Cap 23

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Minha visão do futuro:

No dia em que conheci você
Senti meu coração bater mais forte
O meu corpo arder
E naquele momento eu sabia que o meu amor era você
Eu sinto calafrios ao te olhar
Eu sinto arrepios ao ouvir você falar
Quando tô com você esqueço tudo
Você literalmente é meu mundo

E eu te amo!

Dobro o papel o qual eu tinha escrito aquilo e ponho juntamente ao buquê de rosas. Quando ouço a porta ser destrancada e a maçaneta virada, corro dali com Gael e Flora, que estavam me ajudando desde cedo a preparar um jantar.

Ambos dão um beijo em minhas bochechas e saiem pela porta dos fundos, o nosso motorista ia levar eles para a casa do Marquinhos e Anderson, onde eles dormiriam essa noite, depois de bastante insistência, dizendo que precisávamos ficar a sós e aproveitar.

"- Amor? Cheguei..."

Sorrio ao ouvir aquela voz e me virei, indo na direção dele. Hoje estávamos completando mais um ano de vários, juntos, mas mais parecia paixão de adolescentes, que não acaba, e nunca irá.

Thales:

Hesitei em dizer o óbvio para Paulo, mas acabei afirmando. Assim que nos abraçamos, escondi meu rosto na curva do seu pescoço e fechei meus olhos, quando começaram a marejar.

Como o banheiro tinha uma pequena "caixa" de som no teto, a música que começou a tocar pôde ser ouvida por nós dois.

O coração, naquele tempo, só doía
A pouca idade e a vergonha, eu não sabia
Falar de amor, falar de amor

Tive que quebrar a cara por aí
Comprar buquê de flores
Que murcharam no outro dia
Sem ter valor
Nenhum valor pro outro alguém

Olho nos olhos dele e seco as lágrimas que escorreram por seu rosto. Sorrio minimamente, só Deus sabe o quanto eu queria beijar ele, iria sim ignorar o possível namoro dele, e meu quase namoro, mas a chegada do moreno me fez desistir.

"- O que significa isso Thales Bretas?"

Assusto com a presença de Igor ali, mas penso rápido, pego o meu cartãozinho e ponho no bolso do casaco de Paulo, sem que ele perceba.

- Me deixa em paz garoto!

Retruco e saio dali. Esbarro nas pessoas e abro caminho à cotoveladas, enquanto Igor vinha atrás de mim. Quando ele segura em meu braço e me para, ergo uma sobrancelha e encaro o mesmo.

- Me larga!

"- Você tava me traindo?"

- Pra te trair a gente precisaria está namorando!

Ele me solta e sua expressão muda.

"- Eu pensei que..."

- Pensou errado!

Retruco, eu não sabia o porque de estar sendo tão estúpido com ele, mas iria resolver isso com calma, depois.

- Olha, me deixa ficar sozinho! Tô com a cabeça a mil.

Digo e ele assente sem contestar, me viro e saio dali, deixando ele apático me olhando.

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