o controle com meu ciúme, as vezes eu também acho ruim, mas Thales eu já fiquei anos sem você e agora que tenho, eu fico com medo de te perder a qualquer momento.

Me encostei no sofá e tirei a bolsa de gelo do meu braço. Fui pra pertinho dele peguei em suas mãos

- Quer que dê certo? Mudamos os dois juntos.

Thales pov.:

- Você tem razão, eu também sou errado nisso tudo... eu to com a mente a mil. Mas sim, vamos tentar juntos!

Acaricio suas mãos e sorrio, em seguida levando minha mão direita até seu rosto, tocando suavemente.

- Eu amo você. E ei? você nunca vai me perder, não se não quiser.

Aproximo seu rosto do seu, olhando nos seus olhos verdes que nesse momento estavam escuros pela falta da luz do sol. Selo seus lábios por alguns segundos, e quando separamos, ouço ao fundo uma remexida na cama, no quarto. Ok, definitivamente meus sentidos relacionados ao pequeno estavam em alerta.

- Romeu?

Silêncio.

Decido então não ir atrás. Volto o olhar para Paulo e consequentemente pro seu braço. Eu nunca fui agressivo ou de perder o controle com facilidade, eram raros os momentos, mas quando aconteciam... a culpa ficava martelando.

- Me desculpa mesmo por isso?!

Indico seu braço.

Paulo pov.:

- Se eu te falasse que além disso, eu esperava um tapa na cara?!

Rir

- Eu sonhei antes de vim pra cá que além de você me deixar roxo você me daria um tapa no rosto, além das grosserias que dizia.

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